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Casalinho: Objectivo é adiantar 50% do financiamento todos os anos

O Tesouro quer passar a iniciar todos os anos com metade das necessidades de financiamento já satisfeitas. Uma estratégia que permitirá a Portugal ficar fora do mercado, em períodos de maior instabilidade.

Miguel Baltazar
Negócios 30 de Dezembro de 2015 às 11:57
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A partir de 2016, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) quer adiantar as necessidades de financiamento do ano seguinte em 50%. A estratégia revelada por Cristina Casalinho, em entrevista à agência Lusa, permitirá ao Tesouro prevenir face a eventuais períodos de instabilidade.

O objectivo agora é que "as necessidades de financiamento sejam cobertas em 50% no ano anterior", disse a presidente do IGCP. Ou seja, o Estado conseguirá iniciar cada ano com uma almofada financeira significativa. Desta forma, o Tesouro poderá ficar fora do mercado durante alguns meses, caso haja picos de instabilidade que prejudiquem os custos de financiamento.

"Este ano vamos ficar provavelmente aquém, na medida em que temos necessidades de financiamento previstas na ordem dos 20 mil milhões [em 2016] e vamos ficar [no final de 2015] com os 7,5 mil milhões de euros", adiantou ainda Cristina Casalinho. E a responsável pelo Tesouro admite: "isso vai significar que não vamos cumprir os 50%".

Na apresentação aos investidores divulgada em Outubro, o IGCP previa fechar este ano com depósitos na ordem dos 8,6 mil milhões de euros, que correspondiam a 48% dos 17,9 mil milhões de financiamento previsto para 2016. Mas houve "alguns pressupostos que não se vieram a confirmar", disse Cristina Casalinho. E como aconteceu "muito próximo do final do ano, já não havia muita margem de manobra para aumentar a capacidade de pré-financiamento" do Estado", conclui.

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