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IGCP quer até 20 mil milhões com obrigações em 2016
Entre 18 e 20 mil milhões de euros em títulos de médio e longo prazo e 1,7 mil milhões em dívida de retalho. Estes são os objectivos do Tesouro para 2016, sendo os montantes agora anunciados acima do que estava previsto.
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"A estratégia de financiamento para 2016 centrar-se-á na emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros", revela o IGCP, no programa de financiamento do Estado para 2016, divulgado esta quinta-feira, 7 de Janeiro. O instituto liderado por Cristina Casalinho salienta que em causa estão títulos em euros, através da "realização regular de emissões de OT, para promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário".
Já no que toca à emissão de dívida de curto prazo, diz o Tesouro, "espera-se que o financiamento líquido resultante da emissão de BT resultará num impacto nulo". Ou seja, o montante das emissões deverá corresponder ao montante de títulos que cheguem à maturidade.
"Na Estratégia de Financiamento para 2016, o IGCP também antecipa uma contribuição positiva de 1,7 mil milhões de euros de produtos de retalho", acrescenta ainda o instituto. Em causa estão os certificados de Aforro e os certificados do Tesouro Poupança Mais. Além disso, o IGCP deverá avançar para a emissão de obrigações do Tesouro de renda variável, o novo produto de retalho que era para ter avançado no final de 2015.
Feitas as contas, o Estado procurará angariar até 21,7 mil milhões de euros com estes produtos. Um valor significativamente alto, quando comparado com o previsto pelo IGCP, em Outubro do ano passado. Então, o instituto liderado por Cristina Casalinho antecipava a necessidade de angariar apenas 17,9 mil milhões.
Leilões podem ocorrer em mais datas
Durante o último ano, o Tesouro tem realizado leilões de OT às segundas e quartas quartas-feiras de cada mês, ao passo que as operações de BT realizaram-se nas terceiras quartas-feiras. Um leque de oportunidades de ida ao mercado que, para 2016, ficou mais alargado.
O IGCP revelou no programa de financiamento que os leilões de dívida de médio e longo prazo poderão também ocorrer na quinta quarta-feira de cada mês. Já em relação à colocação de BT, "se a procura de investidores o justificar, [o Tesouro] pode usar também a primeira quarta-feira".
Leilões de BT o primeiro trimestre podem ascender a 3.750 milhões
Juntamente com o programa de financiamento para 2016, o instituto liderado por Cristina Casalinho divulgou o calendário de leilões de BT para o primeiro trimestre. E o pontapé de saída será logo a 20 de Janeiro. Uma dupla operação com a qual o IGCP quer angariar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros, através de dívida a seis e 12 meses.
Já a segunda operação deverá ocorrer a 17 de Fevereiro, com títulos a três e 11 meses. Por fim, a 16 de Março, o IGCP voltará a realizar um duplo leilão de BT a seis e 12 meses. Ambos os leilões contam também com um montante indicativo entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.
(Notícia actualizada às 16:04, com mais informação)