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IGCP quer até 20 mil milhões com obrigações em 2016

Entre 18 e 20 mil milhões de euros em títulos de médio e longo prazo e 1,7 mil milhões em dívida de retalho. Estes são os objectivos do Tesouro para 2016, sendo os montantes agora anunciados acima do que estava previsto.

Bruno Simão/Negócios
07 de Janeiro de 2016 às 15:19
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A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) quer emitir entre 18 e 20 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) durante 2016. A este objectivo, o instituto liderado por Cristina Casalinho (na foto) acrescenta procurar 1,7 mil milhões com dívida de retalho. Montantes que, no seu conjunto, ficam acima do que estava previsto pelo Tesouro.

"A estratégia de financiamento para 2016 centrar-se-á na emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros", revela o IGCP, no programa de financiamento do Estado para 2016, divulgado esta quinta-feira, 7 de Janeiro. O instituto liderado por Cristina Casalinho salienta que em causa estão títulos em euros, através da "realização regular de emissões de OT, para promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário".

Já no que toca à emissão de dívida de curto prazo, diz o Tesouro, "espera-se que o financiamento líquido resultante da emissão de BT resultará num impacto nulo". Ou seja, o montante das emissões deverá corresponder ao montante de títulos que cheguem à maturidade.

"Na Estratégia de Financiamento para 2016, o IGCP também antecipa uma contribuição positiva de 1,7 mil milhões de euros de produtos de retalho", acrescenta ainda o instituto. Em causa estão os certificados de Aforro e os certificados do Tesouro Poupança Mais. Além disso, o IGCP deverá avançar para a emissão de obrigações do Tesouro de renda variável, o novo produto de retalho que era para ter avançado no final de 2015.

Feitas as contas, o Estado procurará angariar até 21,7 mil milhões de euros com estes produtos. Um valor significativamente alto, quando comparado com o previsto pelo IGCP, em Outubro do ano passado. Então, o instituto liderado por Cristina Casalinho antecipava a necessidade de angariar apenas 17,9 mil milhões.

Leilões podem ocorrer em mais datas

Durante o último ano, o Tesouro tem realizado leilões de OT às segundas e quartas quartas-feiras de cada mês, ao passo que as operações de BT realizaram-se nas terceiras quartas-feiras. Um leque de oportunidades de ida ao mercado que, para 2016, ficou mais alargado.

O IGCP revelou no programa de financiamento que os leilões de dívida de médio e longo prazo poderão também ocorrer na quinta quarta-feira de cada mês. Já em relação à colocação de BT, "se a procura de investidores o justificar, [o Tesouro] pode usar também a primeira quarta-feira".

Leilões de BT o primeiro trimestre podem ascender a 3.750 milhões

Juntamente com o programa de financiamento para 2016, o instituto liderado por Cristina Casalinho divulgou o calendário de leilões de BT para o primeiro trimestre. E o pontapé de saída será logo a 20 de Janeiro. Uma dupla operação com a qual o IGCP quer angariar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros, através de dívida a seis e 12 meses.

Já a segunda operação deverá ocorrer a 17 de Fevereiro, com títulos a três e 11 meses. Por fim, a 16 de Março, o IGCP voltará a realizar um duplo leilão de BT a seis e 12 meses. Ambos os leilões contam também com um montante indicativo entre 1.000 e 1.250 milhões de euros. 

 

(Notícia actualizada às 16:04, com mais informação)

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