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Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.
Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses
A Euribor subiu hoje a três e a seis meses e desceu a 12 meses em relação à sessão anterior.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,553%, continuou acima da taxa a seis meses (2,486%) e da taxa a 12 meses (2,370%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 2,486%, mais 0,005 pontos do que na terça-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor desceu hoje para 2,370%, menos 0,004 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou hoje, ao ser fixada em 2,553%, mais 0,014 pontos que na terça-feira.
A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.
A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.
Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.
Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.
Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Heineken eleva Europa para novos patamares. DAX volta a atingir máximos
As bolsas europeias estão a negociar, mais uma vez, em máximos históricos, numa altura em que uma época de resultados bastante positiva está a conseguir eclipsar os receios de uma guerra comercial e uma postura mais restritiva dos EUA em relação à sua política monetária.
O principal índice europeu, Stoxx 600, avança 0,21% para 548,35 pontos, tendo chegado a valores nunca antes alcançados esta manhã – aos 548,59 pontos. Também o alemão DAX faz a festa, ao alcançar pela primeira vez os 22.128,48 pontos, apesar do seu tímido crescimento de apenas 0,33%.
O setor alimentar e das bebidas é o que mais valoriza esta manhã, embalado pelo forte desempenho da Heineken em bolsa. A empresa holandesa, conhecida pela cerveja, dispara 11,95% para 76,08 euros por título, depois de ter apresentado lucros acima do esperado, ter lançado um programa de recompra de ações e, ainda, ter revisto em alta as suas expectativas de crescimento para o próximo ano.
Este "cocktail" perfeito está a dar força às restantes empresas do setor. A Anheuser-Busch InBev, empresa de bebidas que detém marcas como a Corona, avança mais de 4% esta manhã, levando cada título a valer 50,84 euros.
No setor financeiro, o Banco BPM chegou a crescer mais de 2% esta manhã, mas entretanto reduziu os ganhos para apenas 0,87%. Cada ação da instituição financeira vale, neste momento, 8,99 euros, com um pequeno impulso a ser dado por resultados robustos em 2024. O banco reviu ainda em alta as suas perspetivas de lucro até 2027, bem como anunciou que pretende pagar maiores dividendos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o holandês AEX regista ganhos de 0,24%, o espanhol IBEX 35 sobe 0,63%, o italiano FTSEMIB pula 0,39%, o francês CAC-40 valoriza 0,19% e o britânico FTSE 100 ganha 0,12%. Só o português PSI negoceia no vermelho, ao perder 0,25%.
Juros praticamente inalterados na Zona Euro em dia marcado por leilões de dívida
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a negociar praticamente inalterados esta quarta-feira, com exceção da Alemanha, num dia em que este país, em conjunto com Portugal e Grécia, regressa ao mercado de dívida.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, negoceiam inalterados nos 2,871%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento cresce 0,2 pontos para 3,060%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa perde 0,1 pontos base para 3,204%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 0,7 pontos para 2,435%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, negoceiam inalterados nos 4,507%.
Calmaria antes da tempestade comercial interrompe "rally" do dólar
O dólar deu um passo atrás no "rally" que tem registado nas últimas sessões, numa altura em que os investidores aguardam pelos dados da inflação e novos desenvolvimentos em relação à disputa comercial entre os EUA e os seus parceiros comerciais.
A esta hora, o euro valoriza 0,10% para 1,0371 dólares, enquanto a libra recua de forma muito modesta, perdendo 0,03% para 1,2442 dólares. Face à divisa japonesa, a "nota verde" avança 0,70% para 153,56 ienes, impulsionada pelos comentários "hawkish" do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Jerome Powell afirmou que o banco central não tem pressa em cortar os juros diretores, numa altura em que a inflação encontra-se em trajetória descendente, mas ainda acima do desejado pela Fed. As declarações fizeram com que as "yields" norte-americanas voltassem a negociar acima da barreira dos 4% e, como lembra o analista da ATFX Global, Nick Twidale, à Reuters, "o iene sempre foi especialmente sensível ao crescimento dos juros da dívida dos EUA".
Os desenvolvimentos num eventual conflito entre a maior economia do mundo e os seus parceiros comerciais parecem, para já, ter acalmado. Na terça-feira, a União Europeia, pela voz de Ursula von der Leyen, prometeu responder as tarifas de 25% dos EUA em todo o aço e alumínio importado para o país.
Powell retira brilho ao ouro. Metal procura catalisador na inflação
A onça de ouro está a afastar-se dos máximos históricos que atingiu na terça-feira, isto depois de o Presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, ter afirmado que o banco central está dedicado a fazer com que a inflação alcance a meta de 2%, não tendo, para já, pressa em cortar os juros diretores.
A esta hora, o metal preciso perde algum do seu brilho e desvaloriza 0,16% para 2.893,17 dólares por onça – não muito longe dos valores recorde de 2.942,70 dólares que atingiu na sessão anterior.
"Estamos a assistir a uma pequena retirada de mais-valias no ouro, após máximos históricos e antes da próxima leitura da inflação nos EUA, que se configura como um possível evento de risco para o metal precioso. Isto se a inflação subjacente acelerar", afirma Tim Waterer, analista-chefe de mercados da KCM Trade, à Reuters.
As previsões apontam para uma desaceleração da inflacação subjacente, que exclui os produtos com maior volatilidade de preço, em janeiro. Estima-se que o Índice dos Preços no Consumidor (PCI, na singla inglesa) "core" tenha aumentado 3,1% em termos homólogos, ligeiramente abaixo dos 3,2% registados em dezembro.
O ouro arrancou o ano com o pé direito. Com os receios de uma possível guerra comercial a ficarem cada vez mais evidentes, o metal precioso tem beneficiado da sua posição como um ativo-refúgio. Desde o início do ano, o ouro já valorizou mais de 10%.
Crescimento das reservas nos EUA atira petróleo para o vermelho
O barril de petróleo está a negociar em baixa esta manhã, depois de novos dados indicarem uma grande subida nas reservas desta matéria-prima nos EUA. Uma possível guerra comercial entre a maior economia do mundo e os seus parceiros comerciais continua a ocupar o palco principal das preocupações dos investidores, com as tarifas de Donald Trump a ameaçarem o crescimento económico global e, por conseguinte, o consumo de crude.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 0,38% para os 73,04 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 0,34% para os 76,74 dólares por barril.
Na semana passada, as reservas de petróleo cresceram em nove milhões de barris, apesar de os "stocks" de gasolina e gasóleo até terem registado um decréscimo, de acordo com dados disponibilizados pelo American Petroleum Institute. Os números vão ser confirmados esta quarta-feira pelo Departamento de Energia dos EUA e, caso se confirmem, representarão a maior subida nas reservas de crude no país em um ano.
Os dois primeiros meses do ano têm trazido grande volatilidade aos preços do petróleo. Apesar de terem arrancado 2025 com valorizações, apoiadas por um aumento do consumo de energia devido às baixas temperaturas e por sanções norte-americanas ao crude russo, as tarifas de Trump exerceram grande pressão sob os preços. Nas últimas três semanas, a matéria-prima negociou no vermelho, tendo apenas começado a recuperar na sessão de segunda e terça-feira.
Tecnológicas continuam a fazer furor na China. Europa aponta para o verde
As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quarta-feira maioritariamente no verde, com a China a liderar os ganhos. Também a Europa aponta para uma abertura em alta, num dia em que todas as atenções estão centradas no outro lado do Atlântico, onde vai ser divulgada a leitura da inflação referente a janeiro.
Pela China, o Hang Seng valorizou 1,79% e o Shanghai Composite cresceu 0,89%. As ações em Hong Kong continuam a beneficiar de um grande furor em torno do setor tecnológico, isto depois de a DeepSeek ter apresentado um modelo de inteligência artificial mais barato e eficiente que as suas rivais norte-americanas.
Analistas do UBS acreditam mesmo que o "rally" que estas notícias trouxeram às ações chinesas "ainda nem chegou a metade", preconizando um caminho de grande crescimento para as bolsas do país – uma visão que já foi ecoada por estrategas do Morgan Stanley e do JP Morgan.
O Alibaba Group encerrou a sessão a disparar 7,82%, depois de o "The Information", um jornal norte-americano, ter noticiado que a Apple vai aliar-se à empresa para trazer produtos com ferramentas de inteligência artificial para a China. Por sua vez, a BYD alcançou novos máximos históricos, ao tocar nos 346,94 ienes por título.
Já no Japão, as bolsas retomaram a negociação com ganhos modestos. O Nikkei 225 cresceu 0,4%, enquanto o Topix encerrou a sessão praticamente inalterado, com ganhos de apenas 0,01%.
Na Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em alta, com o Euro Stoxx 50 a avançar 0,2% no "pre-market".