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Pinto Luz: "CP não tem meios para ajudar Fertagus"
O ministro das Infraestruturas pôs de parte a utilização de comboios da CP para resolver os constrangimentos na Fertagus nas horas de ponta. Pinto Luz diz que novos horários são para manter e que a situação está hoje mais estabilizada.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, disse esta quarta-feira no Parlamento que "a CP não encontrou meios" para ajudar a resolver o problema da Feratugus que, depois da mudança de horários em dezembro, tem vivido situações de sobrelotação nas viagens entre Setúbal e Lisboa.
Na sequência de notícias de que estava em cima da mesa a deslocalização de comboios de linhas da CP para a Fertagus, o governante pôs assim de parte essa possibilidade, afirmando que o Executivo "está a monitorizar e a otimizar horários com a Fertagus", garantindo que "hoje sabemos que ninguém fica em terra". "Não voltaremos aos horários anteriores", frisou.
Miguel Pinto Luz salientou que as propostas que vieram a público de colocar material circulante da CP a ajudar nas horas de ponta a Fertagus para a resolução do problema foram apresentadas pelos sindicatos.
Revelou ainda que outra solução abordada com a CP era o seu pessoal vir a fazer esse serviço, ao que a empresa "disse que não era possível"
"Consultamos a CP sobre o que foi proposto pelos sindicatos", afirmou, recordando que o material circulante da empresa que opera a linha entre Lisboa e Setúbal é do Estado.
"Hoje a situação está mais estabilizada, temos mais 34% de utilização em Setúbal. Encontramos todas as soluções para mitigar a pressão que existe", afirmou ainda, assegurando que a situação na Fertagus "não tem nada a ver com o passe ferroviário verde".
O ministro elogiou ainda o PS por ter lançado concurso para o aumento do material circulante, mas lamentou que o Governo tenha herdado a situação "com litigância nos tribunais" para salientar que isso "não vai resolver problema amanhã".
E recordou que na negociação com a Fertagus a concessionária pretendia um prorrogamento do prazo de concessão de 11 anos, mas ficou acordado 6,6 anos, sendo que "o anterior Governo, no objeto da negociação, nunca colocou a compra de material circulante".
Pinto Luz disse ainda confiar na administração da CP, confirmando a sua recondução.