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Stoxx 600 termina maio com maior perda mensal do ano. Londres apaga ganhos de 2023
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Stoxx 600 termina maio com maior perda mensal do ano. Londres apaga ganhos de 2023
O Stoxx 600 registou a maior queda mensal este ano. Entre as principais praças europeias, Londres apagou todos os ganhos alcançados este ano, pressionada pelas ações das empresas ligadas às "commodities".
O "benchmark" europeu desvalorizou 1,07% para 451,26 pontos, caindo para mínimos de dois meses. Entre os 20 setores que compõem o índice, os setores automóvel e dos produtos químicos foram os que mais pressionaram.
Numa ótica mensal, o Stoxx 600 perdeu 3,2% em maio, a maior queda desde dezembro de 2022. O sub-índice composto pelas cotadas do setor de luxo foi o que mais pressionou, ao tombar 5% neste período.
Entre os principais índices europeus, o FTSE 100 apagou os ganhos deste ano, tendo terminado o dia a desvalorizar 1,01%.
Frankfurt e Paris perderam cada uma 1,54%, Amesterdão recuou 1,03% e Milão deslizou 1,97%. Por cá, a bolsa de Lisboa cedeu 1,11%.
A sessão foi marcada pela divulgação dos números da inflação de alguns países do bloco, e pela reação ao abrandamento do crescimento do setor dos serviços e do recuo da produção industrial na China.
Durante o dia reinou ainda a expectativa sobre a votação do novo tecto de dívida dos EUA, que decorre esta quarta-feira na Câmara dos Representantes.
Os investidores estiveram atentos às ações da Heineken, as quais desvalorizaram 2,19%, depois da Femsa – a empresa mexicana que engarrafa as bebidas da Coca-Cola – ter vendido 3,3 mil milhões de euros em ações da fabricante de cerveja.
Já a Capgemini escalou 6,82%, à boleia da parceira com a Google Cloud, nos campos da inteligência artificial e da análise de dados.
Juros portugueses aliviam para mínimos de março
Os juros aliviaram na Zona Euro, num dia marcado pela divulgação dos mais recentes números da inflação em vários Estados-membros da região.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a região – alivia 5,8 pontos base para 2,278%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade subtraem 1,8 pontos base para 2,998%, caindo para mínimos de 24 de março.
A "yield" das obrigações espanholas com vencimento em 2033 recua 5,6 pontos base para 3,327%.
Os juros da dívida italiana a dez anos desceram 6,7 pontos base para 4,074%.
A inflação homóloga na Alemanha abrandou mais do que o esperado para 6,1% em maio Por cá, a inflação terá abrandado para 4% em maio, o sétimo alívio consecutivo.
Euro em mínimos de março prestes a fechar o pior mês desde abril de 2022
O euro cai 0,65% para 1,0661 dólares, renovando mínimos de meados de março. A moeda única está prestes a fechar maio como a maior queda mensal desde abril do ano passado, estando a desvalorizar mais de 3%.
Os investidores digerem os mais recentes dados da inflação dos Estados-membros da Zona Euro.
Entre estes destaca-se a maior potência europeia, a Alemanha, onde a inflação homóloga abrandou mais do que o esperado para 6,1% em maio.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas – sobe 0,37% para 104,503 pontos, o nível mais alto desde meados de março.
A procura pelo "green cash" ocorre numa altura em que os mais recentes dados macroeconómicos vindos da China alimentam a preocupação sobre o crescimento económico e quando os investidores digerem os mais recentes dados sobre o número de novos postos de trabalho nos EUA, os quais alcançaram máximos de três meses.
Ouro brilha entre "mix" de dados macroeconómicos
O ouro soma 0,77% para 1.974,42 dólares por onça, com os investidores atentos aos mais recentes dados económicos vindos dos EUA, China e Europa e à votação do novo tecto da dívida dos EUA, que decorre esta quarta-feira na Câmara dos Representantes.
O número de novos postos de trabalho subiu para 10,1 milhões, o valor mais alto em três meses e acima das expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para os 9,4 milhões.
O mercado está ainda a digerir a queda dos dados da produção industrial e o abrandamento do crescimento do setor dos serviços em maio na China.
No radar dos investidores estão ainda os números da inflação em vários países da Europa. Tanto na maior potência europeia, a Alemanha, como em França, a inflação abrandou mais do que o esperado.
Petróleo recua com dados da China e apreciação do dólar
Os preços do "ouro negro" seguem a ceder terreno nos principais mercados internacionais, pressionados pela valorização do dólar e pelos dados económicos mais fracos vindos da China – que é o maior importador mundial, pelo que se suscitam de imediato receios em torno da procura.
A China reportou uma queda da produção industrial e um abrandamento do crescimento do setor dos serviços em maio.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,63% para 69,02 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 0,95% para 72,84 dólares/barril.
A valorização do dólar torna menos atrativo o investimento no crude para quem negoceia noutras moedas, uma vez que esta matéria-prima é denominada na nota verde.
"Ventos chineses" pressionam arranque da sessão em Wall Street. Congresso vota novo tecto da dívida
Wall Street arrancou a sessão em terreno negativo, pressionada pelas preocupações geradas pelos dados macroeconómicos vindos da China.
O industrial Dow Jones cedeu 0,58% para 32.852,57 pontos, enquanto o Standard & Poor’s 500 (S&P 500) desvalorizou 0,48% para 4.185,47 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 0,27% para 12.982,44 pontos.
Os dados económicos - pouco animadores - vindos da China reavivaram as preocupações em torno do crescimento da economia a nível global.
A produção industrial chinesa voltou a contrair em maio pelo segundo mês consecutivo, enquanto o setor dos serviços cresceu ao ritmo mais lento em quatro meses.
Os investidores estão ainda digerir as mais recentes declarações "hawkish" de dois membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Thomas Barkin, presidente da Fed em Richmond, salientou a necessidade de perceber se a procura está a recuar, de forma a entender se a inflação vai recuar.
Por sua vez, Loretta Mester, líder do banco central em Cleveland, sublinhou que ainda não vê uma "razão convincente" para que se possa defender uma pausa na subida dos juros diretores, sobretudo tendo em conta o acordo de princípio que foi alcançando relativamente ao tecto de dívida dos EUA.
O projeto de lei será votado esta quarta-feira na Câmara dos Representantes, com o Congresso a apressar-se de forma a evitar um "default" dos EUA, previsto para 5 de junho pelo Tesouro do país, caso as novas normas sobre o "debt ceiling" não entrem em vigor.
Recuperação económica da China abaixo do esperado pressiona Europa
As principais praças europeias abriram a última sessão do mês a negociar em baixa, com a sessão a ser marcada pela produção industrial na China, que contraiu pelo segundo mês consecutivo, mostrando uma recuperação económica "frágil".
O índice de referência do Velho Continente desce 0,46% para 454,51 pontos, com os setores automóvel, de artigos para o lar e alimentar a registarem as maiores perdas, superiores a 1%.
A ser fortemente penalizado pelos dados divulgados hoje na China estão as empresas de retalho de luxo, a LVMH e a dona da Gucci, Kering, ambas a caírem mais de 2%.
Entre os principais movimentos de mercado, está ainda a Heineken, a perder quase 2%, depois da Femsa - fabricante de latas de Coca-Cola no México - ter anunciado a venda por 3,3 mil milhões de dólares de parte da sua participação na marca de cervejas holandesa.
"Relativamente às bolsas europeias, já a crise na banca, com a queda de um dos maiores 'players' europeus coloca um entrave à confiança do consumidor", começou por explicar Leonardo Pellandini, do banco Julius Baer, à Bloomberg.
"Com a política monetária do Banco Central Europeu a manter pressão nos mercados e a reabertura da China agora a perder 'momentum', esperamos crescimento económico abaixo da média", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,52%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,64%, o italiano FTSEMIB recua 0,5%, o britânico FTSE 100 perde 0,51% e o espanhol IBEX 35 cai 0,21%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,54%. Por cá, o PSI cede 0,3%.
Juros da dívida da Zona Euro aliviam com queda na inflação em França
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro começaram a última sessão de maio a aliviar, à semelhança do que aconteceu ontem - o que demonstra uma maior aposta dos investidores por obrigações.
A influenciar a negociação estará a inflação em França que caiu para mínimos de abril do ano passado, acima do esperado pelos analistas. O índice de preços no consumidor fixou-se em 5,1% em maio, abaixo dos 5,9% registados me abril.
Ainda hoje, Alemanha, Itália e Portugal apresentam os números da inflação de maio.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, cede 7,4 pontos base para 2,262% e os juros da dívida portuguesa recuam 5,5 pontos base para 2,962% - um mínimo de 2 de fevereiro.
Os juros da dívida pública italiana, espanhola e francesa, com a mesma maturidade aliviam 7,7 pontos base para 4,064%, 3,305% e 2,825%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica aliviam 3,9 pontos base para 4,2%.
Subida do dólar leva ouro a queda
O ouro está a negociar ligeiramente em baixa e a caminho da primeira queda mensal em três meses.
Isto, numa altura em que o progresso das negociações do tecto da dívida norte-americana e as expectativas de que a Reserva Federal norte-americana poderá continuar o ciclo de subida das taxas de juro, vão dando força ao dólar - o que torna o metal precioso mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira.
O ouro recua 0,11% para 1.957,12 dólares.
Já o dólar segue a valorizar 0,52% para 0,9364 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda contra dez divisas rivais - sobe 0,29% para 104,472 pontos.
Petróleo segue em queda com desaceleração da produção industrial na China
Depois de ontem ter registado a maior queda em quatro semanas, o petróleo segue a desvalorizar, embora com perdas ligeiras.
A influenciar a negociação continuam a estar sinais de menor procura, com uma leitura abaixo do esperado da produção industrial na China relativa a maio e o aproximar de uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), onde se espera que a produção se mantenha inalterada.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,19% para 69,33 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 0,15% para 73,43 dólares por barril - ambos os contratos chegaram a perder mais de 4% na terça-feira.
"Os mercados estão preocupados de que a procura por 'commodities' na China possa estar a desacelerar mais rápido do que o esperado", disse Vivek Dhar, analista do Commonwealth Bank of Australia, à Bloomberg.
"Um entendimento de que a OPEP+ possa não a olhar para um corte na produção" também está a pesar nos preços, completou.
Europa de olhos no vermelho. Ásia negativa com recuperação económica da China abrandar
Os principais índices europeus estão a apontar para o vermelho, com a abertura dos mercados a ser pautada por alguma cautela, no dia em que o Senado dos Estados Unidos vota um acordo de princípio entre o presidente Joe Biden e o líder dos republicanos, Kevin McCarthy, que inclui a suspensão do limite da dívida do país.
O acordo terá também de ser votado na Câmara dos Representantes - e só depois de ter luz verde nestas duas câmaras do Congresso é que Biden o pode promulgar.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,3%, com os investidores também atentos a leituras da inflação na Alemanha, França e Itália.
Ainda a pesar na negociação europeia, e que levou também as praças asiáticas a terreno negativo, estão dados relativos à produção industrial na China, que mostrou uma contração pelo segundo mês consecutivo em maio, bem como a mais fraca leitura desde dezembro, evidenciando, mais uma vez, que a recuperação económica do país poderá não ser equilibrada, nem tão forte quanto se esperava.
Na China, Xangai desvalorizou 0,8% e, em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 2,4%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,2%, enquanto no Japão, o Topix cedeu 1,3% e o Nikkei caiu 1,6%.