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Fecho dos mercados: Subida ligeira das bolsas, decida nos juros e queda do petróleo

As praças europeias encerraram com ganhos ligeiros, movimento que a bolsa nacional não conseguiu acompanhar. Subidas em novo dia de descida das taxas de juro da dívida soberana dos países do euro, numa sessão que fica marcada por uma forte desvalorização das cotações do petróleo.

Bloomberg
11 de Novembro de 2015 às 17:11
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,13% para 5.249,24 pontos

Stoxx 600 subiu 0,65% para 378,71 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,06% para 2.080,48 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recuou 3,1 pontos base para 2,741%

Euro sobe 0,07% para 1,0732 dólares

Petróleo cai 2,42% para 46,29 dólares por barril

 

Subidas "tímidas" na Europa

As bolsas europeias voltaram a valorizar, apesar de terem registado ganhos ligeiros. Foram animadas pela divulgação de resultados empresariais, mas também por operações de fusões e aquisições, sendo que o optimismo foi contido pelos indicadores económicos revelados na China. O Stoxx 600 somou 0,65%, com as praças holandesa e francesa a destacarem-se: subiram 0,86% e 0,82%, respectivamente.

 

A praça portuguesa, que afundou na primeira sessão desta semana, voltou a recuar na última sessão. E caiu mais 0,13%, contrariando as pares, com a Nos a compensar a descida dos títulos do sector da energia. A Nos destacou-se com uma subida de 1,57% para 7,241 euros, seguida de empresas como a Sonae, títulos que poderão beneficiar do aumento do consumo privado fruto das medidas previstas pelo PS, diz o Haitong. Já a EDP caiu 3,11% para 3,149 euros. O sector energético tem sido dos mais penalizados com a perspectiva de um Governo à esquerda por receios de mais taxas.

 

Mario Draghi pressiona juros da dívida

Os juros da dívida soberana voltaram a recuar em praticamente todos os países que partilham a moeda única europeia. A crescente expectativa de que o Banco Central Europeu, liderado por Mario Draghi, vai avançar com novas medidas de estímulo à economia levou as taxas a recuarem, sobrepondo-se aos riscos políticos. Em Portugal, a "yield" da dívida a 10 anos caiu 3,1 pontos para 2,741%, já em Espanha desceu 3,7 pontos para 1,831% e em Itália recuou 5,6 pontos para 1,631%.

 

Esta descida foi sentida também na dívida da maior economia do euro, a Alemanha. A taxa das "bunds" recuou em 1,1 pontos para 0,61%. A queda menos expressiva permitiu que apesar da tensão política, o "spread" da dívida nacional tivesse encolhido em dois pontos para 213 pontos base.

 

Euribor renovam mínimos históricos

As Euribor voltaram a perder valor, atingindo novos mínimos históricos em todos os prazos. A taxa a três meses, em "terreno" negativo desde 21 de Abril passado, foi fixada em -0,079%, já a taxa a seis meses, a mais utilizada como indexante dos contratos de crédito à habitação em Portugal, caiu 0,2 pontos base para ficar ainda mais negativa: recuou para -0,006%. Esta taxa passou para "terreno" negativo pela primeira vez a 6 de Novembro.

 

Moeda única recupera de mínimos

O euro recuperou das quedas. A moeda única avançou 0,07%, para os 1,0732 dólares, aliviando assim da forte descida registada na última sessão depois de Erkki Liikanen, governador do Banco da Finlândia e membro do Conselho de Governadores do BCE, ter reiterado que a autoridade monetária irá utilizar todos os instrumentos à sua disposição para puxar pela economia da Zona Euro. O euro chegou a cotar nos 1,0675 dólares, um mínimo de seis meses, numa altura em que a Fed se prepara para subir os juros nos EUA.

 

Petróleo afunda antes das reservas

O petróleo mantém a tendência de queda, pressionado pelo facto de, segundo os dados do Instituto Americano do Petróleo, as reservas dos EUA terem aumentado em 6,3 milhões de barris na semana passada. Numa altura em que se antecipa que também a Administração de Informação de Energia revele um aumento nos "stocks" esta quinta-feira, 12 de Novembro, Perante a expectativa de um novo aumento das reservas da matéria-prima nos EUA, as cotações do barril estão a afundar tanto em Nova Iorque como em Londres. O West Texas Intermediate seguia a perder 2,22% para 43,22 dólares, já o Brent recuava 2,42% para cotar nos 46,29 dólares.

 

China esmaga cotações do zinco

Num dia em que o petróleo centrou atenções, foi o zinco que mais se destacou nas quedas. Perante a falta de melhorias significativas na indústria chinesa, a matéria-prima recuou para o valor mais baixo dos últimos seis anos. O contrato de futuros sobre o zinco seguia a perder 1,3%, tendo chegado a perder um máximo de 3,3% para 1.553,50 dólares por tonelada métrica.


Destaques do dia

 

Acordo com a esquerda melhora défice público face à proposta eleitoral do PS - O crescimento da economia deverá ser inferior às estimativas traçadas no programa do PS, segundo as contas do partido após o acordo assinado com os partidos de esquerda.

 

PS vai propor salário mínimo de 600 euros até ao final da legislatura - O Partido Socialista deverá propor à concertação que o salário mínimo aumente para os 600 euros até ao final da legislatura. O partido antecipa efeitos negativos no emprego desta medida.

 

Reposição de salários da Função Pública custa 450 milhões de euros - A nova fórmula de reposição trimestral dos salários dos funcionários públicos custará 200 milhões de euros além do previsto. Ao todo, em 2016, a medida custará 450 milhões de euros, segundo contas do PS.

 

Comissão Europeia: "É importante" que todos os países sigam o Pacto de Estabilidade - Valdis Dombrovskis escusou-se a comentar a queda do Governo português, mas observou que "é importante que todos os Estados-membros sigam o Pacto de Estabilidade e Crescimento" independentemente dos desenvolvimentos políticos nacionais.

 

Haitong vê risco de mais impostos e taxas sobre as grandes empresas em Portugal - O banco de investimento diz que até o Presidente da República tomar uma decisão sobre o próximo Governo, a volatilidade vai continuar a afectar o mercado português. O ex-BESI analisa o impacto das medidas da esquerda nas cotadas.

 

BPI: Taxa do audiovisual terá "percepção negativa no custo" das telecomunicações - Em vez de ser paga na factura da electricidade, a taxa do audiovisual poderá passar para as telecomunicações com o Governo do PS. Uma mudança negativa para o sector, diz o BPI.

 

Inflação cai para 0,6% em Outubro - Em Outubro o aumento médio de preços face ao mesmo mês de 2014 foi de 0,6%, um recuo de três décimas face à inflação homóloga de Setembro.

 

Poupança das famílias sobe para valor mais elevado este ano - A poupança das famílias portuguesas aumentou em Outubro, pelo terceiro mês consecutivo, para o valor mais elevado de 2015, de acordo com os dados mensais divulgados pela APFIPP e Universidade Católica.

 

Já há acordo para dona da Budweiser ficar com a produtora da Peroni - A Sabmiller vai sair de uma empresa que tem nos Estados Unidos para responder a preocupações regulatórias advindas da sua venda à Anheuser-Busch Inbev. Passo que permitiu levar à apresentação formal da operação.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Relatório da OPEP – Depois da Agência Internacional de Energia, chega a vez da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publicar o seu relatório mensal sobre o mercado petrolífero.

 

Resultados em Lisboa – Numa altura em que grande parte das cotadas nacionais já apresentaram as contas, será a vez da Sonae Indústria revelar aos seus accionistas dos resultados do terceiro trimestre deste ano.

 

Inflação na Alemanha – Será conhecido o índice de preços no consumidor na maior economia da Europa, relativo a Outubro. A estimativa dos economistas consultados pela Bloomberg é para que a inflação se tenha mantido em 0,3%.

 

Desemprego nos EUA – Vão ser revelados tanto os números de novos pedidos de subsídio de desemprego, na semana terminada a 7 de Novembro, como os subsídios de desemprego continuados, na semana terminada a 31 de Outubro. A taxa de desemprego tem sido alvo de escrutínio por parte dos responsáveis da Fed, numa altura em que o banco central se prepara para subir a taxa de juro nos EUA.

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