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Fecho dos mercados: Bolsas, petróleo e ouro no vermelho. Euro sobe

As bolsas europeias estiveram a desvalorizar na primeira sessão após a pausa do Natal, arrastadas pela divulgação de maus indicadores na China. As matérias-primas também seguem a perder valor, num dia em que o euro avança.

Bloomberg
28 de Dezembro de 2015 às 17:15
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 1,02% para 5.349,50 pontos

Stoxx 600 cai 0,06% para 366,16 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 1,3 pontos base para 2,556%

Euro valoriza 0,14% para 1,0975 dólares

Petróleo cai 3,41% para 36,80 dólares por barril, em Nova Iorque

China arrasta bolsas europeias

As bolsas do Velho Continente arrancaram a semana no vermelho. Depois da pausa para as comemorações do Natal, o europeu Stoxx 600 regressou à negociação com uma descida de 0,49%, com os índices da região a serem penalizados pela divulgação de maus indicadores na China, que aceleraram o pessimismo dos investidores. A condicionar a negociação estiveram as empresas do sector energético, arrastadas pela desvalorização dos preços das matérias-primas.

A bolsa lisboeta registou uma das maiores quedas da sessão. O PSI-20 caiu 1,02%, uma descida apenas superada pelas bolsas grega e italiana. À semelhança do que aconteceu na Europa, o sector energético destacou-se nas quedas. A petrolífera Galp caiu 1,94% para 10,86 euros. Uma nota negativa ainda para o sector financeiro. O BCP perdeu 2,12% para 0,0508 euros, enquanto o BPI, que anunciou esta segunda-feira, 28 de Dezembro, a continuação do processo de cisão dos activos africanos, mas com oposição de Isabel dos Santos, desceu 1,03% para 1,148 euros.

Juros corrigem na Europa

Os juros da dívida europeia estiveram a corrigir um pouco por toda a Europa. A "yield" a 10 anos das Obrigações do Tesouro recuou seis pontos base para 2,494%, enquanto a taxa alemã a 10 anos recuou 7,7 pontos para 0,564%. Apesar da correcção da sessão, o prémio de risco do país subiu face à sessão anterior para 193,11 pontos.

Euribor estável pelo terceiro dia

As taxas Euribor mantiveram-se inalteradas esta sessão nos principais prazos. A taxa a seis meses, a mais utilizada pelos portugueses no crédito à habitação, manteve-se em 0,040%. Já o indexante a três meses não mexeu pelo terceiro dia. Ficou em -0,131%, acima do mínimo histórico de -0,133%, registado em meados do mês.

Euro ganha terreno

A moeda única europeia está a ganhar terreno face às principais divisas mundiais, com o euro a contrariar a tendência negativa registada pelos mercados accionistas e pelas matérias-primas. O euro avança 0,14% para 1,0975 dólares, isto apesar do membro do BCE, Yves Mersch, ter destacado que a autoridade monetária europeia ainda tem "munições e poder de fogo" para estender os estímulos na região.

Petróleo corrige de máximos de três semanas

Os preços do petróleo estão a negociar em forte queda nos mercados internacionais, com o "ouro negro" a ser pressionado pela expectativa em torno de um aumento das exportações iranianas. O WTI, em Nova Iorque, lidera as quedas. Desce 3,41% para 36,80 dólares por barril, depois do Irão ter adiantado que a "prioridade" do país é aumentar as exportações de crude para os níveis anteriores às sanções económicos impostas devido ao programa nuclear iraniano. O Irão pretende aumentar as exportações em 500 mil barris por dia, uma semana depois do levantamento das sanções, de acordo com Rokneddin Javadi, vice-ministro do petróleo, citado pela agência noticiosa Shana.

Ouro cai pela terceira vez em quatro dias

O metal precioso está a desvalorizar pela terceira vez em quatro sessões, com os investidores a descontarem mais um mau ano para a matéria-prima. O ouro desliza 0,6% para 1.069,20 dólares por onça, perante as perspectivas de uma taxa de inflação baixa nos EUA em 2016, um enquadramento que reduz o interesse pelo ouro.


Destaques do dia


BPI regista projecto de separação dos activos africanos mesmo com Isabel dos Santos contra
. O projecto de cisão dos activos africanos do BPI, necessária para o cumprimento das exigências do BCE, foi alvo de pedido de registo. A segunda maior accionista, Isabel dos Santos, está contra. E sem acordo, o regulador angolano não analisa a operação.


Os três temas que vão marcar o rumo dos mercados no próximo ano
. A Reserva Federal terminou o ano de 2015 a subir a taxa de juro de referência. Uns dias antes, o BCE prolongou o programa de compra de activos. Caminhos diferentes que vão condicionar o rumo dos activos, a par das questões geopolíticas e da evolução dos preços das matérias-primas.

Banco de Portugal dá explicações a clientes e accionistas do Banif. Num conjunto de perguntas e respostas, o Banco de Portugal explica a resolução do Banif. Garante que os produtos do Banif vão manter as mesmas condições. E recusa que os accionistas tenham sido expropriados.


BPI: Guerra pelos direitos no futebol pode ter impacto negativo nas acções da Nos
. O BPI acredita que a guerra pelos direitos de transmissão dos jogos de futebol vai transferir valor dos operadores de telecomunicações para os produtores de conteúdos.

10 apostas para ganhar no novo ano. As acções vão continuar a ser o activo que gerará maiores retornos. Quais? As europeias, mas também as japonesas, mais do que as cotadas norte-americanas. Banca e tecnologia serão os sectores em destaque num ano marcado por uma elevada volatilidade fruto das tensões geopolíticas. A dívida soberana mantém-se nas apostas, bem como o dólar. Nas matérias-primas, é preciso estar atento ao momento de entrada para ganhar com alguma recuperação que poderá puxar pelos mercados emergentes.

O que vai acontecer amanhã

Indicadores nos EUA. É divulgado o índice de confiança dos consumidores, em Dezembro [anterior: 90,4 pontos: estimativa: 93,6 pontos].

INE. Anuário Estatístico de Portugal, em 2014.

INE. Estatísticas da Globalização.

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