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Fecho dos mercados: Bolsas indefinidas, juros e dólar em queda

As principais praças europeias encerraram a sessão desta quarta-feira com desempenhos mistos. Mas o destaque vai para os juros da dívida soberana, que continuam em queda esta semana. Também o dólar está a desvalorizar, atingindo mínimos de Junho.

Miguel Baltazar
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,32% para os 4.787,45 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,20% para os 343,98 pontos

S&P 500 cai 0,31% para 2.175,08 pontos

"Yield 10 anos de Portugal desceu 5,3 pontos base para 2,748%

Euro valoriza 0,52% para 1,1174 dólares

Petróleo desce 1,71% para 44,21 dólares por barril, em Londres

Bolsas interrompem cinco dias de ganhos

As principais bolsas europeias fecharam a sessão sem uma tendência definida, interrompendo um ciclo de cinco sessões positivas. A prejudicar o sentimento dos investidores estiveram os resultados desapontantes apresentados por algumas empresas europeias. O índice de referência da Europa, o Stoxx 600, cedeu 0,20% para os 343,98 pontos, num dia em que o britânico FTSE somou 0,22% para os 6.866,42 pontos.

 

Já o PSI-20 fechou do lado dos ganhos. Subiu 0,32% para os 4.787,45 pontos, avançando pelo quinto dia consecutivo. Numa sessão em que nove cotadas fecharam do lado dos ganhos, os pesos-pesados Jerónimo Martins e Galp Energia foram determinantes para a tendência. A retalhista subiu 1,30% para os 15,20 euros, enquanto a petrolífera valorizou 0,23% para os 13,02 euros, num dia em que atingiu máximos de Setembro de 2014.


Juros da dívida recuam pela terceira sessão

Os juros da dívida soberana portuguesa voltaram a recuar esta quarta-feira. A taxa das obrigações a dez anos caiu 5,3 pontos base para 2,748%, numa sessão em que chegou a negociar nos 2,735%, o valor mais baixo desde 20 de Janeiro. Em queda encerraram também os juros de Espanha e Itália, bem como os da Alemanha. Mas apesar de a "yield" germânica a dez anos ter recuado 3,2 pontos para -0,109%, o prémio de risco e Portugal caiu para 285,7 pontos.

Euribor descem na maior parte dos prazos

As taxas Euribor desceram, esta quarta-feira, na maior parte dos prazos. A excepção foi a taxa a três meses que subiu para -0,297%, ficando acima do mínimo histórico de -0,299% atingido na semana passada. Já a Euribor a seis meses, que serve de referência em mais de metade dos créditos à habitação em Portugal, caiu para -0,188%. A taxa a nove meses caiu para -0,118%. Já no prazo a 12 meses, a Euribor cedeu para -0,048%.

 

Dólar cai para mínimos de Junho

Após quatro sessões consecutivas em alta, o dólar norte-americano está agora a contabilizar a segunda queda seguida. O índice que mede o desempenho da moeda face às dez principais congéneres segue a cair 0,43% para 1.177,23 pontos, o valor mais baixo desde 23 de Junho. A pressionar está o aliviar das expectativas de que a Reserva Federal dos EUA venha a subir a taxa de juro de referência ainda este ano.

 

Maiores reservas levam petróleo às quedas

O petróleo está a desvalorizar esta quarta-feira. O Brent, negociado em Londres, perde 1,71% para 44,21 dólares por barril, ao passo que o WTI, em Nova Iorque, cai 1,92% para 41,95 dólares. A pressionar estão as reservas da matéria nos EUA, que aumentaram em 1,06 milhões de barris na semana passada. Ao mesmo tempo, os dados apontam para uma queda da procura em 255 mil barris.

 

Queda do dólar impulsiona cobre

Após ter recuado quase 5% nas últimas quatro semanas, o cobre está agora a disparar. A matéria-prima valoriza 1,26% para 2,177 dólares por onça, numa sessão em que já chegou a subir 2,56%. A impulsionar o cobre está a desvalorização do dólar esta quarta-feira, uma vez que a matéria-prima é cotada nesta moeda. Isto num dia em que os investidores estão a revelar uma menor expectativa quanto a uma subida dos juros pela Fed ainda em 2016.

Destaques do dia

 

UE já mobilizou plano de combate de incêndios em Portugal. Itália ficou com a incumbência de coordenar a missão Europeia de combate aos incêndios em Portugal, depois do país ter accionado formalmente o mecanismo europeu de protecção civil. Espanha já disponibilizou dois aviões.

 

Governo diz que dados do desemprego são animadores mas mercado de trabalho ainda é frágil. O secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, congratulou-se hoje com a redução para 10,8% da taxa de desemprego no segundo trimestre, abaixo da meta traçada pelo Governo para 2016, mas reconheceu a fragilidade do mercado de trabalho.  

 

SDC afunda 25% após anúncio de PER da Soares da Costa. As acções da SDC Investimentos estão a acumular uma queda de 25% nos últimos dois dias, depois de ter sido revelado que a Soares da Costa apresentou um pedido de protecção contra credores.

 

Deutsche Bank teria grandes problemas de capital se houvesse nova crise. O Deutsche Bank, o maior banco alemão, teria um 'buraco' financeiro de 19.000 milhões de euros caso houvesse uma nova crise financeira, segundo um estudo do Centro para a Investigação Económica Europeia (ZEW) hoje divulgado.   

 

Juros dos periféricos atingem mínimos em mais um dia de quedas. Os juros das obrigações a dez anos de Espanha e Irlanda atingiram um novo mínimo histórico, enquanto em Itália negoceiam no valor mais baixo desde Março do ano passado. Por cá, a descida das 'yields' está a levar o risco de Portugal para o valor mais baixo em três meses.

 

PP vai votar condições de Rivera e Rajoy eleva pressão sobre socialistas. A direcção popular vai votar as seis condições impostas por Rivera para que o Cidadãos apoie a investidura de Rajoy. Mas apesar de considerar as negociações entre PP e Cidadãos "um passo em frente", Rajoy mantém que sem o PSOE não haverá governo.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Dados do INE. O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) publica, esta quinta-feira, os índices de volumes de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas nos serviços, em Junho.

 

Indicadores nos EUA. Serão conhecidos, do outro lado do Atlântico, os pedidos de subsídio de desemprego, na semana passada, bem como o índice de preços na importação, em Julho.

 

Resultados semestrais. A Alibaba e a Deutsche Telekom divulga as contas relativas aos primeiros seis meses do ano.

 

Relatório sobre o petróleo. A AIE publica o Relatório sobre o mercado petrolífero relativo ao mês de Julho.

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