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Juros dos periféricos atingem mínimos em mais um dia de quedas

Os juros das obrigações a dez anos de Espanha e Irlanda atingiram um novo mínimo histórico, enquanto em Itália negoceiam no valor mais baixo desde Março do ano passado. Por cá, a descida das 'yields' está a levar o risco de Portugal para o valor mais baixo em três meses.

Bloomberg
10 de Agosto de 2016 às 12:45
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É mais um dia de alívio nos juros da dívida pública dos países periféricos, que continuam a beneficiar da expectativa em torno dos estímulos dos bancos centrais.

Em Espanha, não obstante o clima de incerteza política que tem criado instabilidade no país, os juros da dívida a dez anos estão no valor mais baixo de sempre, 0,953%. Também na Irlanda as ‘yields’ associadas às obrigações a dez anos estão a negociar num valor nunca visto - 0,347% - após uma descida de 2,2 pontos base.

Apesar dos problemas com a banca italiana – a braços com um elevado volume de crédito malparado, na ordem dos 360 mil milhões de euros – e as ameaças sobre o "rating" da República, os juros da dívida italiana a dez anos seguem a tendência de alívio, com uma descida de 3,4 pontos base para 1,087%, o valor mais baixo desde Março de 2015.

Já em Portugal, a ‘yield’ associada aos títulos de dívida a dez anos caem 5,9 pontos base para 2,743%, um mínimo de meados de Janeiro.

Como a descida dos juros portugueses é superior à dos alemães, também o risco de Portugal – medido pelo diferencial face à dívida germânica - está em queda esta quarta-feira. O prémio de risco desce 3,6 pontos para 281,1 pontos, o valor mais baixo desde Maio.

Ainda assim, as ‘bunds’ alemãs estão a cair 1,8 pontos para -0,095% depois de o Estado ter colocado dívida a dez anos com a taxa de juro mais baixa de sempre (-0,09%), valor que compara com o anterior mínimo de -0,05%.

A descida dos custos de financiamento dos países do euro está a ser justificada pelos analistas com a expectativa de que os bancos centrais desencadeiem uma nova vaga de flexibilização da política monetária e da compra de activos para injectar mais liquidez na economia.

Ainda na semana passada o Banco de Inglaterra anunciou um corte da taxa de juro para o mínimo histórico de 0,25% e um reforço da compra de activos para contrariar os efeitos negativos do Brexit.

O Banco Central Europeu, por seu lado, não anunciou qualquer alteração à sua política monetária em Julho, mas garantiu que os responsáveis vão monitorizar de perto o impacto da decisão dos britânicos de sair da União Europeia. 

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