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Fecho dos mercados: Bolsas europeias, petróleo e juros em queda

As principais praças europeias voltaram perder, com a bolsa grega a liderar a tendência esta quinta-feira. Uma sessão em que o petróleo passou a cair, após tocar em máximos de 11 meses. Já os juros da dívida portuguesa recuaram pela terceira sessão.

Bloomberg
09 de Junho de 2016 às 17:17
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Os mercados em números

PSI-20 perdeu 0,40% para 4.806,42 pontos

Stoxx 600 desceu 0,90% para 341,25 pontos

S&P 500 cai 0,50% para 2.108,46 pontos

"Yield" da dívida de Portugal a 10 anos deslizou 0,9 pontos base para 3,067%

Euro desvaloriza 0,65% para 1,1321 dólares

Petróleo recua 1,20% para 51,88 dólares por barril, em Londres


Bolsas europeias recuam pela segunda sessão

As principais praças do Velho Continente encerraram esta quinta-feira em queda. O Stoxx 600, índice europeu de referência, caiu 0,90% para 341,25 pontos, naquela que é a segunda sessão consecutiva de perdas. Mas a liderar a tendência esteve o índice grego FTASE, logo seguido pelo alemão DAX. Desvalorizaram, respectivamente, 1,29% para 178,00 pontos e 1,25% para 10.088,87 pontos.

Por cá, também a bolsa de Lisboa registou uma sessão de quedas. O PSI-20 caiu 0,40% para 4.806,42 pontos, numa tendência liderada pelo BCP. As acções do banco liderado por Nuno Amado caíram 5,13% para 2,22 cêntimos, tendo chegado a afundar 5,88%. Ainda na banca, o BPI desvalorizou 3,56% para 1,112 euros. A pesar no índice nacional esteve também o sector do retalho. É que a Jerónimo Martins perdeu 1,41% para 14,31 euros, ao passo que a Sonae desvalorizou 2,41% para 89,1 cêntimos.

 

Juros da dívida recuam pela terceira sessão

Os juros da dívida soberana portuguesa voltaram a cair esta quinta-feira em quase todas as maturidades. A taxa das obrigações a dez anos deslizou 0,9 pontos para 3,067%, naquela que foi a terceira sessão de quedas. Mas também Espanha e Itália a tendência foi de queda dos juros da dívida. Mais acentuada foi a evolução na Alemanha. A "yield" da dívida a dez anos recuou 2,2 pontos para 0,033%, levando o prémio de risco de Portugal a subir para 303,4 pontos.

 

Euribor descolam de mínimos históricos

Após ter registado um novo mínimo histórico na quarta-feira, a Euribor a três meses voltou agora a subir. A taxa passou de -0,264% para -0,262%. Já a Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal enquanto indexante no crédito à habitação, subiu de -0,160% para -0,159%. Saiu do actual mínimo histórico, ao passo que a taxa a 12 meses manteve-se inalterada nos -0,018%.

 

Dados do emprego aliviam pressão no dólar

Depois de ter desvalorizado em duas sessões consecutivas, o dólar está agora a negociar em alta. O índice, que segue o desempenho da moeda norte-americana face às dez principais congéneres, segue a subir 0,40% para 1.175,93 pontos, numa sessão em que já chegou a ganhar 0,42%. A impulsionar o dólar estão os dados do emprego nos EUA, que vieram travar os receios de que o mercado laboral estaria a deteriorar. Isto porque os dados de Maio ficaram aquém do esperado, com Janet Yellen a caracterizar os dados de "desapontantes".

 

Petróleo recua após máximos de 11 meses

O petróleo está a negociar em queda esta segunda-feira. O Brent, negociado em Londres, recua 1,20% para 51,88 dólares por barril, ao passo que o West Texas Intermediate (WTI), em Nova Iorque, perde 1,41% para 50,51 dólares. Mas o petróleo já esteve a subir nesta sessão, sendo que nos EUA chegou a disparar quase 1% para 51,67 dólares. Este corresponde ao valor mais elevado desde Julho de 2015.

 

Ouro já recupera mais de 5%

As mais recentes minutas da Fed indicaram que o banco central poderia rever os juros em alta já em Junho. Algo que não estava nos horizontes dos investidores e, por isso, acabou por penalizar o ouro. Caiu para um mínimo de 1.205 dólares. Desde então, o metal tem vindo a recuperar. Já sobe mais de 5%, negociando actualmente nos 1.269,97 dólares por onça. E a tendência deverá continuar, já que a Bloomberg Intelligence divulgou um inquérito no qual 39% dos especialistas prevêem que o ouro fechará o ano acima dos 1.400 dólares.


Destaques do dia

 

Natixis vai deslocalizar operações para o Porto e criar 600 empregos. O Natixis pretende transferir para Portugal grande parte das suas actividades informáticas, criando 600 postos de trabalho na Invicta ao longo dos próximos três anos.

 

Bruxelas dá luz verde à OPA sobre o BPI. CaixaBank recusa subir preço. O controlo do BPI por parte do CaixaBank não trará problemas de concorrência, refere a Comissão Europeia. O CFO do banco espanhol avisa que não haverá uma nova oferta pelas acções.

 

Ricciardi: "É preciso capital" para fusão entre BCP e Novo Banco. O presidente do Haitong defende que a banca portuguesa precisa de dinheiro: seja por novos accionistas seja através de um resgate. Quanto ao Novo Banco, a melhor solução, segundo José Maria Ricciardi, é manter no Estado com privados. Como na TAP.

 

Quando proibir as apostas na queda não trava o BCP. Têm sido dias agitados para os títulos do banco que mesmo com o travão do regulador do mercado está próximo de mínimos. Proibir as apostas na queda ajuda ou não?

 

BlackRock: "Obrigações portuguesas estão demasiado baratas". Após os mínimos históricos de 2015, este ano tem sido de subidas nos juros da dívida. Uma tendência contrária ao resto da Zona Euro, o que leva a maior gestora de activos do mundo a considerar que a dívida portuguesa está atractiva.

 

Milhões para a banca põem "rating" em xeque. Moody's, Standard & Poor's, Fitch e DBRS são unânimes: se a dívida aumentar, o "rating" de Portugal fica sob pressão. Este é o principal risco de uma injecção de capital na CGD, além da credibilidade nacional que fica em causa. Já o sector da banca fica a ganhar.

 

Tesouro já captou dez mil milhões no mercado. Após mais um leilão de dívida, Portugal já atingiu a marca de dois dígitos no financiamento de médio e longo prazo do ano. Isto num ano em que a maturidade média dos títulos caiu, permitindo que a taxa de juro continue baixa.

 

O que vai acontecer na sexta-feira

"Ratings" na Europa – A Fitch tem agendada uma possível revisão à notação financeira de França e do Reino Unido. No mesmo dia, a DBRS poderá rever o "rating" da Grécia, ao passo que a Moody’s poderá pronunciar-se sobre a avaliação que faz de Itália.

Confiança nos EUA – A Universidade do Michigan divulga o indicador de sentimento económico, relativo a Junho. A estimativa é que recue de 94,7 pontos para 94,5 pontos.

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