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Fecho dos mercados: Bolsas e petróleo recuam, juros sobem

As bolsas europeias recuaram após sete sessões a valorizar, com destaque para a queda da bolsa de Lisboa. Os juros da dívida soberana avançaram, em contraciclo com a tendência da Zona Euro. O petróleo está a desvalorizar.

Reuters
12 de Outubro de 2015 às 17:19
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 3,05% para 5.350,31 pontos

Stoxx 600 caiu 0,28% para 361,11 pontos

S&P 500 valoriza 0,14% para 2017,62 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal avança 3,9 pontos base para 2,441%

Euro avança 0,09% para 1,1369 dólares

Petróleo cai 2,11% para 51,54 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias quebram ciclo de ganhos

As bolsas europeias recuaram esta segunda-feira, interrompendo um ciclo de ganhos de sete sessões consecutivas, o mais longo desde Julho. O Stoxx 600, que reúne as 600 maiores cotadas europeias, caiu 0,28% para 361,11 pontos, tendo oscilado entre ganhos e perdas inferiores a 1% durante a sessão. A maioria dos principais índices de referência registaram perdas inferiores a 1%, com excepção da bolsa de Lisboa.

 

O PSI-20 destacou-se pela negativa, ao perder 3,05% para 5.350,31 pontos, numa sessão marcada pelas declarações de António Costa e Catarina Martins, na sequência da reunião entre Partido Socialista e Bloco de Esquerda. O líder do PS assinalou que há margem para aproximar posições" e Catarina Martins afirmou que estão criadas as condições para um governo liderado pelo PS e apoiado pelo BE. O sector financeiro foi o que mais penalizou o índice nacional, acentuando as quedas após esta declaração. O BCP afundou 9,38% para 5,7 cêntimos, o BPI caiu 7,29% para 1,068 euros e o Banif perdeu 2,63% para 0,0037 euros. 

 

Juros sobem em contraciclo com a Europa

Os juros da dívida portuguesa avançaram, esta segunda-feira, em contraciclo com a tendência na Zona Euro. A sessão está a ser marcada pelas reuniões entre os partidos sobre a formação do novo governo, com as declarações de António Costa e Catarina Martins a indicarem a possibilidade de constituir um governo liderado pelo PS e apoiado pelo BE.

A "yield" das obrigações nacionais a 10 anos – a maturidade de referência – apreciou 3,9 pontos base para 2,441%. Consequentemente, o prémio de risco que os investidores pagam para apostar na dívida portuguesa em detrimento da alemã subiu para 186,33 pontos, uma vez que a "yield" das "bunds" recuou 3,7 pontos base para 0,578%.  

 

Euribor a seis meses fixa novo mínimo histórico

As taxas Euribor a seis e nove meses fixaram esta segunda-feira novos mínimos históricos. Nos prazos a três e 12 meses as taxas ficaram inalteradas. A Euribor a três meses ficou inalterada em -0,049%, o actual mínimo histórico fixado pela primeira vez na sessão anterior. A seis meses a taxa caiu de 0,028% para 0,027% e a nove meses recuou para 0,071%. A Euribor a 12 meses ficou inalterada em 0,139%, acima do actual mínimo histórico.

 

Euro oscila

O euro está a avançar 0,09% para 1,1369 dólares, numa sessão marcada por oscilações ligeiras. A moeda única avançou um máximo de 0,34% para 1,1397 dólares e recuou um máximo de 0,04% para 1,1353 dólares.  

 

OPEP pressiona petróleo

O petróleo está a desvalorizar mais de 2% nos mercados internacionais, pressionado pelos dados revelados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo. No relatório mensal, a OPEP revelou que aumentou a produção, em Setembro, para o valor mais elevado desde 2012. O West Texas Intermediate (WTI) negociado em Nova Iorque está a recuar 2,31%, para 48,47 dólares por barril, afastando-se da fasquia dos 50 dólares que tinha superado. O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para a Europa cai 2,03% para 51,58 dólares por barril.

 

Café avança com tempo adverso no Brasil

O café arábica para entrega em Dezembro avançou, esta segunda-feira, mais de 4% para 1,376 dólares por libra-peso, um máximo de 17 de Agosto. As condições adversas para as colheitas de café previstas para esta semana no Brasil perspectivam uma redução da oferta, fazendo subir os preços. O café segue a avançar 3,31% para 1,359 dólares por libra-peso.

Destaques do dia

António Costa diz que "há margem para aproximar posições e reduzir divergências" com o BE. O secretário-geral socialista referiu-se ao encontro com os bloquistas como uma "reunião interessante" que permitiu perceber que "há margem para aproximar posições e reduzir divergências" entre os dois partidos. Costa garante ainda haver espaço para um "entendimento sólido e estável" de governação.

 

Compra de acções pela Mota-Engil África é "positiva" para os investidores, dizem analistas. O prémio oferecido pela Mota-Engil África para a compra de acções aos accionistas representa uma oportunidade. Esta é a posição assumida pelos analistas, que destacam ainda que a Mota-Engil também sairá a ganhar.

 

BCE acelera compras de activos para 14,5 mil milhões. A instituição monetária da Zona Euro investiu mais três mil milhões de euros em compras de activos na última semana. Um período no qual os activos do sector público aumentaram fortemente, ao passo que as "covered bonds" e os instrumentos de dívida titularizados recuaram.

 

OPEP aumenta produção de petróleo para máximos de três anos. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) aumentou a produção de petróleo em Setembro, estimando um aumento da procura, resultante da queda de oferta nos concorrentes, revela o relatório mensal.

 

O que vai acontecer amanhã

AIE. Agência Internacional de Energia (AIE) publica relatório mensal sobre petróleo.

Alemanha. Índice de preços no consumidor [anterior (homólogo): 0,0%; estimativa: 0,0%]

Banco de Portugal. Estatísticas de Instituições Financeiras Monetárias, em Agosto.

INE. Actividade dos Transportes, no segundo trimestre.

JP Morgan. Apresentação dos resultados do terceiro trimestre

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