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Fecho dos mercados: Bolsas e petróleo em queda, juros sobem

Naquela que foi a segunda sessão consecutiva de quedas para as praças europeias, o destaque vai para o mínimo histórico atingido pelo BCP. Também a desvalorizar está o petróleo, numa quarta-feira em que o prémio de risco de Portugal se aproximou da fasquia dos 300 pontos.

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Os mercados em números

PSI-20 desceu 2,17% para 4.850,38 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,96% para 344,12 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,12% para 2.094,37 pontos

"Yield" da dívida de Portugal a 10 anos subiu 0,06 pontos base para 3,063%

Euro sobe 0,19% para 1,1153 dólares

Petróleo recua 0,46% para 49,66 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias em queda generalizada

Pela segunda sessão consecutiva, as principais praças europeias encerraram em queda. O Stoxx 600, índice europeu de referência, perdeu 0,96% para 344,12 pontos, pressionado pelas cotadas dos sectores mineiro e da banca. Mais significativas foram as desvalorizações do espanhol IBEX e do italiano FTSE MIB, que recuaram, respectivamente, 1,30% para 8.916,90 pontos e 1,19% para 17.810,85 pontos.

Mas foi a praça lisboeta que liderou as quedas na Europa. O PSI-20 caiu 2,17% para 4.850,38 pontos, fortemente pressionado pelo BCP. O banco liderado por Nuno Amado afundou 10,78% para 2,73 cêntimos, igualando o mínimo histórico registado em Junho de 2012. Ainda no sector da banca, o BPI fechou o dia a ceder 1,03% para 1,153 euros. Também a pressionar a praça lisboeta esteve a Nos que recuou 2,64% para 6,50 euros.

 

Prémio de risco à beira dos 300 pontos

Após a ligeira queda da última sessão, os juros da dívida portuguesa regressaram às subidas esta quarta-feira. A taxa das obrigações a dez anos subiu 5,5 pontos base para 3,119%. Em alta nesta sessão negociaram também os juros de Espanha e Itália. Já a "yield" a dez anos da Alemanha recuou. Desceu 0,3 pontos para 0,136%, levando o prémio de risco de Portugal a subir para 298,3 pontos.

 

Euribor em mínimo a três e seis meses

As Euribor mantiveram-se hoje em mínimos históricos a três e seis meses. A taxa a três meses foi fixada novamente em -0,261%. Já a taxa seis meses, a mais utilizada como indexante nos créditos à habitação em Portugal, manteve-se em -0,153%. No prazo de nove meses, a Euribor desceu para -0,086%, e a 12 meses desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro, para -0,018%.

 

Iene bate divisas mundiais

O iene brilhou face às restantes moedas mundiais. A divisa japonesa subiu 0,99% contra o dólar e 0,78% face ao euro, beneficiando do anúncio do primeiro-ministro, Shinzo Abe, de que adiou a subida do IVA para 2019. Uma decisão que fez aumentar a especulação de que o Banco do Japão não irá adicionar, em breve, novas medidas de estímulo à economia do país. Se o iene brilhou face ao euro e ao dólar, a divisa europeia ganhou "terreno" contra a "nota verde", somando 0,19% para 1,1153 dólares.

 

Petróleo em queda antes da OPEP

O petróleo voltou a perder valor. Tanto em Londres como em Nova Iorque, o barril recuou com os investidores a considerarem que os ganhos recentes - que levaram as cotações para cima da fasquia dos 50 dólares - foram exagerados tendo em conta os elevados inventários da matéria-prima. O Brent segue a perder 0,46% para 49,66 dólares, já o West Texas Intermediate recua 0,57% para 48,83 dólares, isto na véspera da reunião da OPEP, de onde poderá, eventualmente, surgir um entendimento relativo ao congelamento da oferta de petróleo.

 

Ouro volta a perder brilho

Depois de ter quebrado um longo ciclo de quedas, fruto da perspectiva de uma subida da taxa de juro por parte da Fed, nos EUA, o ouro voltou a perder brilho. O metal precioso, que somou 0,86% na sessão anterior, recuou 0,71% esta quarta-feira para negociarr nos 1.206,74 dólares por onça, com os investidores a voltarem a centrar atenções na probabilidade de uma subida de juros pela Fed em Junho.


Destaques do dia

 

Acções do BCP afastadas do MSCI Global. Os títulos do banco foram retirados do índice de acções globais, passando a estar no índice das pequenas capitalizações. Entrou nesta categoria no âmbito da revisão semestral do MSCI, sendo acompanhado da Corticeira Amorim.

 

Goldman Sachs faz lista dos bancos mais vulneráveis. BCP é um deles. O Goldman Sachs procurou os bancos mais "vulneráveis" a comparações com o espanhol Banco Popular. Acções das entidades consideradas mais expostas, entre as quais o BCP, descem mais de 4%.

 

BCP já está a consultar dados confidenciais do Novo Banco. O BCP entrou mesmo na corrida à compra do Novo Banco. O grupo de Nuno Amado é uma das instituições que está a passar a pente fino a informação detalhada sobre o banco de transição. Até ao final do mês, o Banco de Portugal decide qual o modelo para a venda do NB.

 

BCE põe 13% da dívida das empresas com juros negativos. Os juros negativos aterraram no mercado e dificilmente sairão no curto prazo. Até a dívida de empresas já conquistou esse benefício, ascendendo a 333 mil milhões de euros em títulos. Mas o arranque das compras do BCE deverá coincidir com a inversão da tendência.

 

Compras de Draghi com efeito limitado em Portugal. O programa de compra de dívida de empresas é positivo, mas poucas cotadas do PSI-20 conseguirão tirar os benefícios totais.

 

Chegou o mês da tempestade perfeita nos mercados. Maio era mês de "vender". Muitos não seguiram o adágio, mas será que vão aguentar a pressão no mês que agora começa. Desde eleições a referendos, passando por várias decisões de política monetária, Junho promete ser "quente". Pode estar a formar-se uma tempestade.

 

Banca no "olho do furacão" na bolsa de Lisboa. Os títulos do sector financeiro são mais vulneráveis a momentos de instabilidade, defendem os especialistas. Já as "utilities" poderão dar alguma segurança.

 

O que vai acontecer na quinta-feira

Reunião do BCE - Conclusão de mais uma reunião do Conselho do BCE, na qual será avaliada a política monetária para a Zona Euro. Mario Draghi dará depois uma conferência de imprensa.

Preços na Zona Euro – O Eurostat irá divulgar o índice de preços na produção para a Zona Euro, relativo a Abril.

OPEP em Viena – Os Estados membros da OPEP estarão reunidos em Viena, para discutir a evolução do mercado petrolífero.

Emprego nos EUA – Será conhecido o relatório do emprego ADP, relativo a Maio. Isto no mesmo dia em que serão conhecidos do pedidos de subsídio de desemprego nos EUA.

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