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Fecho dos mercados: Bolsas caem, juros afundam. Petróleo baixa dos 40 dólares

Em mais um dia marcado pelos receios de novos atentados terroristas, foi grande a tensão nos mercados accionistas europeus. As bolsas da região recuaram, com excepção das praças britânica, grega e portuguesa. Isto num dia em que os juros da dívida caíram e o petróleo baixou dos 40 dólares.

Bloomberg
18 de Novembro de 2015 às 17:18
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,78% para 5.378,60 pontos

Stoxx 600 caiu 0,14% para 379,33 pontos

S&P 500 valoriza 0,84% para 2.067,65 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal caiu 9,4 pontos base para 2,472%

Euro recua 0,1% para 1,0632 dólares

Petróleo desce 1,70% para 39,98 dólares por barril

 

Bolsas recuam, mas Lisboa sobe

Os receios de novos atentados terroristas pesaram na negociação nos mercados accionistas europeus. O Stoxx 600 cedeu 0,14%, isto num dia em que a bolsa britânica, a grega e a portuguesa contrariaram a tendência. O índice de Atenas ganhou mais de 2,37% depois do acordo com os credores, já o PSI-20 somou 0,78%, impulsionado pelos títulos do sector da energia.

 

A Galp Energia somou 3,51% para 9,955 euros por acção, num dia em que a petrolífera confirmou uma nova descoberta de petróleo no Brasil. A EDP por sua vez ganhou 1,31% para 3,25 euros, e a EDP Renováveis somou 0,93% para 6,274 euros, depois do Haitong iniciar a cobertura da cotada com um preço-alvo de 7,80 euros por acção e uma recomendação para "comprar". Já a REN valorizou 1,40% para 2,616 euros.

 

Dívida portuguesa afunda

Numa sessão marcada pela queda das taxas da dívida dos países do euro, as obrigações do Tesouro destacaram-se. A "yield" a 10 anos, que já tinha perdido 11 pontos na sessão anterior, caiu mais 9,4 pontos para 2,472%, isto no dia em que o IGCP realizou um leilão duplo de bilhetes do Tesouro em que os investidores aceitaram taxas negativas, tanto a seis como a 12 meses.

 

Ao mesmo tempo que os juros da dívida nacional afundaram, as taxas das "bunds" da Alemanha recuaram 1,8 pontos para 0,506%. Apesar da queda, desceram menos que a dívida de Portugal fazendo com que o prémio de risco dos títulos nacionais baixasse novamente da fasquia dos 200 pontos. Desceu para 196,64 pontos.

 

Euribor renovam mínimos

As Euribor voltaram a cair para novos mínimos históricos, mas apenas nos prazos a três e nove meses. A taxa a três meses caiu 0,001 pontos para se fixar num recorde de -0,092%, já a taxa a seis meses, a mais utilizada como indexante nos créditos à habitação em Portugal, que baixou para "terreno" negativo pela primeira vez a 6 de Novembro, manteve-se em -0,015%, o actual mínimo.

 

Euro em mínimos de sete meses

O euro vale cada vez menos dólares. Caiu pela quarta sessão consecutiva contra a divisa norte-americana perante a perspectiva cada vez mais real de uma divergência na política monetária do BCE e da Fed. Se nos EUA está a ser preparada uma subida da taxa directora, na Zona Euro deverão ser anunciados novos estímulos à economia. Neste contexto, o euro recuava 0,1% para 1,0632 dólares, tendo chegado a 1,0623 dólares, atingindo um mínimo de sete meses.

 

Petróleo cai. WTI baixa dos 40 dólares

O petróleo disparou no arranque da sessão, com os investidores concentrados nos dados do Instituto Americano do Petróleo que indicaram uma queda nas reservas dos EUA de 482 mil barris na semana que terminou a 13 de Novembro. Atenuou a valorização depois de a Administração de Informação de Energia ter revelado que os "stocks" subiram, mas menos que o antecipado, mas acabou por cair.

 

O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, seguia a desvalorizar 1,70% para 39,98 dólares, tendo chegado a cotar num mínimo de Agosto nos 39,91 dólares. O Brent, em Londres, por seu lado, perdia 0,11% para 43,52 dólares.

 

Ouro perto de mínimo de cinco anos

O ouro continua a perder brilho. O metal precioso recuou pela sétima sessão consecutiva, recuando 0,19% para 1.068,25 dólares por onça. Mantém-se próximo do valor mais baixo em cinco anos com os investidores a anteciparem que a Reserva Federal dos EUA avance com uma subida na taxa directora em Dezembro. A subida dos juros travará a inflação, levando os investidores a afastarem-se do ouro que é utilizado como protecção contra a subida dos preços.

 

Destaques do dia

 

Cavaco Silva recebe economistas na quinta-feira e partidos na sexta - O Presidente da República recebeu os banqueiros esta quarta-feira. Esta quinta-feira, vai receber, em Belém, um conjunto de economistas para discutir a situação política e económica do país. Um dia mais tarde é a vez de Cavaco Silva ouvir os partidos com assento parlamentar.

 

Ulrich: "Confio no Dr. António Costa" e no seu "sentido de responsabilidade" – Fernando Ulrich, presidente do BPI, diz que o importante é que haja responsabilidade para "manter o país num caminho de rigor". Com elogios a Passos Coelho, esclarece que também confia num governo liderado pelo PS que mantenha o rigor. Os outros seis banqueiros defenderam, junto do Presidente, uma solução de estabilidade, pedindo uma continuação das políticas.

FMI: Portugal precisa de prolongar moderação salarial - Aumentar o crescimento e o emprego exige manter a subida dos salários nominais sob apertado controlo nos cinco países do euro mais atingidos pela crise, incluindo Portugal.

 

Portugal emite mais do que o previsto e a juros negativos - O instituto liderado por Cristina Casalinho foi ao mercado angariar 1.500 milhões de euros. Uma operação com títulos de curto prazo, na qual Portugal registou taxas de juro negativas. Estas foram mesmo as mais baixas de sempre.

 

Juros da dívida portuguesa a 10 anos abaixo de 2,5% após leilão - Os juros da dívida pública portuguesa a dez anos estão a negociar no valor mais baixo das últimas duas semanas, depois de o Tesouro português ter emitido mais dívida do que o previsto e com juros negativos.

 

Bancos devem precaver aumento do prémio de risco do país - Um aumento abrupto do prémio de risco de Portugal é um dos principais riscos à estabilidade do sistema financeiro português, aponta o Banco de Portugal. Daí a necessidade de a banca se preparar e de o país manter as reformas estruturais.

  

"Banco CTT não é um banco de nicho, é um banco nacional" - O presidente executivo do Banco CTT, Luís Pereira Coutinho, considera que há espaço para uma nova instituição financeira no mercado nacional. Hoje os CTT têm 3,7 milhões de clientes de produtos financeiros, por isso "a ambição vai ser significativa". O Banco CTT quer ter 50 lojas até ao final do primeiro trimestre de 2016.

 

Galp confirma nova descoberta de petróleo no Brasil - A Galp Energia detém 20% do consórcio que está a explorar o poço onde foi confirmada a existência de petróleo, na bacia de Potiguar, no Rio Grande do Norte.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Relatos do BCE – Depois de conhecidas as minutas da Reserva Federal dos EUA, esta quinta-feira, 19 de Novembro, será a vez de serem revelados os relatos da última reunião do Banco Central Europeu, realizada a 22 de Outubro. Nesta reunião, Mario Draghi, presidente do BCE, sinalizou que poderá avançar com novos estímulos à economia, revelando que pôs as equipas a avaliar essa possibilidade.

 

Boletim do Banco de Portugal – Será revelado o boletim estatístico do Banco de Portugal onde será possível ficar a conhecer os dados relativos à concessão de crédito, mas também à evolução das poupanças. E também o comportamento dos juros associados às diferentes operações financeiras.

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