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Fecho dos mercados: Bolsas afundam, euro recua e Euribor inalterada

A bolsa de Lisboa fechou em queda, em linha com os mercados accionistas europeus. A taxa de juro implícita na dívida soberana portuguesa a 5 anos manteve-se inalterada, numa sessão marcada pelas subidas na periferia. O euro está a desvalorizar face ao dólar. O petróleo avança mais de 1%.

Bruno Simão/Negócios
25 de Maio de 2015 às 17:30
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 1,83% para 5.989,81 pontos

Stoxx 600 caiu 0,29% para 406,56 pontos

S&P500 está encerrado, devido a feriado nacional

Yield das obrigações do Tesouro a 5 anos fechou inalterada nos 1,093%

Euro cai 0,39% para 1,0970 dólares

Petróleo em Londres avança 14,15% para 66,12 dólares por barril

 

Bolsas europeias falham recorde 

As bolsas europeias encerraram com fortes quedas, numa sessão marcada pela falta de liquidez. Não houve qualquer negociação nas praças do Reino Unido, Alemanha e Suíça, devido a feriados nacionais nos respectivos mercados. Mas também as eleições em Espanha estiveram no centro das atenções, com a já esperada ascensão dos partidos Podemos e Ciudadanos.

 

O Stoxx 600 cedeu 0,16%, pressionado pelas cotadas do sector das "utilities" e da banca. Um desempenho negativo pela segunda sessão consecutiva, depois de na passada sexta-feira, 22 de Maio, ter interrompido um ciclo de quatro sessões de ganhos. A bolsa espanhola recuou 2,29%, após o PP e o PSOE descido nas eleições municipais e autonómicas, marcadas pelo avanço do Podemos e do Cidadãos.

 

Na Grécia, o dia ficou marcado pelas declarações do ministro do Interior, Nikos Vutsis, que afirmou que o país não terá dinheiro para pagar o empréstimo de 1,6 mil milhões de euros ao FMI, cuja maturidade é já em Junho. Apesar de Gabriel Sakellaridis, porta-voz do Governo grego, ter vindo afirmar esta segunda-feira que "a Grécia vai esforçar-se para cumprir todos os pagamentos de dívida enquanto conseguir", a bolsa de Atenas não conseguiu evitar a maior queda da sessão na Europa. Recuou 3,28%.

 

Em Lisboa o PSI-20 caiu 1,83%, com as 18 empresas a fecharem a sessão em "terreno" negativo. Os títulos do sector energético foram os que mais penalizaram, com a EDP Renováveis a recuar 2,52% para 6,563 euros e a EDP descer 1,91% para 3,536 euros. Já a Galp Energia desvalorizou 1,41% para os 11,225 euros, numa altura em que os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. Mas também o BCP pesou na bolsa de Lisboa, com os títulos a desvalorizarem 3,03% para 0,0864 euros.

 

Juros da dívida a 5 anos inalterados

Os juros da dívida soberana portuguesa fecharam sem tendência definida, numa sessão marcada pelas subidas nos restantes países da periferia. Entre subidas e descidas noutras maturidades, a "yield" a cinco anos manteve-se inalterada nos 1,093%, mas o foco esteve na taxa da dívida a 10 anos. Avançou 42,6 pontos base para 2,855% - o valor mais elevado desde meados de Dezembro -, não havendo, contudo, registo de qualquer negociação desde a 13h23. Uma sessão em que a falta de liquidez reinou, graças ao encerramento de alguns dos principais mercados mundiais. 

 

Euribor inalterada em mínimo histórico

A Euribor a três meses manteve-se inalterada. A taxa de juro ficou então nos -0,012%, o valor mais baixo de sempre, alcançado pela primeira vez na passada terça-feira, 19 de Abril. Já a Euribor a um mês voltou a recuar, desta feita de -0,052% para -0,053% - um novo mínimo histórico -, ao passo que a taxa a uma semana recuou de -0,108% para -0,110%.

 

Euro abaixo de 1,10 dólares

A moeda única voltou a recuar na segunda-feira. O euro caía 0,39% para 1,0970 dólares, negociando pela primeira vez este mês abaixo da fasquia de 1,10 dólares. A pressionar a cotação está a situação na Grécia, após o ministro do Interior do país, Nikos Vutsis, ter afirmado no domingo que não haverá dinheiro nos cofres do Estado para reembolsar os 1,6 mil milhões de euros do FMI que matura em Junho. Mas também as eleições em Espanha não agradaram aos investidores, após a ascensão confirmada dos partidos Podemos e Ciudadanos.

 

Petróleo valoriza

A matéria-prima negoceia em forte alta. O Brent, negociado em Londres, valoriza 1,15% para 66,12 dólares por barril, numa sessão marcada pelos dados norte-americanos. É que a procura das refinarias dos EUA pela matéria-prima atingiu o valor mais elevado de sempre, quando comparado com a mesma altura do ano. Isto ao mesmo tempo que a produção de petróleo no país caiu para um mínimo de três meses e os inventários recuaram para o valor mais baixo desde o final de Março.

 

Destaques do dia

 

Podemos e Cidadãos roubam palco a PP e PSOE. As eleições regionais em Espanha tiveram lugar no Domingo e os movimentos de cidadãos, como o Podemos (esquerda) e o Ciudadanos (centro-direita) confirmaram a sua força , tornando-se  peças incontornáveis em algumas regiões e ganhando inclusivamente alguns municípios, como foi o caso de Barcelona.

 

Governo grego não fez "ultimatos ou chantagem" com os credores. Mas diz que é "absolutamente necessário" um acordo. Gabriel Sakellaridis, porta-voz do Governo grego, garante que o país vai honrar as suas obrigações enquanto conseguir, e que o pagamento dos salários e pensões no final de Maio está assegurado.

 

Reestruturação e lucros animam acções da SdC. Em duas horas de negociação, trocaram de mãos mais acções do que as que costumam ser transaccionadas em cada sessão dos últimos seis meses. O regresso aos lucros é o grande impulsionador.

 

Abril marca maior subida na avaliação das casas dos últimos anos. O valor médio da avaliação que os bancos fazem das habitações, para conceder créditos, continua a avançar. Em Abril, o impulso deu-se sobretudo nas avaliações de apartamentos. E nas realizadas em Lisboa.

 

Será que há uma bolha nos mercados? O ano tem sido marcado por subidas expressivas nas acções, mas também nas obrigações. Muitos têm sido os alertas sobre os riscos de valorizações exageradas. Mas apesar de reconhecerem que os preços subiram muito, os especialistas continuam optimistas.

 

O que vai acontecer amanhã

NOS distribui dividendos aos accionistas, relativos aos lucros de 2014

 

Banco de Portugal divulga o relatório de estabilidade financeira, relativo ao segundo semestre de 2014

 

Divulgação do índice de gestores de compras (PMI) compósito da Markit para os EUA, relativo a Maio

 

Divulgação do índice de confiança dos consumidores nos EUA, relativo a Maio

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