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Euro regressa às quedas e negoceia abaixo dos 1,10 dólares
A moeda única europeia continua a ser pressionada pela situação na Grécia, após o ministro do Interior ter admitido que o FMI não vai ser capaz de reembolsar o FMI. As eleições em Espanha e o feriado em vários países também estão a condicionar o euro.
O euro está a cair 0,39% para 1,097 dólares, recuando, novamente, para um patamar abaixo dos 1,10 dólares.
A contribuir para a descida do euro estão os receios em torno da Grécia, depois de no domingo, 24 de Maio, o ministro do Interior, Nikos Vutsis, ter dito que Atenas não pagará os próximos reembolsos do Fundo Monetário Internacional (FMI), num total de 1.600 milhões de euros que vencem em Junho. Já o último reembolso que Atenas teve de fazer ao FMI, superior a 700 milhões de euros, fê-lo recorrendo ao fundo de emergência que cada país tem junto do FMI, deixando claras as dificuldades financeiras com que se depara.
A Grécia tem estado em negociações com os credores internacionais (BCE, FMI e Comissão Europeia) sobre reformas que terá de implementar para poder ver desbloqueada a última tranche da ajuda financeira concedida a Atenas no valor de 7,2 mil milhões de euros.
A pesar na cotação do euro, assim como na negociação das bolsas europeias, está também o resultado eleitoral de Espanha, de acordo com a Bloomberg. Isto porque os partidos emergentes, como o Podemos e o Cidadãos, ganharam peso no espectro político do país. Apesar do PP ter continuado a ser o partido mais votado, seguido do PSOE, ambos perderam votos. Os investidores temem que Espanha seja o próximo país europeu liderado por um partido que não faz parte do arco de governação, à semelhança do que aconteceu na Grécia, com a vitória do Syriza.
A marcar a negociação está também o facto de ser feriado em vários países. Na Europa, Reino Unido e Alemanha celebram o dia após o Pentecostes, que calha sempre na última segunda-feira de Maio. Nos Estados Unidos comemora-se o "Memorial Day", não havendo por isso negociação bolsista.