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Fecho dos mercados: Petróleo segura bolsas, juros nacionais não acompanham descidas, ouro ganha brilho

A subida dos preços das matérias-primas aguentou as bolsas em terreno positivo, numa altura em que os investidores aparentam estar a jogar mais à defesa antes do encontro entre Trump e Xi Jinping. Os juros nacionais subiram num dia de quedas generalizadas na Europa.

04 de Abril de 2017 às 17:29
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Os mercados em números

PSI-20 perdeu 0,23% para 4.956,46 pontos

Stoxx 600 subiu 0,20% para 380,03 pontos

S&P 500 desce 0,02% para 2.358,32 pontos

Taxa de juro da dívida portuguesa a dez anos alivia 6,9 pontos base para 3,909%

Euro cede 0,07% para 1,0662 dólares

Brent sobe 1,75% para 54,05 dólares por barril


Matérias-primas impedem queda das bolsas

A subida dos preços do petróleo e de outras matérias-primas ajudou as bolsas europeias a evitarem novas descidas. Os índices daqueles sectores subiram mais de 1%, ajudando o Stoxx 600 a encerrar a sessão com uma subida de 0,20%. Apesar do fecho positivo, as acções europeias negociaram em terreno negativo durante grande parte da sessão. Os ganhos daqueles sectores ajudaram a anular o efeito das descidas das cotadas do sector automóvel, das telecomunicações e da banca.

Nos EUA, o S&P 500 segue praticamente inalterado, com as petrolíferas a impedirem danos de maior numa altura em que os investidores jogam à defesa antes do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping. Já o PSI-20 desceu 0,23%. As subidas de 1% da EDP Renováveis e de 0,92% da Galp foram insuficientes para compensar as descidas de 4,73% do BCP e de 0,98% da Sonae. O grande destaque da sessão foi a Corticeira Amorim, que atingiu novos máximos históricos. Subiu 4,73% para 10,73 euros, após uma análise positiva do Haitong.

Juros portugueses não acompanham descidas na Europa

Apesar de a partir deste mês o BCE reduzir o valor das compras mensais de activos, as taxas das obrigações da Zona Euro desceram. A "yield" portuguesa foi uma das excepções. A taxa nacional a dez anos aumentou 1,7 pontos base para 3,926%, após os dados revelados pelo BCE terem indicado que as compras de dívida pública portuguesa voltaram a ficar a menos de metade da meta implícita pela chave de capital.

Já a taxa alemã estendeu a sequência de descidas para oito sessões. Baixou esta terça-feira 1,9 pontos base para 0,257%. Essa descida, a par da subida dos juros nacionais, levaram o prémio de risco da dívida portuguesa a agravar-se para 366,8 pontos base. Em Espanha e Itália, o dia também foi de descidas dos juros. Caíram 2,5 e 4,8 pontos base, respectivamente, para 1,617% e 2.276%. Isto apesar de mais notícias de necessidades de capital na banca italiana.

Euribor estável a três e 12 meses. Sobe no prazo a seis meses

As taxas Euribor tiveram comportamentos distintos esta terça-feira. A Euribor a três meses manteve-se em -0,330%, o actual mínimo histórico, segundo dados da agência Lusa. Também o indexante a 12 meses não sofreu alterações, voltando a ser fixado em -0,111%. Por seu lado, a taxa a seis meses subiu 0,1 pontos base para -0,242%.

Dólar canadiano em quebra

O dólar canadiano desce 0,24% para 0,7455 dólares americanos após terem sido revelados os dados da balança comercial. Após três meses de excedentes, o Canadá voltou a entrar em défice comercial devido à queda das exportações. Esses dados surpreenderam os analistas sondados pela Bloomberg, que antecipavam uma manutenção do excedente.

Petróleo sobe com expectativa de quebra das reservas

Os analistas estão a apostar que as reservas petrolíferas nos EUA tenham descida na semana passada, após terem atingido máximos. Essa expectativa deu combustível aos preços do petróleo. O Brent sobe 1,75% para 54,05 dólares. Também o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, valoriza. Aprecia 1,47% para 50,98 dólares. As autoridades americanas divulgam os dados semanais das reservas do país esta quarta-feira.

Ouro sobe pela terceira sessão

O ouro, que tem vindo a ser alvo de apostas cada vez maiores dos gestores de activos, voltou a valorizar. O preço da onça de troy sobe 0,15% para 1.255,34 dólares, o valor mais alto em uma semana. Foi a terceira subida consecutiva do metal amarelo. A impulsionar a cotação está também uma abordagem mais cautelosa ao risco por parte dos investidores antes do encontro entre o presidente dos EUA e o presidente da China, que terá lugar esta quinta-feira.

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