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Europa em alta apesar de dados económicos desapontantes. Commerzbank afunda mais de 6%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.

Sérgio Lemos
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10h12

Europa em alta apesar de dados económicos desapontantes. Commerzbank afunda mais de 6%

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.

Numa semana marcada pela divulgação de vários dados económicos, as bolsas europeias encontram-se a negociar sem tendência definida, com o índice dos gestores de compras (PMI) francês e alemão a registarem evoluções negativas no mês de setembro.

O Stoxx 600, "benchmark" para o continente europeu, avança 0,32% para 515,89 pontos e continua a negociar perto de máximos históricos. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, as ações dos da alimentação, "utilities" (água, luz e gás) e telecomunicações são as que registam maiores ganhos. Em contraciclo, o setor bancário é o que está a impedir maiores ganhos do Stoxx 600.

As ações do Commerzbank são as que mais estão a pressionar este setor, ao chegarem a afundar 6,22% - neste momento seguem a cair 4,88% para 14,90 euros. O governo alemão fechou a porta à venda de mais ações do banco ao Unicredit, após uma venda inicial de 4,5% do capital, pondo em causa os planos de Andrea Orcel, CEO do banco italiano, para a compra total da instituição financeira alemã.

O principal índice francês encontra-se a negociar em baixa esta manhã, depois de o PMI do país ter recuado em setembro. O índice dos gestores de compras da França caiu mais do que era previsto pelos analistas e ficou abaixo da linha dos 50 pontos, o que indica uma contração da atividade empresarial no país. Desta forma, o CAC-40 recua, agora, 0,28%.

Já na Alemanha, e apesar do PMI ter atingido mínimos de sete meses, o índice de referência do país encontra-se a avançar 0,41%. O recuo já era esperado pelos investidores, mas a economia alemã vai continuar a enfrentar grandes dificuldades. De acordo com previsões do Hamburg Comercial Bank (HCOB), o PIB do país deve contrair 0,2% no terceiro trimestre do ano, depois de já ter recuado 0,1% no segundo trimestre.

Entre as restantes principais praças europeias, o índice IBEX de Madrid ganha 0,24%, o holandês AEX regista um acréscimo de 0,30% e o britânico FTSE 100 avança 0,35%. Em contraciclo, o italiano FTSEMIB desvaloriza 0,07%.

09h38

Juros aliviam na Zona Euro. Alemanha regista maior queda

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encontram-se a aliviar em toda a linha esta segunda-feira, num dia em que a maioria das principais praças europeias negoceia em terreno positivo.  

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, recuam 4,1 pontos base para 2,721%, numa altura em que a agência de notação financeira Fitch decidiu manter o rating de Portugal em A-, quatro níveis acima de "lixo", e rever em alta o "outlook" para "positivo", sinalizando maior otimismo sobre a dívida pública portuguesa. 

No entanto, o maior alívio desta manhã está a ser registado nos juros das "bunds" alemãs, que servem de referência para a região. A "yield" da dívida da maior economia europeia recua 5,9 pontos base para 2,145%, enquanto a rendibilidade da dívida francesa perde 1,8 pontos base para 2,941%.

Em Espanha, a "yield" da dívida com maturidade a dez anos desce 3,9 pontos base para 2,954%. Já em Itália, a rendibilidade da dívida soberana subtrai 2,9 pontos base para 3,521%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuam 2,7 pontos base para 3,873%. 

09h26

Euro recua face ao dólar, Bitcoin em máximos de um mês

Os juros dos novos depósitos tiveram a maior subida desde 2003.

O euro encontra-se a negociar em baixa em relação ao dólar, numa altura em que os investidores aguardam por novos dados económicos para obterem pistas sobre o futuro da política monetária na Europa e nos EUA. Os "traders" encontram-se mais otimistas em relação à vitalidade económica das duas regiões, com o alívio dos juros a "acalmar os receios do mercado em relação a uma recessão nos EUA", como afirmam os analistas da Goldman Sachs numa nota acedida pela Reuters.

A esta hora, a divisa europeia encontra-se a recuar 0,62% para 1,1093 dólares, com a Goldman Sachs a prever uma recuperação da "nota verde" nos próximos três meses. O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana em relação a um conjunto das suas principais rivais – avança 0,43%, depois de ter atingido mínimos de um ano na semana passada.

A travar maiores avanços do índice que avalia a força da moeda norte-americana está, no entanto, o iene. O dólar encontra-se a recuar 0,15% para 143,63 ienes, com a divisa nipónica a corrigir das perdas da semana passada, depois de o governador do banco central do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, ter sinalizado pouca urgência em aumentar as taxas diretoras no país.

No mercado das criptomoedas, a bitcoin atingiu máximos de um mês esta manhã, também beneficiada pelo corte de elevada magnitude nas taxas de juro por parte do banco central norte-americano. 

09h10

Ouro interrompe "rally" depois de ter atingido mais um máximo histórico

O ouro continua a brilhar nos mercados internacionais e atingiu novos máximos históricos esta madrugada, com cada onça a valer 2.631,13 dólares, à boleia do corte jumbo da Reserva Federal (Fed) norte-americana nas taxas de juro encetado na semana passada.

Apesar da valorização registada esta madrugada, o metal precioso encontra-se, neste momento, a corrigir, recuando 0,09% para 2.619,65 dólares por onça. Os investidores estão atentos a uma leva de dados económicos dos EUA que vão ser lançados esta semana – incluindo o crescimento do PIB no segundo trimestre e os novos pedidos de subsídio de desemprego na semana terminada a 21 de setembro -, de forma a obterem pistas sobre o futuro da política monetária no país.

O ouro geralmente beneficia com um alívio da política monetária, já que o metal precioso não paga juros. Na sexta-feira, um governador da Fed, Christopher Waller, demonstrou abertura para apoiar um corte de 25 pontos base em cada uma das restantes reuniões de política monetária do banco central norte-americano - isto se não existirem surpresas na evolução económica do país. Waller não retirou de cima da mesa um novo corte de 50 pontos base ainda este ano, caso o mercado laboral continue pressionado por taxas de juro elevadas. 

O escalar de tensões no Médio Oriente, com o conflito entre Israel e a organização política paramilitar libanesa Hezbollah a poder escalar para uma guerra, também está a beneficiar os preços do ouro esta manhã. Na semana passada, o metal precioso registou uma subida de 1,7%.

08h08

Petróleo avança com perspetivas de uma nova guerra no Médio Oriente

Depois de registar o melhor saldo semanal desde abril, os preços do petróleo continuam a valorizar, numa altura em que se espera um novo programa de estímulos para a economia chinesa e em que uma guerra regional entre Israel e a organização paramilitar libanesa Hezbollah pode estar no horizonte.

Este domingo, o Hezbollah lançou cerca de 115 mísseis e drones contra o norte de Israel, o que já provocou uma resposta por parte do governo de Benjamin Netanyahu. Esta manhã, a Força Aérea de Israel atingiu mais de 150 alvos do Hezbollah no Líbano, de acordo com as Forças de Defesa de Israel.

O Brent segue agora a valorizar 0,54% para 74,89 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, valoriza 0,61% para os 71,43 dólares por barril.

O Brent já ganhou cerca de 9% depois de ter atingido mínimos de 2021 no início de setembro, à boleia do otimismo em relação à política monetária dos EUA, bem como a maiores tensões geopolíticas no Médio Oriente, que podem adensar os conflitos na região e causar disrupções na produção do petróleo. No entanto, as preocupações com a procura mundial por crude continuam intactas e a travar maiores ganhos da matéria-prima.

07h53

Estímulos económicos na China dão ímpeto às bolsas asiáticas e europeias

As bolsas asiáticas arrancaram a semana em terreno positivo, enquanto a negociação de futuros pela Europa aponta para uma abertura no verde, numa altura em que os investidores estão mais animados com as perspetivas económicas chinesas e esperam um programa de estímulos para ressuscitar a segunda maior economia do mundo.

As preocupações com a vitalidade da economia do país têm assombrado as bolsas mundiais, com uma panóplia de dados em agosto a pôr em causa os objetivos de expansão económica anual de 5% da China. Em resposta, o governo chinês decidiu anunciar uma conferência de imprensa para esta terça-feira, onde se espera que sejam anunciadas medidas para combater os obstáculos económicos que o país tem enfrentando, numa altura em que o banco central chinês cortou uma das suas taxas de juro de curto prazo.

Desta forma, o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,3%, enquanto o Shanghai Composite cresceu 0,7%. Já pelo Japão, o otimismo manteve-se com o Nikkei a valorizar 2% e o Topix subiu quase 1%. Os principais índices asiáticos continuam a beneficiar de uma política monetária mais flexível nos EUA, depois de a Reserva Federal (Fed) norte-americana ter cortado as taxas de juro em 50 pontos base na semana passada.

"O ciclo de alívio da política monetária da Fed deve levar a maior estímulos [económicos] por parte da China, particularmente numa altura em que o objetivo de crescimento anual de 5% parece difícil de atingir", afirma Mohit Kumarm economista da Jefferies International, à Bloomberg. "Estes estímulos devem beneficiar também as bolsas europeias".

Os futuros do Euro Stoxx 50, que agrega as 50 maiores empresas europeias, apontam para uma abertura de 0,4%.

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