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Europa valoriza. Bolsa de Milão pressionada por UniCredit e Commerzbank também cai
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
Europa valoriza. Bolsa de Milão pressionada por UniCredit e Commerzbank também cai
Os principais índices europeus encerraram a primeira sessão da semana em terreno positivo, com as perspetivas de crescimento económico para o bloco europeu e a política monetária a centrarem atenções.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, somou 0,4% para 516,32 pontos, com o setor automóvel, das "utilities" (água, luz, gás) e do retalho a registarem os maiores ganhos, acima de 1%.
Em sentido negativo, o setor da banca caiu quase 1%, penalizado por uma forte descida do Commerzbank, de 5,7%. Isto num dia em que o UniCredit afirmou que tinha aumentado a participação no banco alemão para cerca de 21% e Berlim respondeu ao afirmar que não apoia a operação.
Os investidores centraram-se hoje nos índice dos gestores de compras (PMI) referentes a setembro, que mostraram que a atividade do setor privado afundou pela primeira vez desde maio, aprofundando preocupações relativamente a uma descida acentuada na produção industrial no bloco europeu.
Ainda a animar os índices do Velho Continente esteve um anúncio por Pequim de que vai realizar um encontro com os três principais reguladores financeiros do país, pouco depois de ter cortado uma das taxas de curto-prazo. Esta reunião está a gerar especulação de que os responsáveis do país possam avançar com novas medidas de estímulo à economia.
O parisisense CAC-40 foi um dos que menos subiu, apenas 0,1%, penalizado pela continuada incerteza política. O novo governo do presidente Emmanuel Macron gerou uma reação negativa entre o espectro político.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,68%, o britânico FTSE 100 subiu 0,36% e o espanhol IBEX 35 avançou 0,38%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,66%.
O italiano FTSEMIB destoou das congéneres europeias ao desvalorizar 0,24%, num dia de nervosismo na Piazza Affari, com o UniCredit a pressionar com uma descida de 3,32%.
Juros aliviam na Zona Euro. Curva das "yields" alemãs inverte e cupão é menor a 2 do que a 10 anos
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estiveram a aliviar esta segunda-feira, depois de os últimos dados sobre a atividade das empresas na Zona Euro ter evidenciado uma forte queda em setembro. Esta descida está a levar os investidores a aumentarem as probabilidades de mais cortes de juros pelo Banco Central Europeu.
Tal reavaliação levou a uma inversão da curva da "yield" da dívida soberana alemã, de referência para a região, com o juro a dois anos a ficar abaixo do cupão a dez anos - mesmo com este último a aliviar 5 pontos base para 2,154% - pela primeira vez desde novembro de 2022.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, recuou 5,7 pontos base, para 2,704%, enquanto a rendibilidade da dívida italiana desceu 4,6 pontos para 3,504%.
Em Espanha, os juros da dívida soberana aliviaram 4,6 pontos base para 2,946%. Já a rendibilidade da dívida francesa recuou 2,5 pontos base para 2,935%.
Em Inglaterra, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somaram 2,1 pontos base para 3,921%.
PMI na Zona Euro penaliza euro. Moeda europeia em minímos de dois anos face à libra
A moeda única europeia segue a negociar em queda face ao dólar, depois de os indicadores da atividade económica na Zona Euro terem ficado abaixo do esperado, reforçando as preocupações com a robustez económica na região. Ainda a penalizar o euro estão perspetivas de que estes dados possam implicar novas descidas de juros pelo Banco Central Europeu, mais cedo que era antecipado.
O euro perde 0,23% para 1,1136 dólares, ao passo que face à moeda britânica também desvaloriza 0,39% para 0,8347 libras, mínimos de agosto de 2022.
Um inquérito da S&P Global mostrou que a atividade das empresas afundou inesperadamente em setembro na Zona Euro, com o setor dos serviços praticamente inalterado, ao passo que a queda já registada na produção industrial afundou ainda mais.
No Reino Unido os números também mostraram um abrandamento, embora mais contido. O Banco de Inglaterra manteve as taxas de juro inalteradas na passada quinta-feira, com o governador, Andrew Bailey, a afirmar que o banco central tinha de ser "cuidadoso para não cortar demasiado depressa, ou em demasia".
"Os dados mantêm certamente a porta aberta para um corte das taxas em outubro [pelo BCE] - se vão ou não entrar por essa porta ainda é demasiado cedo para dizer, mas é uma leitura bastante sombria", afirmou à Reuters Kenneth Broux, responsável de "research" do Société Générale.
"A Fed passou da inflação para o crescimento económico e o BCE, a dada altura, também fará essa transição", acrescentou.
Ouro volta a tocar em máximos históricos perto dos 2.635 dólares
O ouro segue a valorizar, após ter alcançado novos máximos históricos esta manhã nos 2.634,9 dólares por onça, antes de serem conhecidos novos dados económicos que poderão oferecer maior clareza sobre o futuro da política monetária seguida pela Reserva Federal.
O ouro soma 0,46% para 2.633,92 dólares por onça.
O metal tem vivido um bom momento nos mercados, em particular depois de a Fed ter optado por uma descida "jumbo" das taxas diretoras em 50 pontos base, e tem vindo a renovar máximos históricos consecutivos.
Os "traders" viram agora atenções para declarações de membros da Fed, que incluem Raphael Bostic, de Atlanta, e Austan Goldsbee, de Chicago. Já no final da semana, o indicador de inflação favorito da Fed - o índice de preços nas despesas de consumo das famílias (PCE, na sigla em inglês) -, juntamente com o número de pedidos de subsídio de desemprego nos EUA vão estar em foco.
Petróleo sobe com tensões no Médio Oriente e sinais de estímulos na China
As cotações do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, sustentadas pela especulação de que a China está a preparar mais estímulos à economia e também pelos receios acrescidos de que o conflito entre Israel e o Hezbollah possa escalar para uma guerra regional.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,93% para 71,66 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,71% para 75,02 dólares.
Wall Street em alta. Intel ganha mais de 2% com propostas de compra
Os principais índices em Wall Street abriram ligeiramente em alta com os investidores a transitarem as atenções de um alívio da política monetária pela Reserva Federal para novas declarações dos responsáveis da Fed e dados económicos que serão conhecidos ao longo da semana.
Em particular, as atenções vão estar no índice de preços nas despesas de consumo das famílias (PCE, na sigla em inglês) - conhecido por ser o indicador favorito da Reserva Federal (Fed) norte-americana para medir a inflação.
A decisão de cortar juros em 50 pontos base pelo banco central norte-americano levou a ganhos nos índices do lado de lá do Atlântico, levando a uma inversão de uma tendência histórica em que setembro é normalmente um mês mais fraco para o mercado acionista.
O S&P 500 soma 0,17% para os 5.712,33 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avança 0,19% para 17.982,05 pontos. O Dow Jones cede 0,04% para 42.047,49 pontos.
O industrial Dow Jones terminou a sessão em máximos históricos de fecho na sexta-feira ao encerrar nos 42.063,36 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Intel sobe mais de 2%, depois de a Bloomberg ter avançado que o fundo de investimento Apollo está a estudar um investimento de cinco mil milhões de dólares na fabricante de "chips". Isto depois de na sexta-feira o Wall Street Journal ter revelado que a Qualcomm também terá feito uma oferta à Intel com vista a uma aquisição da companhia.
Por seu lado, a General Motors perde 2,72%, depois de os analistas da Bernstein terem revisto em baixa a recomendação para as ações da fabricante automóvel de "outperform" para "market perform".
"O mercado está a antecipar muito mais do que a Reserva Federal vai fornecer e, por essa razão, o mercado vai ser volátil", disse Phil Blancato, diretor executivo da Ladenburg Thalmann Asset Management.
"É uma pequena pausa, considerando a exuberância da semana passada. Não há nada de económico neste momento que esteja a assustar o mercado, a não ser o facto de a Fed ter ido um pouco mais longe do que se esperava."
Taxa Euribor cai a três e a 12 meses e sobe a seis meses
A taxa Euribor desceu hoje a três e a 12 meses para novos mínimos, respetivamente, desde maio de 2023 e dezembro de 2022, e subiu a seis meses.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 3,431%, continuou acima da taxa a seis meses (3,212%) e da taxa a 12 meses (2,902%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, avançou hoje para 3,212%, mais 0,028 pontos que na anterior sessão.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,1% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.
Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, caiu hoje, para 2,902%, menos 0,016 pontos que na sexta-feira e um novo mínimo desde 15 de dezembro de 2022.
A Euribor a três meses também desceu hoje, ao ser fixada em 3,431%, menos 0,005 pontos e um novo mínimo desde 24 de maio de 2023.
Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
Na quarta-feira, em 18 de setembro, foi a vez da Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que é a primeira descida desde 2020.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.
Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
A média da Euribor em agosto voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,137 pontos para 3,548% a três meses (contra 3,685% em julho), 0,219 pontos para 3,425% a seis meses (contra 3,644%) e 0,360 pontos para 3,166% a 12 meses (contra 3,526%).
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa em alta apesar de dados económicos desapontantes. Commerzbank afunda mais de 6%
Numa semana marcada pela divulgação de vários dados económicos, as bolsas europeias encontram-se a negociar sem tendência definida, com o índice dos gestores de compras (PMI) francês e alemão a registarem evoluções negativas no mês de setembro.
O Stoxx 600, "benchmark" para o continente europeu, avança 0,32% para 515,89 pontos e continua a negociar perto de máximos históricos. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, as ações dos da alimentação, "utilities" (água, luz e gás) e telecomunicações são as que registam maiores ganhos. Em contraciclo, o setor bancário é o que está a impedir maiores ganhos do Stoxx 600.
As ações do Commerzbank são as que mais estão a pressionar este setor, ao chegarem a afundar 6,22% - neste momento seguem a cair 4,88% para 14,90 euros. O governo alemão fechou a porta à venda de mais ações do banco ao Unicredit, após uma venda inicial de 4,5% do capital, pondo em causa os planos de Andrea Orcel, CEO do banco italiano, para a compra total da instituição financeira alemã.
O principal índice francês encontra-se a negociar em baixa esta manhã, depois de o PMI do país ter recuado em setembro. O índice dos gestores de compras da França caiu mais do que era previsto pelos analistas e ficou abaixo da linha dos 50 pontos, o que indica uma contração da atividade empresarial no país. Desta forma, o CAC-40 recua, agora, 0,28%.
Já na Alemanha, e apesar do PMI ter atingido mínimos de sete meses, o índice de referência do país encontra-se a avançar 0,41%. O recuo já era esperado pelos investidores, mas a economia alemã vai continuar a enfrentar grandes dificuldades. De acordo com previsões do Hamburg Comercial Bank (HCOB), o PIB do país deve contrair 0,2% no terceiro trimestre do ano, depois de já ter recuado 0,1% no segundo trimestre.
Entre as restantes principais praças europeias, o índice IBEX de Madrid ganha 0,24%, o holandês AEX regista um acréscimo de 0,30% e o britânico FTSE 100 avança 0,35%. Em contraciclo, o italiano FTSEMIB desvaloriza 0,07%.
Juros aliviam na Zona Euro. Alemanha regista maior queda
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encontram-se a aliviar em toda a linha esta segunda-feira, num dia em que a maioria das principais praças europeias negoceia em terreno positivo.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, recuam 4,1 pontos base para 2,721%, numa altura em que a agência de notação financeira Fitch decidiu manter o rating de Portugal em A-, quatro níveis acima de "lixo", e rever em alta o "outlook" para "positivo", sinalizando maior otimismo sobre a dívida pública portuguesa.
No entanto, o maior alívio desta manhã está a ser registado nos juros das "bunds" alemãs, que servem de referência para a região. A "yield" da dívida da maior economia europeia recua 5,9 pontos base para 2,145%, enquanto a rendibilidade da dívida francesa perde 1,8 pontos base para 2,941%.
Em Espanha, a "yield" da dívida com maturidade a dez anos desce 3,9 pontos base para 2,954%. Já em Itália, a rendibilidade da dívida soberana subtrai 2,9 pontos base para 3,521%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuam 2,7 pontos base para 3,873%.
Euro recua face ao dólar, Bitcoin em máximos de um mês
O euro encontra-se a negociar em baixa em relação ao dólar, numa altura em que os investidores aguardam por novos dados económicos para obterem pistas sobre o futuro da política monetária na Europa e nos EUA. Os "traders" encontram-se mais otimistas em relação à vitalidade económica das duas regiões, com o alívio dos juros a "acalmar os receios do mercado em relação a uma recessão nos EUA", como afirmam os analistas da Goldman Sachs numa nota acedida pela Reuters.
A esta hora, a divisa europeia encontra-se a recuar 0,62% para 1,1093 dólares, com a Goldman Sachs a prever uma recuperação da "nota verde" nos próximos três meses. O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana em relação a um conjunto das suas principais rivais – avança 0,43%, depois de ter atingido mínimos de um ano na semana passada.
A travar maiores avanços do índice que avalia a força da moeda norte-americana está, no entanto, o iene. O dólar encontra-se a recuar 0,15% para 143,63 ienes, com a divisa nipónica a corrigir das perdas da semana passada, depois de o governador do banco central do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, ter sinalizado pouca urgência em aumentar as taxas diretoras no país.
No mercado das criptomoedas, a bitcoin atingiu máximos de um mês esta manhã, também beneficiada pelo corte de elevada magnitude nas taxas de juro por parte do banco central norte-americano.
Ouro interrompe "rally" depois de ter atingido mais um máximo histórico
O ouro continua a brilhar nos mercados internacionais e atingiu novos máximos históricos esta madrugada, com cada onça a valer 2.631,13 dólares, à boleia do corte jumbo da Reserva Federal (Fed) norte-americana nas taxas de juro encetado na semana passada.
Apesar da valorização registada esta madrugada, o metal precioso encontra-se, neste momento, a corrigir, recuando 0,09% para 2.619,65 dólares por onça. Os investidores estão atentos a uma leva de dados económicos dos EUA que vão ser lançados esta semana – incluindo o crescimento do PIB no segundo trimestre e os novos pedidos de subsídio de desemprego na semana terminada a 21 de setembro -, de forma a obterem pistas sobre o futuro da política monetária no país.
O ouro geralmente beneficia com um alívio da política monetária, já que o metal precioso não paga juros. Na sexta-feira, um governador da Fed, Christopher Waller, demonstrou abertura para apoiar um corte de 25 pontos base em cada uma das restantes reuniões de política monetária do banco central norte-americano - isto se não existirem surpresas na evolução económica do país. Waller não retirou de cima da mesa um novo corte de 50 pontos base ainda este ano, caso o mercado laboral continue pressionado por taxas de juro elevadas.
O escalar de tensões no Médio Oriente, com o conflito entre Israel e a organização política paramilitar libanesa Hezbollah a poder escalar para uma guerra, também está a beneficiar os preços do ouro esta manhã. Na semana passada, o metal precioso registou uma subida de 1,7%.
Petróleo avança com perspetivas de uma nova guerra no Médio Oriente
Depois de registar o melhor saldo semanal desde abril, os preços do petróleo continuam a valorizar, numa altura em que se espera um novo programa de estímulos para a economia chinesa e em que uma guerra regional entre Israel e a organização paramilitar libanesa Hezbollah pode estar no horizonte.
Este domingo, o Hezbollah lançou cerca de 115 mísseis e drones contra o norte de Israel, o que já provocou uma resposta por parte do governo de Benjamin Netanyahu. Esta manhã, a Força Aérea de Israel atingiu mais de 150 alvos do Hezbollah no Líbano, de acordo com as Forças de Defesa de Israel.
O Brent segue agora a valorizar 0,54% para 74,89 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, valoriza 0,61% para os 71,43 dólares por barril.
O Brent já ganhou cerca de 9% depois de ter atingido mínimos de 2021 no início de setembro, à boleia do otimismo em relação à política monetária dos EUA, bem como a maiores tensões geopolíticas no Médio Oriente, que podem adensar os conflitos na região e causar disrupções na produção do petróleo. No entanto, as preocupações com a procura mundial por crude continuam intactas e a travar maiores ganhos da matéria-prima.
Estímulos económicos na China dão ímpeto às bolsas asiáticas e europeias
As bolsas asiáticas arrancaram a semana em terreno positivo, enquanto a negociação de futuros pela Europa aponta para uma abertura no verde, numa altura em que os investidores estão mais animados com as perspetivas económicas chinesas e esperam um programa de estímulos para ressuscitar a segunda maior economia do mundo.
As preocupações com a vitalidade da economia do país têm assombrado as bolsas mundiais, com uma panóplia de dados em agosto a pôr em causa os objetivos de expansão económica anual de 5% da China. Em resposta, o governo chinês decidiu anunciar uma conferência de imprensa para esta terça-feira, onde se espera que sejam anunciadas medidas para combater os obstáculos económicos que o país tem enfrentando, numa altura em que o banco central chinês cortou uma das suas taxas de juro de curto prazo.
Desta forma, o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,3%, enquanto o Shanghai Composite cresceu 0,7%. Já pelo Japão, o otimismo manteve-se com o Nikkei a valorizar 2% e o Topix subiu quase 1%. Os principais índices asiáticos continuam a beneficiar de uma política monetária mais flexível nos EUA, depois de a Reserva Federal (Fed) norte-americana ter cortado as taxas de juro em 50 pontos base na semana passada.
"O ciclo de alívio da política monetária da Fed deve levar a maior estímulos [económicos] por parte da China, particularmente numa altura em que o objetivo de crescimento anual de 5% parece difícil de atingir", afirma Mohit Kumarm economista da Jefferies International, à Bloomberg. "Estes estímulos devem beneficiar também as bolsas europeias".
Os futuros do Euro Stoxx 50, que agrega as 50 maiores empresas europeias, apontam para uma abertura de 0,4%.