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Fecho dos mercados: Petróleo regista maior ciclo de perdas de sempre. Bolsas em queda

O crude, em Nova Iorque, está a registar o mais longo ciclo de perdas de sempre. Pressionadas pelo sector energético, as bolsas europeias fecharam a semana em baixa.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 deslizou 0,01% para 5.020,43 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,37% para 365,74 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,87% para 2.782,11 pontos 

Yield 10 anos de Portugal sobe 0,3 pontos base para 1,943%

Euro recua 0,17% para 1,1344 dólares

Brent, em Londres, desce 0,71% para 70,15 dólares por barril


Bolsas europeias cedem depois de duas subidas
As praças europeias fecharam a semana em terreno negativo, pressionadas pelo sectores das matérias-primas, em específico do petróleo, e do sector automóvel. Esta queda acontece num dia em que os mercados digeriram vários resultados desapontantes de cotadas europeias. Foi o caso da Thyssenkrupp cujas acções caíram 8%, atingindo mínimos de Julho de 2016. À empresa alemã juntou-se a francesa Rubis que caiu 14% depois de vários analistas terem diminuído a recomendação para a cotada. 

O sector energético também pesou nas bolsas europeias uma vez que o petróleo está a perder valor. Em causa está o aumento da oferta e a possível queda da procura dado que a economia mundial está num período de desaceleração. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou 0,37% para os 365,74 pontos. Esta queda acontece depois de duas subidas nas sessões anteriores.

A praça lisboeta acabou por ser um dos índices que menos desvalorizou. O PSI-20 perdeu 0,01% para 5.020,43 pontos com as cotadas divididas entre ganhos e perdas. O BCP destacou-se pela positiva, subindo mais de 3% depois de ter apresentado resultados. Já a Corticeira Amorim, a Sonae Capital, a EDP, a Altri e Galp Energia perderam todas mais de 1%. 

Juros italianos estabilizam com Centeno em Roma
O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, esteve em Roma esta sexta-feira, 9 de Novembro, para se reunir com o ministro das Finanças italiano, Giovanni Tria, e o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte. O tema em cima da mesa foi a proposta do Orçamento do Estado para 2019, tema em que o Governo entrou em rota de colisão com a Comissão Europeia. 

Neste momento, os juros italianos estão estabilizados. Os juros a dez anos da dívida italiana sobem 0,3 pontos base para os 3,399%. Pelo mesmo caminho vão os juros portugueses no mesmo prazo: mais 0,3 pontos base para os 1,943%. Os juros alemães a dez anos estão a cair 4,8 pontos base para os 0,41%. 

Itália tem até à próxima terça-feira, 13 de Novembro, para entregar um novo esboço do orçamento de forma a aproximar-se do cumprimento das regras europeias. No entanto, o Governo tem dito repetidamente que não irá mudar uma linha do documento entregue em Outubro. Uma promessa repetida hoje por Tria na conferência de imprensa conjunta com Centeno

O Governo italiano planeou o Orçamento do próximo ano com um défice de 2,4%, o que contrasta com os 0,8% prometidos no Programa de Estabilidade do anterior Executivo. Quanto ao rácio da dívida pública, Itália prevê que este desça de 130,9% em 2018 para 130% em 2019, mantendo-se como a segunda maior da União Europeia. Metas que, na avaliação da Comissão, vão contra as regras. 

Euribor inalterada em todos os prazos
As taxas Euribor mantiveram-se inalteradas a três, seis, nove e 12 meses esta sexta-feira, em relação a quinta-feira. A Euribor a três meses fixou-se nos -0,316%, a seis meses nos -0,257%, a nove meses nos -0,196% e a doze meses nos -0,148%. 

Libra cede com menor optimismo face ao Brexit
A libra está a deslizar esta sexta-feira com os investidores a começarem novamente a duvidar do recente optimismo à volta do acordo entre o Reino Unido e a União Europeia. 

A divisa britânica tinha negociado nos 1,3176 dólares esta semana, alcançando um máximo de três anos, numa altura em que se via o Brexit a chegar a bom porto. A nova data-limite é 21 de Novembro. 

Neste momento, a libra perde 0,46% para os 1,3002 dólares, desvalorizando pela segunda sessão consecutiva. Esta queda acontece no dia em que o ministro dos Transportes demitiu-se do Executivo liderado por Theresa May. Por outro lado, os dados económicos foram positivos: o PIB cresceu 0,6%, em cadeia, o maior crescimento desde o final de 2016. 

O euro segue a perder 0,17% para 1,1344 dólares, deslizando pela terceira sessão consecutiva.

Crude em Nova Iorque regista mais longo ciclo de perdas de sempre
As cotações do "ouro negro" continuam a perder terreno e o crude negociado no mercado nova-iorquino está em "bear market" desde ontem, já que cai mais de 20% desde o último máximo, atingido a 3 de Outubro. O West Texas Intermediate (WTI) para entrega em Dezembro segue a recuar 0,71% para 60,24 dólares por barril. Trata-se da 10.ª sessão consecutiva em queda, naquela que é a mais longa série de descidas de sempre para o WTI.

Também o Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – segue no vermelho, com os preços do contrato para entrega em Janeiro a cederem 0,71% para 70,15 dólares. A contribuir para a depreciação desta matéria-prima está o novo aumento das reservas norte-americanas de crude, que na semana passada cresceram mais do que se esperava. Também os receios de uma oferta superior à procura têm estado a pressionar as cotações do crude.
 
Preços do gás natural disparam com vaga de frio nos EUA
Os preços dos contratos de futuros do gás natural escalaram para máximos de quase dois anos devido à especulação de que as temperaturas muito frias nos EUA irão fazer esgotar os stocks desta matéria-prima – que estão já em níveis abaixo do normal.

Os futuros para entrega em Dezembro atingiram hoje os 3.702 dólares por milhão de unidades termais britânicas no mercado nova-iorquino e sobem 13% no acumulado de segunda a sexta-feira – a caminho do maior ganho semanal desde 12 de Janeiro.
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