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Fecho dos mercados: Petróleo recupera, juros caem e novos mínimos nas Euribor

Os analistas consideram que os investidores reagiram a quente ao prolongamento dos cortes da OPEP à produção de petróleo. Nas bolsas o dia foi maioritariamente negativo enquanto a Euribor mais associada aos créditos da casa caiu para novo mínimo.

Reuters
26 de Maio de 2017 às 17:26
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Os mercados em números

PSI-20 perdeu 0,35% para 5.226,58 pontos

Stoxx600 recuou 0,20% para 391,35 pontos

S&P 500 cede 0,07% para 2.413,34 pontos

Juros da dívida a dez anos caíram 4,9 pontos base para 3,144%

Euro cai 0,37% para 1,1169 dólares

Brent sobe 0,47% para 51,70 dólares por barril

 

Petrolíferas e banca penalizam bolsas europeias

As praças europeias terminaram esta sexta-feira maioritariamente em terreno negativo, a serem penalizadas pelos recuos do sector petrolífero – apesar da recuperação do preço do barril nos mercados internacionais – e ainda pelas quedas dos títulos do sector bancário e financeiro e da área automóvel. As excepções às quedas ficam em Londres e Atenas.

Na bolsa portuguesa, apesar do recuo diário as negociações encerraram com um balanço semanal positivo, a primeira das últimas três. A pressionar estiveram as quedas da Galp – que esta sexta-feira entrou em ex-dividendo -, do BCP e da Mota-Engil.

Nos Estados Unidos, depois de uma segunda leitura do PIB mais favorável – 1,2% no primeiro trimestre contra os 0,7% anteriormente avançados – as praças seguem entre perdas e ganhos muito ligeiros.

Juros da dívida aliviam, próximos de mínimos

As ‘yields’ associadas à negociação em mercado secundário das obrigações soberanas portuguesas aliviam em todos os prazos e acompanham a tendência nos países do sul da zona euro. Em Portugal, os juros a dez anos acompanham a queda, recuando pela segunda sessão e ficando próximos do mínimo de Outubro de 2016, enquanto o prémio de risco da dívida - comparação com as yields exigidas pelos investidores para trocar dívida germânica no mesmo prazo - estabilizou.

Um comportamento que, no caso de Portugal, chega na semana em que o país recebeu recomendação da Comissão Europeia para se libertar do procedimento por défice excessivo, medida que a Moody's considerou positiva para o país e que para a Fitch "enfatiza o fortalecimento da situação orçamental do país na sequência de uma política de ajustamento e de uma recuperação económica."

Novos mínimos na Euribor a seis e 12 meses

A taxa Euribor a três meses manteve-se hoje em -0,329%, acima do mínimo de sempre de -0,332%. De resto, a generalidade dos prazos caiu: a seis meses, a mais usada em Portugal nos créditos à habitação, recuou para -0,254%, um novo mínimo histórico, tal como aconteceu com o prazo a 12 meses, que caiu 0,001 pontos para -0,130%. A nove meses desceu 0,001 pontos para -0,181%. 

Libra e euro caem, dólar avança com PIB
A incerteza política no Reino Unido, depois de conhecida uma sondagem que dá conta da redução da vantagem da candidata conservadora Theresa May para o trabalhista Jeremy Corbyn, nas eleições de 8 de Junho, leva a libra a recuos, levando a mínimos de dois meses em relação ao euro e um mês face ao dólar.

A moeda única europeia cai pela segunda sessão, contra um dólar animado pelos dados da economia norte-americana no primeiro trimestre.

Petróleo recupera
O preço do barril de petróleo recupera das maiores quedas em três semanas, com os investidores a refrearem a sua resposta ao prolongamento, por nove meses, dos cortes de produção decidido pelo cartel da OPEP. A organização estima que os cortes colocados em prática estejam a ter efeito no mercado, e que no próximo ano as existências mundiais caiam para a média dos últimos cinco anos.

"O mercado reagiu a quente," disse Gene McGillian, analista da Tradition Energy, à Bloomberg, antecipando os investidores vão passar agora a avaliar o impacto dos cortes nos inventários.

Ouro em máximos de três semanas
O preço do metal amarelo beneficia da busca de algum refúgio dos investidores em activos considerados mais seguros, numa altura em que as minutas da Fed dão conta de esperar para ver novos dados económicos antes de decidir um novo aumento dos juros na maior economia do mundo.

Na semana que vem, serão conhecidos mais elementos sobre a criação de emprego no país, que poderão sustentar ou não a decisão de encarecimento do preço do dinheiro numa das próximas reuniões do comité de política monetária.

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