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Libra em mínimos de dois meses com May em queda nas sondagens

A moeda britânica vai atrás do deslize da candidata conservadora nas sondagens. Mas a bolsa e os juros da dívida não acusam a pressão: o FTSE 100 renovou mesmo um máximo histórico.

Reuters
26 de Maio de 2017 às 13:36
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A moeda britânica está esta sexta-feira a depreciar tanto face ao euro como em relação ao dólar, tendo tocado esta manhã no valor mais baixo em quase dois meses contra a divisa única europeia, perante a perda de vantagem da candidata do partido conservador nas sondagens.

A redução para apenas cinco pontos percentuais da dianteira da primeira-ministra Theresa May nas sondagens para as eleições de dia 8 de Junho aumenta a incerteza política na segunda maior economia europeia e enfraquece a moeda de Sua Majestade, que cai contra todas as suas principais 16 contrapartes.

Face ao euro, o recuo chegou a ser de 0,83%, levando a moeda para o valor mais baixo desde 29 de Março. Cota agora nos 1,1469 euros. Em relação à nota verde,o recuo é de 0,83%, colocando a libra em 1,2835 dólares, o valor mais reduzido num mês.

Ao fim de várias semanas com ampla vantagem, o resultado do estudo de opinião conhecido esta sexta-feira - 43% dos conservadores contra os 38% dos trabalhistas liderados por Jeremy Corbin -, a redução de margem de manobra para May coloca a libra numa zona potencialmente problemática, considera Neil Jones, do Mizuho Bank, em declarações à Bloomberg.

"A libra esterlina reagem bem a algo que revele uma maioria conservadora e vice-versa, por isso há esta situação em que a maioria se encurta e pode chegar a um nível crítico em que [os conservadores] não tenham um número suficiente de lugares no parlamento. O mercado não aprecia isso," acrescentou o analista.

A sondagem é conhecida depois do ataque de Manchester que fez 22 mortos e 116  feridos e quando são conhecidos dados da YouGov e do Centre for Economics and Business Research que colocam a confiança dos consumidores no nível mais baixo desde o referendo do Brexit.

Outros activos como as acções ou as obrigações soberanas não acusam a pressão de uma redução de margem da vitória projectada dos conservadores. O FTSE100 renovou esta sexta-feira um máximo intradiário, negociando agora inalterado. Já os juros da dívida seguem em alívio generalizado no mercado secundário, com os títulos a dez anos em mínimos de mais de um mês – 19 de Abril. 

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