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Fecho dos mercados: Novos máximos nos EUA, Europa sobe, juros e petróleo disparam

A expectativa em torno da política fiscal de Donald Trump está a puxar pelas bolsas e a penalizar as obrigações. As taxas da periferia dispararam. O petróleo avançou mais de 2% após a prova de que a OPEP está a cumprir o acordo.

Reuters
10 de Fevereiro de 2017 às 17:29
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,21% para 4.604,33 pontos

Stoxx 600 avançou 0,16% para 366,79 pontos

S&P 500 sobe 0,26% para 2.313,89 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 6,4 pontos base para 4,115%

Euro perde 0,11% para 1,0644 dólares.

Petróleo sobe 2,18% para 56,84 dólares por barril em Londres

Bolsas europeias avançam pela quarta sessão. EUA com novos máximos

As bolsas europeias valorizaram pelo quarto dia seguido. O Stoxx 600 avançou 0,16%, impulsionado pelo facto de a maior parte das cotadas ter conseguido mostrar resultados acima do estimado e pelo optimismo em torno do plano fiscal de Trump que foi classificado de "fenomenal" pelo próprio. As medidas deverão ser anunciadas dentro de duas a três semanas e o corte dos impostos para as empresas fez a festa regressar a Wall Street com os principais índices a renovarem máximos históricos.

Na Europa, a puxar pelas bolsas estiveram principalmente as cotadas do sector mineiro, com o índice deste sector a avançar 3,63%. Além dos resultados positivos da ArcelorMittal, que ganhou mais de 9%, a expectativa de estímulos orçamentais nos EUA e na China tem puxado pelo preço das matérias-primas, o que beneficia estas cotadas. Ainda do lado dos ganhos, destaque para a subida de 0,68% do índice das petrolíferas e de 0,57% das cotadas ligadas ao sector da construção e infraestruturas. Esses ganhos permitiram compensar as descidas de 0,78% do índice dos bancos europeus e de 0,60% do sector das telecomunicações.

Em Lisboa, a sessão também foi de ganhos. O PSI-20 subiu 0,21%, beneficiando das subidas acima de 1% da Semapa e da Corticeira Amorim, e dos ganhos em torno de 0,30% da Galp e da Jerónimo Martins. No entanto, a descida de 1,32% da REN e de 0,43% da EDP impediram ganhos de maior dimensão na bolsa nacional. Nota ainda para a Pharol, que voltou a ter a maior subida da sessão. Valorizou 11,51% e leva já um ganho de 110% desde o início do ano.

Aposta na reflação de Trump complica juros da dívida

As taxas das obrigações soberanas tiveram subidas generalizadas e a dívida portuguesa não escapou a essa tendência. Com os mercados a regressarem às apostas para se posicionarem às medidas económicas de Trump, esta classe de activos voltou a ser uma das mais penalizadas.

A "yield" portuguesa a dez anos interrompeu a sequência de três sessões seguidas de quedas. A taxa sobe 6,4 pontos base para 4,115%. O dia foi de subidas ainda maiores para os juros espanhóis e italianos. Aumentaram 7,6 e 9,7 pontos base, respectivamente, para 1,702% e 2,271%.

As taxas das obrigações alemãs e americanas, que são os grandes referenciais do mercado, também subiram. A "yield" germânica a dez anos avançou 0,8 pontos base para 0,32% e a americana 1,8 pontos base para 2,3966%.

Euribor a três meses de novo em mínimos

Após várias sessões sem alterações, a Euribor a três meses regressou esta sexta-feira às descidas. A taxa baixou 0,1 pontos base para -0,329%, igualando o seu mínimo histórico, segundo dados da agência Lusa. Direcção oposta teve a Euribor a seis meses, que subiu 0,1 pontos base para -0,240%. Já a taxa a 12 meses ficou inalterada pela sexta sessão em -0,101%.

Plano de Trump puxa pelo dólar

O euro perde 0,11% para 1,0644 dólares. A nota verde foi impulsionada ainda pela indicação dada por Trump esta quinta-feira de que o seu plano para os impostos, que considera que vai ser "fenomenal", será divulgado nas próximas semanas. "Isso foi visto como um regresso [de Trump] à agenda económica", disse Vassili Serebriakov, estratego cambial do Credit Agricole, citado pela Reuters. O índice que mede a força do dólar em relação às outras dez principais divisas negoceia com uma queda ligeira esta sexta-feira. Mas prepara-se para encerrar a semana com uma subida de 0,56%, a primeira desde Dezembro.

Petróleo dispara com OPEP a cumprir promessas

Quando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo anunciou um acordo para cortar a produção, muitos analistas realçaram que o histórico desses países no que diz respeito ao cumprimento das suas quotas poderia significar problemas de execução nesse plano. Mas a Agência Internacional de Energia referiu esta sexta-feira que o acordo está a ser executado a 90%, o nível mais alto na história da OPEP. Salientou ainda que a procura está a crescer mais rápido que o previsto. Isso levou os preços do petróleo a registarem fortes subidas. A cotação do barril de Brent avança2,18% para 56,84 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, ganha 2,04% para 54,08 dólares.

Paládio ganha com perspectivas de mais vendas no mercado automóvel

O paládio regista um dos melhores desempenhos da sessão. O preço desta matéria-prima avança 2,14% para 785,91 dólares, depois da produção em algumas das maiores minas da África do Sul ter descido. Além disso, o mercado aposta que as políticas de estímulo orçamental nos EUA e na China resultem numa maior venda de automóveis, o que aumentará a procura por esta matéria-prima que é utilizada nos catalisadores que são utilizados para reduzir as emissões nocivas.

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