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Fecho dos mercados: Juros de Itália afundam após declarações de Moscovici

Numa semana em que a discórdia em torno do Orçamento apresentado por Itália pressionou os juros transalpinos, o sinal apaziguador de Bruxelas permite uma quebra de mais de 20 pontos base na taxa de juro dos títulos a 10 anos.

Reuters
19 de Outubro de 2018 às 17:29
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,68% para os 5.026,02 pontos

Stoxx 600 desceu 0,12% para os 361,24 pontos

S&P 500 valoriza 0,39% para 2.779,97 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal agravam 0,3 pontos base para os 2,032%

Euro ganha 0,31% para os 1,1489 dólares

Petróleo sobe 0,81% para os 79,93 dólares por barril em Londres

 

Europa pende para o vermelho face a forças contraditórias

Na Europa, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, fechou com uma queda ligeira de 0,12% para os 361,24 pontos, num dia algo bipolar em termos da influência exercida nos mercados. Por um lado, a contenda entre Itália em Bruxelas, cuja preocupação foi amenizada após um discurso conciliador em que o comissário Moscovici veio assegurar que a Comissão Europeia não interferirá na política económica transalpina. Por outro, o contexto da banca espanhola também dá pistas em direcções opostas, com o Supremo Tribunal a congelar, com o objectivo de reavaliar, uma medida que penaliza as receitas das instituições bancárias. As principais praças europeias dividiram-se assim entre o verde e o vermelho.

 

O PSI-20 fechou esta sexta-feira, dia 19 de Outubro, com uma desvalorização de 0,68% para os 5.026,02 pontos. As cotadas que mais pesaram foram os CTT, a Navigator, a Nos e o BCP. 

 

Juros de Itália afundam

Os juros a dez anos da dívida italiana não deram uma volta de 360 graus, mas uma reviravolta de vários pontos base. Depois de terem reforçado as fortes subidas desta quinta-feira, impulsionados pelo conflito com Bruxelas, as declarações do comissário Pierre Moscovici parecem ter vindo acalmar os investidores. A dívida italiana passou a remunerar menos 20,2 pontos base, caindo para uma taxa de 3,483%.

 

Por cá, os juros que aumentavam 8,3 pontos base, passaram a registar uma subida de apenas 0,3 pontos base para os 2,032%. Na Alemanha, os mercados de dívida encerraram com um agravamento da taxa remuneratória de 3,9 pontos base, colocando a taxa nos 0,455%. Desta forma, o spread das obrigações portuguesas face às alemãs é de 157,7 pontos base.

 

Euribor sobe em quase todas as maturidades
A Euribor a três meses manteve-se hoje em 0,317%. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação avançou hoje ao ser fixada em -0,262%, mais 0,003 pontos.  A nove meses, a Euribor também subiu hoje ao ser fixada em -0,203%, mais 0,002 pontos. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu, tendo sido fixada em -0,154%, mais 0,001 pontos.                      


Moscovici puxa pelo euro

O discurso de Moscovici, no qual o comissário europeu Pierre Moscovici assegurou que a União Europeia não pretende interferir na política económica italiana, deu força à moeda única europeia. O euro sobe 0,31% para os 1,1489 dólares, depois de três sessões consecutivas em queda.

 

China impulsiona cotações do petróleo

Os preços do barril de Brent, cotado em Londres e referência para a Europa, estão a subir esta sexta-feira 0,81% para os 79,93 dólares, e já estiveram mesmo a ganhar mais de 2%, re-ultrapassando por momentos a fasquia dos 80 dólares. O optimismo vive-se quando a procura na China dá sinais de estar a aumentar, apesar do crescimento do PIB da China ter abrandado, de acordo com a Reuters.  

 

Gás avança para a quinta semana de ganhos

O gás está a valorizar 2,9% para os 3,227 dólares por milhão de unidades termais britânicas, e deverá contar um salto positivo de 2,1% no conjunto da semana, tornando-se a quinta consecutiva na qual esta matéria-prima se posiciona no verde. As temperaturas mais baixas que o habitual têm fomentado a procura.

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