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Fecho dos mercados: Europa sobe há quatro semanas. Petróleo recupera mais de 1%

O Stoxx 600 somou mais uma semana de ganhos, atingindo máximos de janeiro de 2018. O petróleo também está em alta, contendo assim as perdas acumuladas na semana.

Reuters
01 de Novembro de 2019 às 17:27
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Os mercados em números
PSI-20 desceu 0,07% para os 5.115,9 pontos
Stoxx 600 valorizou 0,68% para os 399,43 pontos
S&P 500 sobe 0,67% para os 3.057,9 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,9 pontos base para os 0,2%
Euro sobe 0,16% para os 1,117 dólares
Petróleo em Londres valoriza 1,48% para 60,48 dólares o barril

Bolsas europeias sobem há quatro semanas seguidas
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, fechou no verde na sessão desta sexta-feira, 1 de novembro - a última sessão da semana e a primeira do mês de novembro. O índice somou 0,68% para os 399,43 pontos, atingindo um máximo de janeiro de 2018. 


Com esta subida, o Stoxx 600 soma já quatro semanas consecutivas de ganhos - esta semana subiu 0,36%. No mês de outubro, o índice somou quase 1% (0,92%), acumulando uma valorização superior a 18% desde o início do ano. 

As bolsas europeias têm sido beneficiadas por vários fatores que diminuíram a incerteza a nível mundial: os EUA e a China deverão chegar a um acordo comercial parcial, um Brexit sem acordo tornou-se menos provável (e não se concretizou) e a economia europeia até cresceu mais do que o esperado no terceiro trimestre, tal como mostraram os dados divulgados ontem pelo Eurostat. 

Além disso, hoje os investidores ficaram a conhecer a evolução da produção industrial da China - que registou, em outubro, a maior subida em mais de dois anos -, e também os números do mercado de trabalho dos EUA, que surpreenderam pela positiva. 

Em termos de setores destacaram-se pela positiva o automóvel, o industrial, o energético e o tecnológico, subindo mais de 1% cada. 

Lisboa foi uma das exceções no dia de hoje na Europa. O PSI-20 cedeu 0,07% para os 5.115,9 pontos numa sessão em que os CTT cederam após várias subidas consecutivas. 

Juros sobem no dia em que (re)começa programa de compra de ativos do BCE
O dia fica marcado pela chegada de Christine Lagarde à presidência do Banco Central Europeu (BCE) - sendo que ontem tinha sido o último dia de Mario Draghi - e pelo arranque do novo programa de compra de ativos (principalmente dívida pública) do banco central da Zona Euro, uma medida que tinha sido decidida em setembro.

A ação do BCE no mercado secundário tem levado os juros das obrigações soberanas da Zona Euro para mínimos históricos. Contudo, no dia em que o programa recomeçou, as "yields" subiram. Foi esse o caso dos juros portugueses a dez anos que subiram 3,9 pontos base para os 0,2%. Os juros alemães com o mesmo vencimento subiram 2,5 pontos base para os -0,384%.

Dólar com cinco sessões consecutivas em baixa
O índice da Bloomberg para o dólar está a perder 0,14% para um conjunto de moedas de referência. O dólar acumula assim cinco sessões consecutivas a desvalorizar. 

A divisa norte-americana tem vindo a ser pressionada em baixa pelas expectativas dos mercados em relação à evolução dos juros diretores. Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana, anunciou esta semana o terceiro corte dos juros este ano e sinalizou que não deverá haver subidas em breve.

O euro, pelo contrário, tem recuperado. A divisa europeia subiu 0,16% para os 1,117 dólares, acumulando cinco sessões em alta.

Petróleo sobe mais de 1% e contém perda semanal
O ouro negro está a valorizar mais de 1% na sessão desta sexta-feira, contendo a perda semanal que tinha acumulado nas restantes sessões. 

A cotação do barril está a ser impulsionada pelos dados económicos mais positivos, seja a produção industrial na China seja o número de empregos criados nos EUA. Anteriormente, o petróleo tinha sido penalizado pela expectativa de travagem económica a nível mundial e da guerra comercial, o que sinalizava uma menor procura por combustível no futuro. 

Na sessão de hoje, o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 1,7% para os 55,1% dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, sobe 1,48% para os 60,48 dólares. No caso do WTI, a queda semanal é de 2,82%. No caso do Brent, é de 2,52%.

Ouro soma três semanas de ganhos
O ouro está a desvalorizar 0,13% para os 1.510,96 dólares por onça na sessão de hoje. Contudo, o saldo semanal é positivo: o metal amarelo soma 0,43% e consegue subir pela terceira semana consecutiva. 

O metal precioso desvalorizou mais de 3% em setembro, à medida que a incerteza mundial se foi dissipando e que as bolsas continuaram a subir. Contudo, em outubro o ouro conseguiu recuperar parcialmente (cerca de 2,5%) essa perda. A cotação deste metal tende a ser beneficiada quando a Fed desce os juros diretores. 

Os investidores têm investido mais no metal precioso por ser visto como um ativo de refúgio numa altura em que a economia mundial está em travagem.

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