Notícia
Fecho dos mercados: Europa em máximos de três semanas. Petróleo com maior subida semanal em dois anos
O sentimento positivo reina nos mercados no final da primeira semana do ano. As bolsas disparam assim como o petróleo. Já o ouro cede à medida que os investidores voltam a apostar em ativos mais arriscados.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 2,82% para 4.880,01 pontos
Stoxx 600 soma 2,83% para 343,38 pontos
S&P 500 valoriza 2,57% para 2.510,62 pontos
"Yield" da dívida portuguesa a dez anos agrava-se em 0,4 pontos base para os 1,809%
Euro soma 0,14% para os 1,1409 dólares
Barril de petróleo em Londres sobe 2,23% para os 57,21 dólares
Bolsas europeias em máximos de três semanas
As palavras de Jerome Powell foram a cereja no topo do "bolo": os dados positivos do mercado de trabalho norte-americano. Os dois efeitos chegaram para impulsionar as bolsas internacionais, que já estavam a valorizar esta sexta-feira, 4 de janeiro, depois da forte queda de ontem provocada pela Apple e pelas preocupações com a disputa comercial e a paralisação parcial do Governo federal norte-americano.
De acordo com os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho norte-americano, a economia dos EUA somou 312 mil empregos em dezembro, quase o dobro do esperado pelos analistas (185 mil). Além da criação de emprego, o relatório sobre o mercado de trabalho revela que as remunerações por hora aumentaram 3,2% em dezembro, o ritmo mais elevado desde 2009.
Ambos os números dão motivos para acreditar que a atividade económica continuará em alta, nomeadamente o consumo das famílias, o que dá motivos à Fed para continuar com o aumento gradual dos juros.
Apesar disso, Powell acalmou os mercados ao dizer esta tarde que a Reserva Federal está preparada para mudar o rumo da política monetária caso seja necessário. "Flexibilidade" foi a palavra de ordem do seu discurso. Contudo, também disse que os investidores estão a "incorporar os riscos" e a ir "muito à frente dos dados".
As bolsas reagiram bem a estas palavras, intensificando os ganhos. Em Wall Street, o S&P 500 saltou para máximos de três semanas ao subir mais de 2,5%.
Na Europa, as bolsas também reforçaram os ganhos com o aproximar do fecho, recuperando das fortes quedas da sessão anterior. O Stoxx 600, índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, disparou 2,83% para 343,38 pontos. O índice atingiu máximos de três semanas, registando a maior valorização semanal desde o início de novembro. Destacaram-se as subidas dos setores da banca, serviços financeiros e automóveis.
Já o PSI-20 registou a melhor sessão em dois anos e meio ao somar 2,82% para os 4.880,01 pontos. 16 das 18 cotadas valorizaram nesta sessão, com destaque para o BCP que subiu mais de 4% assim como a Navigator, a Semapa e a Altri.
Juros sobem na Europa
Os juros portugueses a 10 anos estão a subir 0,4 pontos base para os 1,809% e os juros italianos estão a subir 0,3 pontos base para os 2,898%. Já os juros alemães a 10 anos agravam-se em 0,5 pontos base para os 0,205%.
Euribor estável
As taxas Euribor mantiveram-se esta sexta-feira, 4 de janeiro, estáveis a três, seis e 12 meses em relação à sessão anterior. A Euribor a três meses manteve-se nos -0,309%, a seis meses nos -0,237% e a doze meses nos -0,194%.
Euro começa ano com o pé esquerdo. Dólar oscila
A divisa europeia arrancou o novo ano com uma semana negativa. Apesar de hoje o euro estar a subir 0,13% para os 1,1409 dólares, a divisa acumula uma desvalorização de 0,31% no saldo semanal.
Já o dólar está a oscilar. Primeiro a divisa norte-americana valorizou, colhendo os benefícios do aumento de confiança na economia norte-americana depois da divulgação dos dados do mercado de trabalho. Tal aconteceu porque existia a expectativa de que esse fosse um argumento para a Fed continuar a aumentar os juros.
Contudo, as palavras de Powell de que pode haver "flexibilidade" na política monetária - interpretadas por alguns como um possível corte dos juros no próximo ano - levou o dólar para terreno negativo.
A cotação do barril está a beneficiar dos cortes de produção da Arábia Saudita - mesmo antes de os cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) entrarem em vigor - que estão a sobrepor-se às preocupações com a desaceleração económica. No entanto, a subida surpreendente dos inventários de crude norte-americanos travaram um pouco as subidas nesta sessão.
O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, sobe 2,23% para os 57,21 dólares. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, aumenta 2,25% para os 48,14 dólares.
O arranque positivo do petróleo em 2019 contrasta com o quarto trimestre do ano passado que foi o pior em quatro anos. No saldo de 2018, o petróleo perdeu cerca de 20% com o receio de que haja demasiada oferta face à procura mundial.
Ouro interrompe ciclo de subidas
O metal precioso tem vindo a beneficiar da turbulência dos mercados, mas nesta sessão negoceia pela primeira vez este ano em terreno negativo. O ouro está a caminho da pior queda desde novembro, após os dados do mercado de trabalho norte-americana terem dado um impulso às bolsas norte-americanas.
O ouro cede 0,69% para os 1.285,34 dólares por onça, acumulando uma queda de 0,1% na semana. A commodity estava a caminho da sua terceira semana de ganhos. Esta sexta-feira o ouro chegou a ultrapassar os 1.300 dólares por onça, a primeira vez que tal aconteceu desde junho.
PSI-20 sobe 2,82% para 4.880,01 pontos
Stoxx 600 soma 2,83% para 343,38 pontos
S&P 500 valoriza 2,57% para 2.510,62 pontos
"Yield" da dívida portuguesa a dez anos agrava-se em 0,4 pontos base para os 1,809%
Euro soma 0,14% para os 1,1409 dólares
Barril de petróleo em Londres sobe 2,23% para os 57,21 dólares
Bolsas europeias em máximos de três semanas
As palavras de Jerome Powell foram a cereja no topo do "bolo": os dados positivos do mercado de trabalho norte-americano. Os dois efeitos chegaram para impulsionar as bolsas internacionais, que já estavam a valorizar esta sexta-feira, 4 de janeiro, depois da forte queda de ontem provocada pela Apple e pelas preocupações com a disputa comercial e a paralisação parcial do Governo federal norte-americano.
Ambos os números dão motivos para acreditar que a atividade económica continuará em alta, nomeadamente o consumo das famílias, o que dá motivos à Fed para continuar com o aumento gradual dos juros.
Apesar disso, Powell acalmou os mercados ao dizer esta tarde que a Reserva Federal está preparada para mudar o rumo da política monetária caso seja necessário. "Flexibilidade" foi a palavra de ordem do seu discurso. Contudo, também disse que os investidores estão a "incorporar os riscos" e a ir "muito à frente dos dados".
As bolsas reagiram bem a estas palavras, intensificando os ganhos. Em Wall Street, o S&P 500 saltou para máximos de três semanas ao subir mais de 2,5%.
Na Europa, as bolsas também reforçaram os ganhos com o aproximar do fecho, recuperando das fortes quedas da sessão anterior. O Stoxx 600, índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, disparou 2,83% para 343,38 pontos. O índice atingiu máximos de três semanas, registando a maior valorização semanal desde o início de novembro. Destacaram-se as subidas dos setores da banca, serviços financeiros e automóveis.
Já o PSI-20 registou a melhor sessão em dois anos e meio ao somar 2,82% para os 4.880,01 pontos. 16 das 18 cotadas valorizaram nesta sessão, com destaque para o BCP que subiu mais de 4% assim como a Navigator, a Semapa e a Altri.
Juros sobem na Europa
Os juros portugueses a 10 anos estão a subir 0,4 pontos base para os 1,809% e os juros italianos estão a subir 0,3 pontos base para os 2,898%. Já os juros alemães a 10 anos agravam-se em 0,5 pontos base para os 0,205%.
Euribor estável
As taxas Euribor mantiveram-se esta sexta-feira, 4 de janeiro, estáveis a três, seis e 12 meses em relação à sessão anterior. A Euribor a três meses manteve-se nos -0,309%, a seis meses nos -0,237% e a doze meses nos -0,194%.
Euro começa ano com o pé esquerdo. Dólar oscila
A divisa europeia arrancou o novo ano com uma semana negativa. Apesar de hoje o euro estar a subir 0,13% para os 1,1409 dólares, a divisa acumula uma desvalorização de 0,31% no saldo semanal.
Já o dólar está a oscilar. Primeiro a divisa norte-americana valorizou, colhendo os benefícios do aumento de confiança na economia norte-americana depois da divulgação dos dados do mercado de trabalho. Tal aconteceu porque existia a expectativa de que esse fosse um argumento para a Fed continuar a aumentar os juros.
Contudo, as palavras de Powell de que pode haver "flexibilidade" na política monetária - interpretadas por alguns como um possível corte dos juros no próximo ano - levou o dólar para terreno negativo.
Petróleo dispara 9,6% na semana
O petróleo regista a maior subida semanal desde dezembro de 2016 ao acumular uma valorização superior a 9%. Esta subida põe um ponto final ao ciclo de três semanas de quedas.
O petróleo regista a maior subida semanal desde dezembro de 2016 ao acumular uma valorização superior a 9%. Esta subida põe um ponto final ao ciclo de três semanas de quedas.
A cotação do barril está a beneficiar dos cortes de produção da Arábia Saudita - mesmo antes de os cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) entrarem em vigor - que estão a sobrepor-se às preocupações com a desaceleração económica. No entanto, a subida surpreendente dos inventários de crude norte-americanos travaram um pouco as subidas nesta sessão.
O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, sobe 2,23% para os 57,21 dólares. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, aumenta 2,25% para os 48,14 dólares.
O arranque positivo do petróleo em 2019 contrasta com o quarto trimestre do ano passado que foi o pior em quatro anos. No saldo de 2018, o petróleo perdeu cerca de 20% com o receio de que haja demasiada oferta face à procura mundial.
Ouro interrompe ciclo de subidas
O metal precioso tem vindo a beneficiar da turbulência dos mercados, mas nesta sessão negoceia pela primeira vez este ano em terreno negativo. O ouro está a caminho da pior queda desde novembro, após os dados do mercado de trabalho norte-americana terem dado um impulso às bolsas norte-americanas.
O ouro cede 0,69% para os 1.285,34 dólares por onça, acumulando uma queda de 0,1% na semana. A commodity estava a caminho da sua terceira semana de ganhos. Esta sexta-feira o ouro chegou a ultrapassar os 1.300 dólares por onça, a primeira vez que tal aconteceu desde junho.