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Wall Street dispara mais de 3% com emprego forte e Fed flexível

Os principais índices acionistas em Wall Street fecharam a ganhar mais de 3%, beneficiando com a forte subida do emprego e as palavras tranquilizadoras de Jerome Powell.

Reuters
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Wall Street fechou a semana em alta acentuada, beneficiando dos dados positivos do mercado de trabalho, da expectativa que haja um acordo comercial entre os EUA e a China em breve e também das declarações do presidente da Reserva Federal, que passou uma mensagem de tranquilidade aos mercados sobre a política monetária que pretende prosseguir em 2019.

 

Esta forte recuperação acontece depois de a sessão de ontem ter ficado marcada pela queda da Apple, a pior em seis anos, que arrastou as bolsas norte-americanas para perdas de quase 3% na quinta-feira. Variações que foram hoje totalmente revertidas, o que também permitiu aos índices acumularem ganhos na semana e no ano.

 

Na sessão de hoje o Dow Jones disparou 3,29% para 23.433,16 pontos e o Nasdaq somou 4,26% para 6.738,85 pontos. O S&P500 ganhou 3,43% para 2.531,94 pontos.

 

Os ganhos diários foram mais expressivos no dia posterior ao Natal (quando os índices subiram cerca de 5%), mas ainda assim a sessão de hoje em Wall Street foi uma das melhores dos últimos anos.

 

Na Europa, as bolsas também reforçaram os ganhos com o aproximar do fecho, recuperando das fortes quedas da sessão anterior. O Stoxx 600, índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, disparou 2,83% para 343,38 pontos, atingindo um máximo de três semanas. A valorização semanal foi a maior desde o início de novembro.

 

Economia norte-americana dá sinal de força. Powell acalma mercados

 

No inicio da semana os receios com o abrandamento da economia global provocaram quedas nas bolsas, mas os dados do emprego revelados esta sexta-feira nos EUA vieram acalmar os mais pessimistas. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho norte-americano, a economia dos EUA somou 312 mil empregos em dezembro, quase o dobro do esperado pelos analistas (185 mil). 

Além da criação de emprego, o relatório sobre o mercado de trabalho revela que as remunerações por hora aumentaram 3,2% em dezembro, o ritmo mais elevado desde 2009. A forte criação de emprego e o incremento acentuado dos salários vêm aliviar os receios sobre uma travagem abrupta na economia norte-americana em 2019. Com o número de trabalhadores a aumentar e os rendimentos a crescer, o consumo das famílias deverá prosseguir em alta no próximo ano.

 

Este relatório também dá força à Reserva Federal para prosseguir com a normalização da política monetária, continuando a subir as taxas de juro. Mas Jerome Powell veio hoje acalmar os mercados ao dizer esta tarde que a Reserva Federal está preparada para mudar o rumo da política monetária caso seja necessário. "Flexibilidade" foi a palavra de ordem do seu discurso. Contudo, também disse que os investidores estão a "incorporar os riscos" e a ir "muito à frente dos dados". 

 

Os investidores gostaram de ouvir o aguardado discurso do presidente da Fed, pelo que os índices acionistas em Wall Street reforçaram a tendência de alta que já registavam desde o início da sessão.

 

Powell "disse o que está correto: que a Fed está preparada para alterar o rumo, que está a ouvir cuidadosamente e é sensível às mensagens que o mercado está a enviar", disse à Reuters James Athey, da Aberdeen Standard Investments.

 

O sentimento nos mercados já era positivo durante a manhã depois das noticias que as conversações entre os EUA e a China para um acordo comercial vão ter lugar em Pequim no arranque da semana.

 

Quanto a cotadas, os ganhos foram generalizados, mas o destaque vai para as tecnológicas. Depois de tombar quase 10% na véspera, as ações da Apple subiram 4,25%. A Intel (+6,14%) conseguiu um ganho ainda mais expressivo, sendo que no setor financeiro as valorizações também foram acentuadas (Visa e American Express ganharam mais de 4%).

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