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Abertura dos mercados: Bolsas recuperam, ouro renova máximos e petróleo caminha para maiores ganhos desde Julho de 2017

Os mercados deverão despedir-se da primeira semana do ano com sentimento positivo, com a perspectiva de um encontro entre China e Estados Unidos que resolva a disputa comercial, a realizar-se nos próximos dias. Das bolsas europeias até aos mercados de ouro e do petróleo, o dia é de ganhos significativos.

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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,97% para 4.792,20 pontos

Stoxx 600 cresce 0,82% para 336,67 pontos

Nikkei desvalorizou 2,26% para 19.561,96 pontos
"Yield" da dívida portuguesa a dez anos agravam-se em 0,9 pontos base para os 1,776%
Euro soma 0,14% para os 1,1410 dólares
Barril de petróleo em Londres sobe 1,86% para os 56,99 dólares

 

Bolsas europeias sobem à boleia das negociações entre China e EUA

As bolsas europeias seguem em alta, a beneficiar da expectativa em torno das negociações entre China e EUA, isto depois de ter sido revelado que na próxima semana uma comitiva americana vai deslocar-se a Pequim com o objetivo de encetarem negociações que ponham fim à guerra comercial entre os dois países.

 

Os dois países estão sob pressão para resolverem os diferendos, numa altura em que os indicadores apontam para um abrandamento da economia, em especial da China, o que está a afetar os resultados de várias cotadas. A última "vítima" deste contexto foi a Apple que reviu em baixa as previsões de receitas, devido ao mercado chinês, o que provocou a maior queda das ações da empresa liderada por Tim Cook, tendo arrastado Wall Street e a Europa na última sessão.

 

As novidades dadas esta sexta-feira pela China estão a ajudar a aliviar a pressão e a impulsionar a negociação bolsista. O Stoxx600 sobe 0,82%, já os futuros de Wall Street também seguem com ganhos superiores a 0,5%. A exceção são os índices japoneses, que hoje registaram quedas superiores a 2%, sendo esta a primeira sessão do ano, uma vez que as bolsas japoneses estiveram encerradas nos últimos dias.

 

Na bolsa nacional, a tendência é semelhante, com o PSI-20 a apreciar quase 1%, numa altura em que os ganhos estão a ser generalizados entre as cotadas nacionais. A Galp Energia é das que mais sobe, ao apreciar mais de 1,5% para 14,19 euros, numa altura em que os preços do petróleo também estão a recuperar.

Juros de Portugal voltam a agravar
Os juros das obrigações portuguesas para o prazo de referência, a dez anos, agravam-se em 0,9 pontos base para os 1,776%, subindo pela segunda sessão consecutiva. A trajetória ascendente coloca a dívida portuguesa de volta a níveis de meados de dezembro. Na Alemanha, os juros com a mesma maturidade também sobem 2,4 pontos base para os 0,177%, colocando o prémio da dívida portuguesa face à germânica nos 159,9 pontos base.


Dados da indústria tiram força ao dólar

A moeda única europeia soma 0,14% para os 1,1410 dólares,  somando pela segunda sessão consecutiva face à nota verde. O dólar tem registado um fraco desempenho desde que foram divulgados dados sobre a evolução da atividade da indústria nos Estados Unidos, que cresceu ao pior ritmo em mais de dois anos, avolumando as preocupações em relação á desaceleração da economia norte-americana.


Petróleo com maiores ganhos semanais desde Julho de 2017

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, segue a subir 1,86% para os 56,99 dólares, preparando-se para terminar a semana com o quinto registo positivo consecutivo. A tendência ascendente prepara-se para dar ao Brent a semana com a maior subida acumulada de que há registo desde Julho de 2017. Para o "irmão" West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, esta pode ser a semana com os maiores ganhos desde junho.


Ouro renova máximo de mais de seis meses

O metal amarelo segue a subir 0,05% para os 1294,88 dólares, apreciando pela sétima sessão consecutiva. O ouro já chegou a cotar num pico de 1.298,60 dólares por onça durante a sessão, aproximando-se da fasquia dos 1.300 dólares e atingindo um máximo de 15 de Junho. A corrida ao ouro acontece numa altura de incerteza nos mercados, pelo que este metal tem beneficiado do estatuto de ativo refúgio.

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