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Wall Street e Europa disparam com emprego a surpreender nos EUA

Os números sobre o mercado de trabalho norte-americano surpreenderam pela positiva, impulsionando o início de negociação em Wall Street. Há ainda a expectativa de que haja um acordo comercial entre os EUA e a China. Bolsas europeias também disparam.

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Wall Street abriu em alta esta sexta-feira, 4 de janeiro, beneficiando dos dados positivos do mercado de trabalho e da expectativa que haja um acordo comercial entre os EUA e a China em breve. Esta recuperação acontece depois de a sessão de ontem ter ficado marcada pela queda da Apple, a pior em seis anos, que arrastou as bolsas norte-americanas para perdas de quase 3%

Uma hora depois do início da sessão, as bolsas duplicaram os ganhos. Dow Jones sobe agora 2,62% para os 23.280,68 pontos, o Nasdaq avança 3,14% para os 6.666,516 pontos e o S&P 500 soma 2,08% para os 2.498,67 pontos.

Na Europa, as bolsas também reforçaram os ganhos com o aproximar do fecho, recuperando das fortes quedas da sessão anterior. O Stoxx 600, índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, dispara 2,37% para os 341,79 pontos e o PSI-20 - que já registou a maior subida diária em nove meses - soma 3,1% para os 4.893,13 pontos. O petróleo e o dólar também estão a subir ao passo que o ouro regista perdas. 

Quanto a cotadas, o destaque vai para a ligeira recuperação da Apple. Depois de tombar quase 10%, as ações da gigante tecnológica estão a subir cerca de 3,3% para os 146,9 dólares. Destaque ainda para outras cotadas do setor tecnológico como a Netflix que sobe mais de 6% ou a Intel que avança mais de 5%. O índice tecnológico do S&P 500 está a subir 1,7%, depois de ter desvalorizado 5% ontem - o pior desempenho desde 2011. 

Para já, os dados do emprego estão a sobrepor-se às preocupações relacionadas com a desaceleração económica e com a disputa comercial. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho norte-americano, a economia dos EUA somou 312 mil empregos em dezembro, quase o dobro do esperado pelos analistas (185 mil). 

Além da criação de emprego, o relatório sobre o mercado de trabalho revela que as remunerações por hora aumentaram 3,2% em dezembro, o ritmo mais elevado desde 2009. A forte criação de emprego e o incremento acentuado dos salários vêm aliviar os receios sobre uma travagem abrupta na economia norte-americana em 2019. Com o número de trabalhadores a aumentar e os rendimentos a crescer, o consumo das famílias deverá prosseguir em alta no próximo ano.

 

Este relatório também dá força à Reserva Federal para prosseguir com a normalização da política monetária, continuando a subir as taxas de juro. O banco central dos EUA olha com atenção redobrada para este relatório sobre o mercado de trabalho para aferir a robustez da maior economia do mundo e definir a sua política monetária.

 

Hoje deverão ser reveladas mais pistas sobre o que vai fazer a Fed em 2019, pois o presidente Jerome Powell tem um discurso agendado para esta tarde ao lado dos ex-presidentes da Fed, Janet Yellen e Ben Bernanke. As expectativas atuais apontam para dois agravamentos este ano, abaixo dos três antecipados anteriormente.


(Notícia actualizada às 15h40 com cotações mais recentes)
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