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Fecho dos mercados: Europa conta três semanas no verde, prata vai na quinta. Juros britânicos afundam

As bolsas europeias terminaram a semana animadas, contribuindo para o terceiro registo semanal positivo consecutivo. A melhoria das perspetivas para alcançar um acordo para o Brexit contribuem para o otimismo no Velho Continente.

Bloomberg
06 de Setembro de 2019 às 17:27
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Os mercados em números
PSI-20 desceu 0,04% para os 4.968,51 pontos
Stoxx 600 subiu 0,32% para os 387,14 pontos
S&P500 avança 0,175 para os 2.980,99 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos caíram 5,4 pontos base para os 0,189%
Euro ganha 0,10% para os 1,1046 dólares.

Petróleo em Londres 1,25% para os 60,19 dólares o barril

 

Europa soma três semanas no verde

As principais bolsas europeias fecharam, na sua maioria, em terreno positivo. O agregador das 600 maiores cotadas, o Stoxx600, avança 0,32% para os 387,14 pontos, numa sessão na qual chegou a atingir um máximo de 1 de agosto. As últimas três sessões, que terminaram no verde, ditam também um ciclo de três semanas de ganhos. Entre esta segunda e sexta-feira, os ganhos acumulados foram de 1,95%.

O sentimento na Europa foi influenciado negativamente, no início da sessão, por dados económicos desmotivadores na Alemanha. A maior economia da Zona Euro viu a sua produção industrial contrair mais do que o esperado pelos analistas, segundo a Bloomberg. Os economistas esperavam uma subida em cadeia (de julho para agosto) de 0,6%, mas o indicador registou uma queda de 0,4%. Em comparação homóloga, a queda foi superior a 4%.

Contudo, esta tarde, chegaram notícias de Londres que animam os investidores: apesar dos percalços burocráticos, o Parlamento britânico conseguiu ver aprovadas as medidas que permitem pedir um novo adiamento do Brexit – ganhando margem para uma saída ordenada da União Europeia.

O facto de EUA e a China terem marcado um encontro presencial no início de outubro, tal como tinha sido anunciado, também ajuda ao alívio nas bolsas.

Em Portugal, a Galp penalizou a bolsa nacional no dia em que entrou em ex-dividendo, contribuindo para uma queda de 0,04% para os 4.968,51 pontos do PSI-20.

 

Juros do Reino Unido afundam

Os juros da dívida a 10 anos do Reino Unido recuaram 9,3 pontos base para os 0,504%, no dia em que a câmara alta do Parlamento britânico aprovou a legislação que trava uma saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo, forçando o primeiro-ministro, Boris Johnson, a pedir um novo adiamento do prazo para o Brexit. Agora segue para a promulgação da Rainha Isabel II, o que poderá acontecer na segunda-feira.

Por cá, o alívio também foi pronunciado: a remuneração da dívida portuguesa com a mesma maturidade caiu 5,4 pontos base para os 0,189%, no mesmo dia em que a agência que gere a dívida pública vai na próxima semana ao mercado em busca de, no máximo, 1.250 milhões de euros a dez anos e a 15 anos.

Na Alemanha o recuo chegou aos 4,3 pontos base para os -0,638%, colocando o prémio das obrigações portuguesas face às germânicas nos 82,7 pontos base. 

 

Dólar perde força com números do emprego mais fracos

A divisa norte-americana vive uma tendência negativa depois de ter sido divulgado que o número de empregos nos Estados Unidos aumentou a um nível inferior ao esperado. O euro ganha 0,10% para os 1,1046 dólares.

Petróleo abandona máximos face a piores perspetivas

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, segue a ceder 1,25% para os 60,19 dólares, mas chegou mesmo a deslizar 2,54% para os 59,40 dólares durante a sessão. A matéria-prima esteve a subir nas duas sessões anteriores, dias nos quais reinava o otimismo em relação à disputa comercial entre os Estados Unidos e a China.

A diminuição das reservas nos Estados Unidos, que caíram o dobro do esperado esta quinta-feira, permitiram ao petróleo ascender a um máximo de um mês.

Contudo, depois de os bancos Commerzbank e UBS terem recuado nas expectativas em relação aos preços tendo em conta o abrandamento económico, o ouro negro voltou a ressentir-se.

Prata sobe há 5 semanas

A prata regista uma subida de 1,64% para os 18,6765 dólares por onça no acumular desta semana, registando a quinta semana consecutiva de ganhos. Este metal de precioso, à semelhança do ouro, escapa de uma perda semanal depois das pesadas quebras da sessão anterior, e as quais ainda se prolongaram durante o início da sessão de sexta-feira. Os investidores recuaram perante dados económicos melhores do que o esperado nos Estados Unidos que foram divulgados esta semana, mas depois de esta sexta-feira ter sido revelado um aumento do emprego inferior ao que era esperado, os ativos-refúgio voltaram aos ganhos.

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