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Fecho dos mercados: Europa cai pela quinta sessão seguida. Wall Street afunda 5% com pandemia

Depois de uma abertura a dar sinais de recuperação, os índices na Europa não resistiram e terminaram de novo em queda, alargando o ciclo de perdas. O preço do petróleo desvaloriza.

Reuters
11 de Março de 2020 às 17:30
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,47% para 4.217,44 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,74% para 333,17 pontos

S&P500 cai 4,47% para 2.753,36 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 7,5 pontos base para 0,398%

Euro recua 0,02% para 1,127 dólares

Petróleo em Londres cai 3,14% para 36,05 dólares o barril

 

Europa soma cinco quedas seguidas
O dia até começou de forma positiva para os principais mercados europeus, com o Stoxx 600 a beneficiar de uma ténue subida. Contudo, o cenário inverteu-se e o índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa registou uma queda de 0,74% para 333,17 pontos.

O Banco de Inglaterra (BoE) decidiu cortar de emergência os juros em 50 pontos base para os 0,25%, numa tentativa de mitigar os efeitos do vírus Covid-19, à imagem do que fizeram outros bancos centrais em todo o mundo, como é o caso da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), que na semana passada cortou os juros diretores para um intervalo de entre 1,25% e 1,50%. 

Amanhã, será a vez do Banco Central Europeu (BCE) anunciar medidas para conter o impacto económico da pandemia, estatuto atribuído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no final desta tarde. A informação foi dada por Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, na conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus. Há mais de 118 mil casos em 114 países e 4.291 mortes confirmadas.

Depois desta informação, os três índices de Wall Street agravaram as quedas e marcam agora perdas em torno de 5%.

Por cá, a bolsa nacional fechou a recuar 0,47% para 4.217,44 pontos, com 13 cotadas em queda e as restantes cinco em alta. 

Juros de Alemanha e EUA sobem e os de Portugal caem
Os juros da dívida das principais economias mundiais assumem hoje uma postura ascendente. Os juros com maturidade a dez anos da Alemanha - a referência para o bloco - sobem 5,1 pontos base para os -0,747% e os do Tesouro dos Estados Unidos com a mesma maturidade avançam 0,1 pontos base para os 0,804%. 

Por cá, os juros portugueses caem 7,5 pontos base para os 0,398% e os de Itália afundam 15,3 pontos para os 1,170%.

 

Libra perde terreno após estímulos do BoE
A moeda britânica deprecia 0,39% para os 1,2891 dólares, num dia em que o Banco de Inglaterra operou um corte de urgência de 50 pontos base nos juros para os 0,25%.

O euro recua 0,02% para os 1,1279 dólares. 

 

Petróleo cai com aumento de produção saudita
Os preços do petróleo voltaram a desvalorizar, num dia em que a Saudi Aramco, a petrolífera estatal da Arábia Saudita, disse que iria aumentar a capacidade de produção para 13 milhões de barris diários. Ontem, o principado já tinha dito que a petrolífera iria aumentar a produção de petróleo a partir de abril para os 12,3 milhões de barris por dia. Agora, anunciaram que iriam aumentar a capacidade, algo que ainda vai demorar alguns anos a ser concluído. 

O preço do Brent, que serve de referência para Portugal, desvaloriza 3,14% para 36,05 dólares o barril. O norte-americano WTI (West Texas Intermediate) acompanhou o cenário e perde 3,35% para os 33,21 dólares.

 

Ouro não escapa a quedas 
O ouro - um ativo considerado seguro e que serve de refúgio em alturas mais turbulentas - não escapou ao cenário negativo e desvaloriza 0,2% para os 1,2831 dólares por onça. 

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