Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fecho dos mercados: Em dia de sell-off nas bolsas, petróleo afunda quase 5% e Euribor em máximos de 16 meses

Em dia de quebras expressivas nas principais bolsas, desde os EUA, passando pela Europa até à Ásia, o petróleo desvaloriza quase 5% e a Euribor atinge novos máximos.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters
23 de Outubro de 2018 às 17:34
  • ...

Os mercados em números

PSI-20 recuou 1,72% para 4.932,55 pontos

Stoxx 600 cedeu 1,58% para os 354,06 pontos

S&P 500 desvaloriza 1,52% para os 2.713,91 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 0,7 pontos base para os 2,006%

Euro avança 0,14% para os 1,1481 dólares

Petróleo cai 4,58% para os 76,17 dólares por barril em Londres 

 

Bolsas europeias com quedas a rondar os 1,5%

A Europa pinta-se de vermelho num dia em que a pressão se faz sentir em múltiplas frentes: dentro do bloco, a tensão cresce com a rejeição do Orçamento de Itália pela União Europeia, numa reacção inédita. Lá fora, a morte do jornalista Khashoggi determina a fricção entre o Médio Oriente e o Ocidente, em particular os EUA. Por fim, a guerra comercial entre a maior economia do mundo e a China continua a afectar as bolsas asiáticas.

Neste cenário, o Stoxx 600 desvalorizou 1,58% para os 354,06 pontos, ilustrando a dimensão das quedas que são comuns às principais praças. O alemão Dax ultrapassou mesmo a tendência geral com uma queda de 2,17%.

A bolsa nacional alinhou-se com as principais praças europeias na trajectória descendente com o PSI-20 a apresentar uma desvalorização de 1,72% para 4.932,55 pontos, o valor mais baixo desde Abril de 2017, com 16 cotadas em queda e apenas duas em alta.

Juros de Itália voltam a agravar

Depois de uma sessão de alívio no arranque da semana, após um discurso aparentemente conciliador de Moscovici – no qual o comissário prometeu que Bruxelas não iria interferir na política económica italiana – a rejeição do Orçamento transalpino pela Comissão Europeia deixa os juros da dívida italiana a dez anos nos 3,592%, um agravamento de 10,2 pontos base face à última sessão.

Portugal, que tem acompanhado a tendência dos juros deste vizinho do sul, regista esta terça-feira um ligeiro alívio de 0,7 pontos base para os 2,006%. Na Alemanha o alívio é maior, com os juros da dívida para a mesma maturidade a quebrarem 3,9 pontos base para os 0,409%, colocando o prémio das obrigações portuguesas face às germânicas nos 159,7 pontos base.
 

 

Euribor em máximos de 16 meses

As taxas Euribor mantiveram-se a três meses e subiram a seis, nove e 12 meses, tendo ficado todas em máximos dos últimos 16 meses.

A
Euribor a três meses manteve-se hoje em -0,317%, um máximo desde Outubro de 2016. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação subiu hoje para -0,259%, um máximo desde Junho de 2017, mais 0,002 pontos do que na segunda-feira.

A nove meses, a
Euribor também subiu hoje para máximos desde Junho de 2017, ao ser fixada em -0,199%, mais 0,001 pontos. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também avançou, tendo sido fixada em -0,149%, um máximo desde Junho de 2017, mais 0,002 pontos.

 

Dólar deprime com Wall Street 

O euro está a valorizar 0,14% para os 1,1481 dólares, num dia em que a "nota verde" se deixa contagiar pelo sentimento negativo vivido na bolsa nova-iorquina. O dólar perde não só em relação ao euro como também face a outros activos refúgios, como é o caso do iene japonês.

Em Wall Street, os resultados desapontantes da fabricante de materiais de construção Caterpillar – que é vista como um termómetro para a saúde da economia americana – está a afectar as cotações. "O mercado de capitais tem a atenção de todos. O dólar/iene está a movimentar-se taco-a-taco com as acções", assinala um analista da FX Analytics, consultado pela Bloomberg.

 

Petróleo em mínimos de mais de um mês

O barril de Brent, referência para a Europa, está a cair 4,58% para os 76,17 dólares, um mínimo de 7 de Setembro. As quebras acontecem depois de a Arábia Saudita ter assegurado que aumentou a produção e compensará eventuais quebras na oferta iraniana, as quais se esperava que decorressem na sequência das sanções impostas por Trump.

Paládio em máximos de sempre

O paládio valorizou 2,5% para os 1.152,54 dólares por onça, atingindo um pico inédito. As cotações deste metal, que duplicaram em dois anos, têm sido impulsionadas por receios em relação à oferta – com as tensões entre EUA e Rússia, este último o maior produtor, a aumentarem -, ao mesmo tempo que a procura aumenta, com medidas de estímulo no maior consumidor, a China. O paládio é utilizado sobretudo para o fabrico de componentes automóveis.

Ver comentários
Saber mais Londres S&P S&P Dax PSI-20 FX Analytics Stoxx Portugal Europa Arábia Saudita Wall Street Orçamento de Itália União Europeia Khashoggi EUA China Itália Moscovici Orçamento de Itália Caterpillar economia negócios e finanças
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio