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Fecho dos mercados: Coreia continua a condicionar negociação das bolsas
Os receios em torno do escalar de tensões entre a Coreia do Norte e os EUA continuam a ser o foco, que está a pressionar as bolsas e a impulsionar activos de refúgio como o ouro.
Os mercados em números
PSI-20 desceu 0,53% para 5.136,00 pontos
Stoxx 600 caiu 0,13% para 373,71 pontos
S&P 500 desvaloriza 0,48% para 2.464,55 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 0,3 pontos base para 2,835%
Euro ganha 0,12% para 1,1911 dólares
Petróleo sobe 2,24% para 53,51 dólares por barril em Londres
Coreia continua a condicionar negociação bolsista
As bolsas europeias terminaram o dia em queda, tendo o sentimento negativo sido acentuado depois da abertura das bolsas americanas, numa altura em que os receios em torno de um conflito militar entre EUA e Coreia do Norte continuam a marcar o passo nos mercados. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, terminou o dia a cair 0,13%. Nos EUA o vermelho também impera, com os principais índices a cederem cerca de 0,5%.
Lisboa não conseguiu contrariar esta tendência e o PSI-20 caiu 0,53%, num dia marcado pela descida superior a 3% do BCP, pela queda superior a 4,5% da Pharol e pela descida do sector do papel.
Prémio de risco da dívida nacional volta a aproximar-se dos 250 pontos
As taxas de juro da dívida nacional registaram subidas ligeiras, com a taxa a 10 anos a avançar 0,3 pontos base para 2,835%. Já a taxa de juro associada à dívida a 10 anos da Alemanha desce 2,8 pontos para 0,337%, o que coloca o prémio de risco da dívida nacional nos 249,8 pontos base.
Taxas Euribor estáveis em todos os prazos
As taxas Euribor não oscilaram esta sessão. A taxa a três meses manteve-se nos -0,329%, o mesmo valor registado desde 31 de Agosto. A Euribor a seis meses, a mais usada nos empréstimos à habitação em Portugal, estabilizou no mínimo histórico de -0,274%. A taxa a nove meses fixou-se nos -0,214%, o que também é um mínimo histórico. E a Euribor a 12 meses manteve-se nos -0,161%, pela quinta sessão consecutiva.
Euro beneficia de menores perspectivas de juros nos EUA
A moeda única europeia está a subir face ao dólar, a beneficiar essencialmente da perspectiva de que os EUA possam adiar a subida de juros no país. Isto porque Lael Brainard, um influente responsável da Reserva Federal (Fed) dos EUA, afirmou que a inflação está bastante abaixo do objectivo do banco central, pelo que a Fed deverá ser cautelosa na subida dos juros no país, o que está a travar os receios dos investidores, segundo a Reuters.
Petróleo regressa aos fortes ganhos
Os preços do petróleo registaram subidas acentuadas, numa altura em que as refinarias do Golfo estão a começar a recuperar da devastação provocada pelo furacão Harvey. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a subir 2,24% para 53,51 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, está a apreciar 3,28% para 48,84 dólares.
Ouro sobe mas alivia de máximos
O ouro continua a servir de refúgio para os investidores que estão cautelosos por causa do aumento da tensão entre EUA e Coreia do Norte. O ouro sobe 0,11% para 1.335,37 dólares por onça, um valor próximo do máximo de um ano atingido na sessão de ontem.