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Fecho dos mercados: Bolsas europeias mornas no vermelho. Petróleo perde pela quinta sessão

A semana arranca com perdas generalizadas entre as praças europeias, marcando a transição entre os elevados níveis de tensão geopolítica entre Estados Unidos e Irão, que dominaram os dias anteriores, e a época de resultados das empresas norte-americanas.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,04% para os 5.160,04 pontos
Stoxx 600 recuou 0,18% para os 418,39 pontos
S&P 500 valoriza 0,42% para os 3.279,01 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos agravam 3,6 pontos base para os 0,426%
Euro sobe 0,14% para os 1,1137 dólares
Petróleo em Londres cai 0,94% para os 64,37 dólares por barril

Bolsas europeias descem há duas sessões

Apesar do arranque ter sido positivo, as bolsas europeias encerraram em baixa na primeira sessão desta semana. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeu, desvalorizou 0,18% para os 418,39 pontos, acumulando duas sessões em queda.

 

O setor automóvel - com a notícia de que as vendas na China baixaram, tendência que deverá manter-se - e o setor bancário contribuíram para este deslize no Stoxx 600. 

 

O vermelho dominou a maior parte dos índices europeus, mas também houve exceções. Foi o caso do PSI-20 que valorizou ligeiramente: o índice lisboeta subiu 0,04% para os 5.160,04 pontos. 

 

Esta foi uma sessão com menor dinamismo nos mercados bolsistas, segundo os analistas do BPI. "O dia de hoje constitui, de certa forma, uma transição entre a semana passada (dominada pelos temas geopolíticos) para a presente semana (em que o tema central será a época de resultados nos EUA)", explicam no comentário de fecho. 

 

A nível internacional, os investidores esperam por saber os pormenores da 'fase um' do acordo comercial entre os EUA e a China, cuja assinatura deverá ocorrer esta quarta-feira, 15 de janeiro. Além disso, esta semana arranca a época de resultados das cotadas norte-americanas.


Juros da dívida alinhados nas subidas
Os juros da dívida a dez anos de Portugal registaram um agravamento, à semelhança do verificado nas obrigações germânicas, a referência europeia. Por cá, o aumento foi de 3,6 pontos base para os 0,426%, enquanto na Alemanha subiram 4,1 pontos base para os -0,161%. Desta forma, o diferencial entre a remuneração da dívida portuguesa e da alemã situa-se nos 58,7 pontos base.

Euro ganha há três sessões
 

A moeda única europeia já valoriza há três sessões consecutivas contra a ‘nota verde’, e sobe hoje 0,14% para os 1,1137 dólares. Isto no mesmo dia em que atinge um mínimo recorde face às divisas dos países emergentes, o que dita que apesar das taxas de juro negativas na Europa, está a tornar-se mais caro comprar ativos cotados em países em desenvolvimento com o euro. O início de ano brando do euro contrasta com os máximos de 19 meses nos quais o MSCI Emerging Markets Currency Index segue a cotar.

 

Petróleo perde há cinco sessões 

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, cai 0,94% para os 64,37 dólares, e já chegou a ceder 1,32% para os 64,12 dólares, um mínimo de dia 12 de dezembro. Esta é a quinta sessão consecutiva em que o ‘ouro negro’ se mantém no vermelho, depois de ter terminado a semana passada com um saldo negativo de 5,28%, também a quinta semana de perdas. As cotações descem após o alívio das tensões entre Washington e Teerão, que retiram a pressão da oferta.

 

Ródio já disparou 32% este mês 

O ródio, um metal mais caro que o ouro, já valorizou 32% este ano, conta a Bloomberg com base nos dados da casa de investimento Heraeus Holding, atingindo os 7.975 dólares por onça esta segunda-feira. O ganho é justificado, em parte, pela alteração do foco dos investidores que, face às recentes semanas de incerteza devido ao conflito entre os Estados Unidos e o Irão, se viraram para os metais preciosos como refúgio. Embora seja possível o recuo nas cotações, analistas da MKS PAMP consideram que este metal poderá ultrapassar o recorde de 10.100 dólares por onça atingido pelo ródio em 2008.

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