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Wall Street fecha no verde antes de eleições nos EUA

Os principais índices dos EUA subiram esta sexta-feira, antes de uma semana agitada para os mercados, que vai incluir as presidenciais norte-americanas e a reunião de política monetária da Fed. A Amazon esteve em destaque, ao disparar mais de 6% após os resultados trimestrais.    

Apesar da desaceleração económica, a maioria das projeções antecipa ganhos em Wall Street em 2024.
Brendan McDermid/Reuters
01 de Novembro de 2024 às 20:27
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Wall Street terminou a sessão em alta, com todos os principais índices a registarem ganhos, apesar dos dados do relatório do emprego, que revelaram alguma fragilidade do mercado de trabalho dos EUA, antes de uma semana decisiva que será marcada pelas eleições presidenciais norte-americanas e a reunião da Reserva Federal.            

O S&P 500 subiu 0,41% para 5.728,80 pontos na primeira sessão do mês de novembro, interrompendo duas sessões de quedas, enquanto o Dow Jones Industrial Average ganhou 0,69% para 42.052,19 pontos e o índice de referência para o setor tecnológico, o Nasdaq, avançou 0,80% para 18.239,92 pontos.       

 

Os dados do emprego, conhecidos como "payrolls", revelaram que foram criados apenas 12 mil novos postos de trabalho, uma queda acentuada face ao mês anterior e aos 113 mil previstos pelos analistas, embora tenham sido condicionados pelos furacões e as greves nos EUA.

O número atingiu mínimos de 2020 e vai ser um importante elemento de análise para a reunião de política monetária da Reserva Federal dos EUA da próxima semana. A ferramenta FedWatch da CME aponta para uma probabilidade de quase 100% de um corte de 25 pontos base.

"Estamos a meio de uma fase frenética, com dados económicos, resultados, a Fed e as eleições nos EUA", assinala Bret Kenwell da eToro, citado pela Bloomberg. "Há alguma volatilidade em torno destes acontecimentos, mas até agora nada mudou no panorama geral. Até que isso mude, os impulsionadores de longo prazo do ‘bull market’ continuam intactos."

A Amazon esteve em destaque na sessão, ao acelerar 6,19% para 197,93 dólares, depois de ter apresentado as contas trimestrais após o fecho da sessão em Wall Street na quinta-feira, em mais um dia de divulgação de resultados das "Big Tech".  

A gigante do comércio eletrónico apresentou lucros de 15,3 mil milhões de dólares e uma subida das receitas de 11% no terceiro trimestre, ultrapassando as previsões dos analistas. Contudo, foram as previsões de vendas robustas para o trimestre atual, que engloba a forte época de vendas da Black Friday e do Natal que impulsionaram a empresa de Jeff Bezos.    

    

Já a Apple, que também apresentou números na quinta-feira, desceu 1,33%, após as vendas terem ficado em linha com as expectativas, mas ter registado uma forte quebra dos lucros devido à decisão da UE de alterar a forma de tributação da empresa na Irlanda, o que custou à empresa do iPhone cerca de 10 mil milhões de dólares.  

O foco dos investidores no início da próxima semana vai estar totalmente concentrado nas presidenciais dos EUA, agendadas para terça-feira, em que se prevê alguma volatilidade nos mercados devido à proximidade dos candidatos Kamala Harris e Donald Trump na corrida eleitoral.       

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