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Europa começa novembro em alta à boleia da banca
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
Europa começa novembro em alta à boleia da banca
Os principais índices europeus terminaram a primeira sessão de novembro no verde e registaram a maior subida diária em cinco semanas, pondo fim a uma quebra de três dias consecutivos.
A cautela tomou conta do sentimento dos investidores ao longo da semana, num momento em que analisam os mais recentes dados económicos da Zona Euro, os resultados trimestrais das cotadas europeias e as eleições dos EUA na próxima terça-feira, que parecem não ter um claro vencedor à vista.
O Stoxx 600 avançou 1,09% para 510,90 pontos, após perder quase 3% nos últimos três dias
e registado a maior queda mensal em um ano do índice de referência, na quinta-feira.
Todos os 20 setores que compõem o índice acabaram a sessão em alta, mas a recuperação do "benchmark" para o bloco foi impulsionada sobretudo pelo setor da banca e dos media, que avançaram ambos 1,7%.
Entre os principais movimentos de mercado, a dinamarquesa Maersk subiu 4% e prolongou os ganhos pelo segundo dia, após a transportadora divulgar um forte aumento na procura dos seus serviços.
O italiano UniCredit avançou 3,5%, impulsionado pelo aumento de rating para BBB+ pela Fitch.
Já a Lufthansa recuou mais de 3%, depois de a casa de investimento HSBC ter revisto em alta a recomendação da compra das ações da empresa de "manter" para "comprar".
A energética francesa Technip Energies subiu 6% após elevar a perspetiva de lucro anual na apresentação de resultados trimestrais.
Do lado das perdas, o destaque vai para a holandesa Fugro, que mergulhou 16% após o anúncio de que a receita trimestral registou uma queda inesperada nos EUA e no Médio Oriente.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o italiano FTSEMIB subiu 1,15%, o francês CAC-40 ganhou 0,80%, o espanhol IBEX 35 valorizou 1,46%, o alemão Dax avançou 0,93% e o britânico FTSE 100 somou 0,83%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 1,08%. Também em Lisboa, o PSI ganhou 0,95%.
Juros agravam-se na Zona Euro. Portugal regista maior subida
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu agravaram-se esta sexta-feira, num momento em que os investidores parecem estar a apostar mais em ativos de risco.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, registou o maior salto a nível europeu, subindo 7 pontos base para 2,851%.
Mais de dez anos depois, Portugal voltou hoje ao FTSE World Government Bond Index, o principal índice do mundo de dívida soberana com "ratings" de nível A.
A rendibilidade da dívida espanhola cresceu 2,8 pontos base para 3,117%, enquanto a "yield" das obrigações soberanas italianas aumentou 3,2 pontos para 3,681%.
Por sua vez, os juros das "bunds" alemãs a dez anos, de referência para a região, agravaram-se em 1,7 pontos base, para 2,403%. Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade deu um salto de 4 pontos base, para 3,162%.
Fora do bloco monetário do euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, mantiveram-se praticamente inalterados em 4,441%.
Dólar avança após dados do emprego dos EUA
O dólar está a registar avanços face às principais divisas reais, num momento em que os investidores reagem aos mais recentes dados relativos à criação de emprego do lado de lá do Atlântico em outubro, que caíram para mínimos de 2020.
"Em circunstâncias normais, este seria um relatório extremamente prejudicial para o dólar e a possibilidade de um corte de 50 pontos base nos juros diretores seriam imediatamente postos em cima da mesa. Mas os mercados estão a evitar uma reação exagerada", explicou o analista da Ballinger Group, Kyle Chapman, citado pela Reuters.
A quatro dias das eleições nos EUA, os investidores analisam ainda uma possível vitória do candidato republicano, Donald Trump, a 5 de novembro, que beneficiaria a nota verde. As sondagens norte-americanas mostram que a corrida está renhida entre Trump e Kamala Harris.
A esta hora, o euro cede 0,29% para 1,0852 dólares, seguindo a tendência registada na abertura da sessão. Já a nota verde avança 0,55% face à divisa nipónica, para 152,87 ienes. O índice do dólar da Bloomberg, que compara a nota verde em relação às principais concorrentes, sobe 0,19% para 104,1740 pontos.
Petróleo sobe quase 1% com possível ataque do Irão a Israel
As cotações de crude estão a subir quase 1% e atingem a maior subida da última semana, num momento em que está a ser noticiado que o Irão prepara mais um ataque a Israel nos próximos dias.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – soma 0,92% para os 69,90 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – avança 0,92% para os 73,48 dólares por barril.
O "ouro negro" segue assim em alta pelo terceiro dia consecutivo. Ainda assim, os analistas ouvidos pela Reuters acreditam que é uma "uma demonstração de força e não um convite para uma guerra aberta".
Os preços foram também impulsionados pelas expectativas de que Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) poderá atrasar o plano de aumentar o número de barris no mercado, inicialmente apontado para dezembro, em um mês ou mais. Em causa está a preocupação com a pouca procura e aumento da oferta prevista para 2025. Espera-se que a decisão final seja tomada na próxima semana.
Além disso, a quebra abrupta na criação de emprego nos EUA em outubro animou os investidores, que acreditam que a Reserva Federal vai cortar os juros em 25 pontos base na reunião que termina a 7 de novembro.
Ouro recupera de perdas após dados do emprego dos EUA
O ouro está a negociar em alta e a recuperar da maior queda diária desde julho ontem registada, após os dados da criação de emprego nos EUA terem demonstrado uma queda abrupta para apenas 12 mil novos postos de trabalho, quando as estimativas dos analistas apontavam para 113 mil.
O desaceleramento drástico, provocado pelas greves de trabalhadores e furacões que atingiram o país, espelha alguma fragilidade no mercado de trabalho, o que dá mais confiança aos investidores de que a Reserva Federal corte as taxas de juro na reunião de política monetária da próxima semana, que termina a 7 de novembro.
O ouro avança 0,5% para 2.757,25 dólares por onça, depois de terem recuado 1,5% na quinta-feira.
"Acredito que os preços permaneçam elevados durante até ao fim de semana, antes das eleições nos EUA e que continuem impulsionados pelas conversas sobre uma retaliação do Irão a Israel", disse Bob Haberkorn, estratega da RJO Futures, citado pela Reuters.
Queda na criação de emprego dos EUA anima Wall Street. Amazon sobe mais de 7%
Os principais índices de Wall Street arrancaram a primeira sessão de novembro e a última da semana em alta, com os investidores animados pelos fortes lucros da Amazon e por uma queda abrupta na criação de emprego nos EUA.
No último mês foram apenas criados 12 mil novos postos de trabalho, um desaceleramento acentuado face ao mês anterior e aos 113 mil previstos pelos analistas. Este valor, o mais baixo registado em quatro anos, dá mais motivos à Reserva Federal para cortar os juros na reunião da próxima semana. É esperada uma descida de, pelo menos, 25 pontos base.
O Dow Jones avança 0,83%, para os 42.112,06 pontos, enquanto o índice alargado S&P 500 ganha 0,75%, até aos 5.748,19 pontos. O Nasdaq Composite, predominantemente composto por empresas tecnológicas, soma 0,92%, para os 18.263,72 pontos.
Esta quinta-feira, já depois do fecho de Wall Street, a Amazon apresentou contas do último trimestre, quando lucrou 15,3 mil milhões de dólares e registou uma subida nas receitas de 11%.
Estes resultados foram um alívio para os mercados, já que esta semana surgiram novas dúvidas sobre a velocidade com que os gastos em inteligência artificial se estavam a traduzir em algum tipo de retorno para as "big tech".
Os investidores estão hoje a reagir aos resultados sólidos da gigante do comércio eletrónico fundada por Jeff Bezos, que sobe mais de 7%, ao mesmo tempo que parece estar a "ofuscar" as baixas vendas do iPhone da Apple, que também apresentou ontem contas menos animadoras. A esta hora, a gigante da maçã recua mais de 1%.
Entre outras "sete magníficas", as ações da Microsoft sobem 1%, enquanto as da Meta perdem 0,03%. Já a Nvidia avança quase 3%.
Contrariando a tendência das últimas semanas, a Boeing acelera 2,2% após a administração da fabricante de aeronaves ter apresentado uma nova proposta salarial para pôr fim a uma greve de trabalhadores que decorre há quase dois meses.
A Intel sobe quase 6% após ontem ter divulgado resultados dos últimos três meses - mais otimistas do que o mercado esperava.
A próxima semana vai ser de grande volatilidade para as ações, com as eleições norte-americanas a 5 de novembro e a reunião de política monetária da Reserva Federal, que termina no dia 7, a centrar as atenções dos investidores.
Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses
A Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses, depois de ter terminado outubro com uma média mensal mais baixa nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 3,085%, continuou acima da taxa a seis meses (2,912%) e da taxa a 12 meses (2,629%).
A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em setembro desceu 0,267 pontos para 3,167% a três meses (contra 3,434% em setembro), 0,256 pontos para 3,002% a seis meses (contra 3,258%) e 0,245 pontos para 2,691% a 12 meses (contra 2,936%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu hoje para 2,912%, mais 0,048 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também avançou hoje, para 2,629%, mais 0,082 pontos do que na quinta-feira.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 3,085%, mais 0,023 pontos.
Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.
Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa recupera, impulsionada pelo setor energético
Os principais índices europeus estão a negociar em alta, impulsionados pelo setor energético. Ainda assim, índice de referência europeu deverá registar a pior semana em dois meses, numa altura em que a corrida renhida à Casa Branca tem deixado os investidores em suspenso.
O Stoxx 600 avança 0,52% para 508,04 pontos, depois de ter caído mais de 1% ontem, para mínimos de meados de agosto, fechando o pior mês desde outubro de 2023 (-3,34%). A pressionar ontem o índice terão estado também os dados da inflação na Zona Euro, que apontaram para uma subida para 2% em outubro.
A dar força ao "benchmark" europeu hoje está o setor do "oil & gas", que regista ganhos de 1,44%. O petróleo negoceia com ganhos perto dos 3% esta manhã - tanto em Londres como em Nova Iorque - após notícias de que o Irão se prepara para retaliar contra Israel nos próximos dias.
Também com bom desempenho esta manhã está o setor da banca, que avança 0,98%, e os dos media, a subir 0,75%. Quase todos os setores europeus estão, aliás, em alta, com exceção dos setores químico, imobiliário e das viagens - este último pressionado por uma queda de 2,6% nas ações da Lufthansa, após o HSBC ter reduzido a recomendação de comprar para manter.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o italiano FTSEMIB sobe 0,62%, o francês CAC-40 ganha 0,56%, o espanhol IBEX 35 valoriza 0,52%, o alemão Dax avança 0,40% e o britânico FTSE 100 sobe 0,48%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,62%.
Em Lisboa, o PSI negoceia a ganhar 0,33%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a agravar-se esta sexta-feira, depois de ontem ter sido conhecido que a inflação na Zona Euro voltou a acelerar em outubro, fixando-se no limite dos 2%, o valor definido pelo Banco Central Europeu.
Numa entrevista ao Le Monde publicada esta quinta-feira, a presidente do BCE Christine Lagarde afirmou que a batalha contra a inflação ainda não está ganha, mas que deve atingir os 2% em 2025.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, soma 6,1 pontos base para 2,842%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola cresce 3 pontos base para 3,119%. A "yield" das obrigações soberanas italianas aumenta 3,3 pontos para 3,682%.
Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, agrava-se em 2,7 pontos base, para 2,413%. Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade soma 3,2 pontos base, para 3,154%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somam 4,6 pontos base para 4,488%.
Dólar ganha à espera de dados do emprego
Os investidores aguardam os dados da criação de emprego e a taxa de desemprego de outubro nos EUA, que serão conhecidos esta sexta-feira
Na quinta-feira foi divulgado o indicador preferido da (Fed) para avaliar a evolução dos preços, o índice de preços das despesas de consumo das famílias (PCE na sigla em inglês): situou-se em 2,1% em setembro, menos 0,2 pontos percentuais do que em agosto.
Ouro ganha de olhos postos nos EUA
Os preços do ouro seguem em alta esta sexta-feira, com os investidores à espera de dados sobre o emprego nos Estados Unidos, que podem dar pistas sobre a saúde da economia e, consequentemente, sobre a maior abertura da Reserva Federal (Fed) norte-americana em cortar juros.
O metal amarelo ganha 0,36% para 2.753,82 dólares por onça.
Na quinta-feira foi divulgado o indicador preferido da (Fed) para avaliar a evolução dos preços, o índice de preços das despesas de consumo das famílias (PCE na sigla em inglês): situou-se em 2,1% em setembro, menos 0,2 pontos percentuais do que em agosto.
Apesar de ter sofrido uma quebra acentuada ontem, o metal precioso continua com ganhos anuais, apoiado por compras de bancos centrais e pelos conflitos geopolíticos no Médio Oriente e na Ucrânia. A incerteza em torno das eleições norte-americanas vem também contribuir para a atratividade deste ativo refúgio.
Ataque do Irão no horizonte faz petróleo pular quase 3%
Os preços do petróleo seguem esta sexta-feira em alta, a valorizar quase 3%, após notícias de que o Irão se prepara para retaliar contra Israel nos próximos dias.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – soma 2,92% para os 71,28 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – avança 2,71% para os 74,78 dólares por barril.
O petróleo registou perdas no início da semana, no seguimento do ataque de Israel ao Irão. Ao longo da semana esperava-se um desagravamento das hostilidades no Médio Oriente, ainda que Israel tenha mantido o aviso de que, se o Irão voltasse a atacar, a resposta seria "muito forte".
Agora, os serviços de informação israelitas dizem que esse ataque está iminente e será feito com recurso a um vasto número de drones e mísseis balísticos - possivelmente ainda antes das eleições norte-americanas, de acordo com o Axios, que cita duas fontes israelitas.
A dar força ao petróleo está ainda a expectativa de que a OPEP+ pode adiar o plano de aumentar a produção de crude, inicialmente esperado para dezembro - é pelo menos o que dizem à Reuters quatro fontes próximas do assunto.
As expectativa em torno da reunião do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional - e de um possível plano de estímulos à economia - estará ainda a contribuir para uma valorização do petróleo.