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Europa recupera, impulsionada pelo setor energético
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
Europa recupera, impulsionada pelo setor energético
Os principais índices europeus estão a negociar em alta, impulsionados pelo setor energético. Ainda assim, índice de referência europeu deverá registar a pior semana em dois meses, numa altura em que a corrida renhida à Casa Branca tem deixado os investidores em suspenso.
O Stoxx 600 avança 0,52% para 508,04 pontos, depois de ter caído mais de 1% ontem, para mínimos de meados de agosto, fechando o pior mês desde outubro de 2023 (-3,34%). A pressionar ontem o índice terão estado também os dados da inflação na Zona Euro, que apontaram para uma subida para 2% em outubro.
A dar força ao "benchmark" europeu hoje está o setor do "oil & gas", que regista ganhos de 1,44%. O petróleo negoceia com ganhos perto dos 3% esta manhã - tanto em Londres como em Nova Iorque - após notícias de que o Irão se prepara para retaliar contra Israel nos próximos dias.
Também com bom desempenho esta manhã está o setor da banca, que avança 0,98%, e os dos media, a subir 0,75%. Quase todos os setores europeus estão, aliás, em alta, com exceção dos setores químico, imobiliário e das viagens - este último pressionado por uma queda de 2,6% nas ações da Lufthansa, após o HSBC ter reduzido a recomendação de comprar para manter.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o italiano FTSEMIB sobe 0,62%, o francês CAC-40 ganha 0,56%, o espanhol IBEX 35 valoriza 0,52%, o alemão Dax avança 0,40% e o britânico FTSE 100 sobe 0,48%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,62%.
Em Lisboa, o PSI negoceia a ganhar 0,33%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a agravar-se esta sexta-feira, depois de ontem ter sido conhecido que a inflação na Zona Euro voltou a acelerar em outubro, fixando-se no limite dos 2%, o valor definido pelo Banco Central Europeu.
Numa entrevista ao Le Monde publicada esta quinta-feira, a presidente do BCE Christine Lagarde afirmou que a batalha contra a inflação ainda não está ganha, mas que deve atingir os 2% em 2025.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, soma 6,1 pontos base para 2,842%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola cresce 3 pontos base para 3,119%. A "yield" das obrigações soberanas italianas aumenta 3,3 pontos para 3,682%.
Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, agrava-se em 2,7 pontos base, para 2,413%. Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade soma 3,2 pontos base, para 3,154%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somam 4,6 pontos base para 4,488%.
Dólar ganha à espera de dados do emprego
Os investidores aguardam os dados da criação de emprego e a taxa de desemprego de outubro nos EUA, que serão conhecidos esta sexta-feira
Na quinta-feira foi divulgado o indicador preferido da (Fed) para avaliar a evolução dos preços, o índice de preços das despesas de consumo das famílias (PCE na sigla em inglês): situou-se em 2,1% em setembro, menos 0,2 pontos percentuais do que em agosto.
Ouro ganha de olhos postos nos EUA
Os preços do ouro seguem em alta esta sexta-feira, com os investidores à espera de dados sobre o emprego nos Estados Unidos, que podem dar pistas sobre a saúde da economia e, consequentemente, sobre a maior abertura da Reserva Federal (Fed) norte-americana em cortar juros.
O metal amarelo ganha 0,36% para 2.753,82 dólares por onça.
Na quinta-feira foi divulgado o indicador preferido da (Fed) para avaliar a evolução dos preços, o índice de preços das despesas de consumo das famílias (PCE na sigla em inglês): situou-se em 2,1% em setembro, menos 0,2 pontos percentuais do que em agosto.
Apesar de ter sofrido uma quebra acentuada ontem, o metal precioso continua com ganhos anuais, apoiado por compras de bancos centrais e pelos conflitos geopolíticos no Médio Oriente e na Ucrânia. A incerteza em torno das eleições norte-americanas vem também contribuir para a atratividade deste ativo refúgio.
Ataque do Irão no horizonte faz petróleo pular quase 3%
Os preços do petróleo seguem esta sexta-feira em alta, a valorizar quase 3%, após notícias de que o Irão se prepara para retaliar contra Israel nos próximos dias.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – soma 2,92% para os 71,28 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – avança 2,71% para os 74,78 dólares por barril.
O petróleo registou perdas no início da semana, no seguimento do ataque de Israel ao Irão. Ao longo da semana esperava-se um desagravamento das hostilidades no Médio Oriente, ainda que Israel tenha mantido o aviso de que, se o Irão voltasse a atacar, a resposta seria "muito forte".
Agora, os serviços de informação israelitas dizem que esse ataque está iminente e será feito com recurso a um vasto número de drones e mísseis balísticos - possivelmente ainda antes das eleições norte-americanas, de acordo com o Axios, que cita duas fontes israelitas.
A dar força ao petróleo está ainda a expectativa de que a OPEP+ pode adiar o plano de aumentar a produção de crude, inicialmente esperado para dezembro - é pelo menos o que dizem à Reuters quatro fontes próximas do assunto.
As expectativa em torno da reunião do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional - e de um possível plano de estímulos à economia - estará ainda a contribuir para uma valorização do petróleo.