Notícia
Criação de emprego nos EUA em mínimos de 2020
Em outubro foram apenas criados 12 mil novos postos de trabalho do lado de lá do Atlântico. A causa do desaceleramento acentuado pode ser explicada pelos furacões e tempestades que atravessaram o país, segundo os analistas. A taxa de desemprego manteve-se em 4,1%
A criação de emprego nos Estados Unidos registou um desaceleramento acentuado em outubro, com apenas 12 mil novos postos de trabalho criados, abaixo das estimativas dos analistas, que apontavam para um aumento de 113 mil. Este é o valor mais baixo registado em quatro anos - em 2020 verificaram-se quebras de emprego devido à pandemia.
O Departamento de Estatísticas do Emprego norte-americano dá ainda conta de que a taxa de desemprego se manteve inalterada em 4,1%.
A explicação para o número tão baixo de novos postos de trabalho poderá estar nos furacões que atravessaram os EUA nas últimas semanas. No final de setembro, o furacão Helene devastou o sudeste do país e, uma semana depois, o Milton atingiu a região da Florida.
Além disso, os analistas apontam ainda os 41 mil trabalhadores em várias greves espalhadas pelo país como uma das causas para a quebra. Em causa estão paragens, por exemplo, nas fabricantes de aeronaves Boeing e Textron.
À porta das eleições norte-americanas, a 5 de novembro, e de mais uma reunião de política monetária da Reserva Federal, no dia 7, estes dados vêm dar mais motivos ao banco central para cortar novamente os juros diretores e, assim, animar os investidores.
Ainda que não se espere um corte de 50 pontos base, como o da última reunião, o mercado aposta numa descida mais "comedida", de 25 pontos base.