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Fecho dos mercados: Bolsas e dólar recuperam terreno. Petróleo sobe 2%

Depois de as preocupações relacionadas com a implementação das medidas de Trump terem penalizado as acções, as bolsas europeias voltaram aos ganhos e o ouro desceu de máximos de um mês.

Reuters
28 de Março de 2017 às 17:23
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 2,76% para 4.850,65 pontos

Stoxx 600 subiu 0,61% para 377,30 pontos

S&P 500 valoriza 0,45% para 2.352,13 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 0,5 pontos para 4,071%

Euro desce 0,12% para 1,0852 dólares

Brent soma 1,99% para 51,76 dólares por barril

Bolsas recuperam de duas sessões de perdas

As bolsas europeias encerraram em alta esta terça-feira, 28 de Março, depois de duas sessões consecutivas de perdas, em que foram penalizadas pelos receios de que o presidente dos Estados Unidos não garanta o apoio suficiente para implementar o prometido Trumpnomics.

Impulsionado pela recuperação do sector mineiro e pelas subidas das cotadas do sector automóvel, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600 ganhou 0,61% para 377,30 pontos. 

Por cá, a bolsa nacional completou a quarta sessão consecutiva de valorizações com o PSI-20 a ganhar 2,76% para 4.850,65 pontos. O principal índice nacional foi impulsionado sobretudo pelo grupo EDP, depois de a casa-mãe ter lançado ontem uma OPA sobre a EDP Renováveis. A empresa liderada por Manso Neto disparou 10,10% para 6,90 euros, enquanto a EDP somou 4,16% para 3,055 euros.

 

Nos Estados Unidos, os principais índices bolsistas seguem no "verde", depois de os receios em torno do fracasso de Trump no Congresso – que não teve apoio para reformar o Obamacare – terem contribuído para a mais longa série de perdas do Dow Jones desde 2011.

Juros portugueses a dez anos prosseguem descida

Os juros da dívida pública portuguesa registaram uma descida ligeira, prolongando uma tendência de alívio que se verifica há três sessões. A ‘yield’ associada às obrigações a dez anos caiu 0,5 pontos base para 4,071%, um dia depois de a Comissão Europeia ter identificado algumas melhorias na economia e no sector financeiro em Portugal, apontando, porém, para mais desafios e riscos num país com "progressos limitados" na implementação de reformas.

 

Em Espanha, os juros da dívida a dez anos desceram 0,8 pontos para 1,680%, em Itália aliviaram 3,6 pontos para 2,161% e na Alemanha recuaram 1,3 pontos para 0,388%.

 

Euribor mantêm-se a 3, 6 e 9 meses e descem a 12 meses

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se em -0,330%, actual mínimo de sempre, registado pela primeira vez em 22 de Fevereiro. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação também se manteve em -0,242%, acima do actual mínimo de -0,244%.

 

No prazo de nove meses, a Euribor permaneceu nos -0,172% enquanto a 12 meses voltou a descer para -0,110%, face aos -0,109% a que foi fixada na segunda-feira.

 

Dólar recupera terreno após receios em torno de Trump

O índice que mede a evolução da moeda-norte-americana face às principais divisas mundiais está a valorizar depois de duas sessões no vermelho que o colocaram no valor mais baixo desde 11 de Novembro.

O dólar praticamente anulou os ganhos alcançados desde as eleições presidenciais nos Estados Unidos, a 8 de Novembro, que deram vitória a Donald Trump, com a sua promessa de tornar a "América grande novamente".

Nesta altura, o euro desce 0,12% para 1,0852 dólares.

Petróleo ganha 2%

O petróleo está a subir 2% nos mercados internacionais, depois de a Líbia ter fechado o oleoduto do seu maior campo de exploração, atenuando os receios em torno do excedente a nível global. De acordo com uma fonte citada pela Bloomberg, a produção da Líbia desceu para 560 mil barris por dia, depois da paralisação do oleoduto no Shrara.

 

Em Londres, o Brent ganha 1,99% para 51,76 dólares, enquanto em Nova Iorque o West Texas Intermediate (WTI) valoriza 2,03% para 48,70 dólares. 

 

Ouro quase inalterado após máximos de um mês

O metal precioso está praticamente inalterado, depois de ter atingido ontem o valor mais alto em um mês, beneficiando das preocupações em torno da capacidade de Trump de garantir apoio para implementar as suas promessas eleitorais.

 

Nesta altura, o ouro desce 0,01% para 1.254,78 dólares por onça, enquanto a prata ganha 0,26% para 18,1583 dólares. 

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