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Fecho dos mercados: Bolsas e dólar no vermelho depois de minutas da Fed, petróleo sobe

As principais praças europeias terminaram a desvalorizar, numa sessão em que as bolsas norte-americanas testaram novos máximos históricos. Já os preços do petróleo seguem a ganhar valor.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 cedeu 0,74% para 4.634,31 pontos

Stoxx 600 caiu 0,14% para 372,85 pontos

S&P 500 desce 0,09% para 2.360,73 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos subiram 0,5 pontos base para 3,970%

Euro ganha 0,25% para 1,0584

Petróleo sobe 1,38% para 56,61 dólares por barril em Londres


Mineiras travam bolsas

As bolsas europeias terminaram a sessão a desvalorizar. O índice europeu Stoxx 600 cedeu 0,14%, numa sessão dominada pela divulgação de resultados na região, com empresas como o Barclays e Telefónica a reportarem contas. A pressionar a negociação estiveram as acções do sector das matérias-primas, penalizadas pelas quedas dos preços do cobre. Ao contrário da Europa, as bolsas norte-americanas seguem a renovar máximos históricos, depois das minutas da Fed terem mostrado que o banco central está determinado em subir juros em breve.

"Muitos participantes manifestaram a opinião de que poderá ser apropriado voltar a subir a taxa dos fundos federais muito em breve se os próximos dados sobre o mercado laboral e a inflação estiverem em linha ou acima das expectativas actuais", adianta o documento divulgado esta quarta-feira, 22 de Fevereiro.

Em Lisboa, o PSI-20 caiu 0,74%, arrastado pela forte queda das acções da Jerónimo Martins. A retalhista portuguesa desvalorizou 5,37% para 15,33 euros, depois de ter divulgado um conjunto de resultados que ficou aquém das expectativas e que mereceu comentários negativos por parte dos analistas. A pressionar esteve ainda o BCP. o banco liderado por Nuno Amado caiu 2,29% para 0,1495 euros.

Juros agravam prémio de risco

O prémio de risco do país agravou-se esta quinta-feira, 23 de Fevereiro, com os investidores a exigirem um juro mais elevado para comprar dívida nacional no mercado nacional. As yields a dez anos subiram 0,5 pontos base para 3,970%, depois do FMI e da Comissão Europeia terem deixado alguns sinais laranjas ao Governo. Ambas as instituições argumentam que a consolidação é pouco sustentável e mostra-se vulnerável a vários choques. Ao contrário dos juros de Portugal, as bunds estiveram a baixar. Recuaram 4,6 pontos base para 0,233%, aumentando o "spread" face à dívida nacional para 373,7 pontos.

Euribor sobem a três e seis meses

As taxas Euribor subiram hoje a três e seis meses e mantiveram-se inalteradas a nove e 12 meses em relação a quarta-feira. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, subiu hoje para -0,329%, mais 0,001 pontos do que na quarta-feira, quando desceu para o actual mínimo de sempre, de -0,330%. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, foi hoje fixada em -0,238%, mais 0,001 pontos do que na quarta-feira e contra o actual mínimo de -0,244%, registado pela primeira vez em 26 de Janeiro. A 12 meses, a Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez em 5 de Fevereiro de 2015, manteve-se hoje em -0,111%, actual mínimo de sempre verificado pela primeira vez em 21 de Fevereiro. 

Dólar perde força

O índice que mede a força do dólar face às outras dez principais divisas mundiais perdeu força. Desvaloriza 0,36% para 1.234,51 pontos. Isto depois de o mercado não ter alterado significativamente a probabilidade de subida das taxas de juro nos EUA já em Março, após a divulgação esta quarta-feira das minutas da última reunião da Fed. Os analistas citados pela Reuters apontam também as incertezas sobre as políticas económicas de Trump como um factor de pressão, dada a demora do presidente em apresentar o plano fiscal que prometeu ser "fenomenal". Já euro ganha 0,25% para 1,0584 dólares.

 

Petróleo sobe com reservas nos EUA a subirem menos que o esperado

Os preços do petróleo recuperam das quedas desta quarta-feira. O valor do barril de Brent sobe 1,38% para 56,61 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, avança 1,42% para 54,35 dólares. Isto depois de as reservas petrolíferas nos EUA terem subido menos que o projectado pelos analistas. Na semana passada o "stock" aumentou em 564 mil barris para um novo máximo histórico de 518,7 milhões. Ainda assim, a subida foi bem menor que o estimado. O mercado antecipava uma subida de 3,25 milhões.

 

Ouro em máximos de três meses

O ouro aproveitou a quebra do dólar para valorizar 0,92% para 1.248,78 dólares, a segunda sessão de ganhos. Com esta subida o preço do metal amarelo atingiu um máximo de três meses, beneficiando também do facto das minutas da última reunião da Fed terem sido interpretadas como uma indicação menor que o antecipado para uma subida de juros em Março, com o documentos a mostrar uma divisão entre os membros do banco central que querem uma subida rápida e os que defendem que se continue a analisar os dados económicos para se ter mais certezas nesses aumentos. 

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