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Fecho dos mercados: Bolsas deslizam para mínimos de mais de um ano. Petróleo afunda mais de 5%
Os investidores continuam a "castigar" os activos considerados de maior risco. E as bolsas são das mais penalizadas. A banca e as tecnológicas destacam-se num dia de quedas acentuadas. O petróleo também está a afundar, tendo caído mais de 5%.
Os mercados em números
PSI-20 desceu 1,51% para 4.829,53 pontos
Stoxx 600 caiu 1,14% para 351,06 pontos
S&P 500 desvaloriza 1,08% para 2.661,66 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 0,2 pontos base para 1,984%
Euro perde 0,54% para 1,1392 dólares
Petróleo desliza 5,15% para 63,35 dólares por barril, em Londres
Bancos e tecnológicas prolongam "sell-off" nas bolsas
O dia foi de perdas avultadas nas bolsas… mais uma vez. As praças europeias caíram, em muitos casos, mais de 1%, recuando, em alguns casos, para mínimos de pelo menos Março de 2017. É mais um episódio de "sell-off" – venda generalizada – nos mercados bolsistas, que vai da Europa aos EUA. Entre os sectores mais afectados está a banca – muito devido a resultados fracos no sector e a escândalos de lavagem de dinheiro, com o Deutsche Bank no centro das atenções devido às suspeitas de envolvimento do caso do Danske Bank.
Um outro sector que se destacou pelas quedas foi o tecnológico, arrastado pelos ventos que sopram do outro lado do Atlântico.
O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, recuou mais de 1%, num dia em que o alemão DAX negociou em mínimos de Dezembro de 2016 e o francês CAC recuou para mínimos de Março de 2017.
Na bolsa nacional, o sentimento não foi diferente. O PSI-20 recuou 1,5% para mínimos de Março de 2017, com 16 das 18 cotadas em queda.
Juros caem na Europa
As taxas de juro implícitas na dívida europeias seguem em queda ligeira, com maior expressão na dívida alemã devido ao contexto de receios em torno dos activos de maior risco. As bunds a 10 anos recuam 2,3 pontos base para 0,35%, enquanto a taxa associada à dívida a 10 anos de Portugal está a recuar 0,2 pontos para 1,984%, o que está a alargar o prémio de risco da dívida nacional para mais de 160 pontos base.
Taxas Euribor estabilizam
As taxas Euribor mantiveram-se esta terça-feira nos mesmos valores. A taxa a três meses estabilizou nos -0,316%, enquanto a Euribor a seis meses fixou-se nos -0,257%. Já a taxa a nove meses manteve-se -0,196%, enquanto a referência a 12 meses ficou nos -0,148%.
Dólar sobe a beneficiar do estatuto de refúgio
O dólar está a valorizar contra a maior parte das divisas mundiais, num dia de "sell-off" nos mercados. Os receios em torno do crescimento económico mundial e da capacidade das empresas continuarem a aumentar lucros são os principais responsáveis pelos comportamentos recentes. O que está a beneficiar o dólar que tem servido de refúgio.
Petróleo afunda mais de 5%
A fuga dos investidores dos activos de maior risco não isenta o petróleo. A matéria-prima já chegou a afundar mais de 5%, num dia em que os investidores estão a pressionar o mercado bolsista. Além deste contexto, a pesar na negociação do ouro negro continua a incerteza sobre a produção mundial de petróleo. A Arábia Saudita já revelou que vai cortar a produção de petróleo a partir de Dezembro e diz estar convencida de que vai convencer a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a seguir os mesmos passos. Mas há quem diga que será uma decisão precipitada. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a ceder 5,11% para 63,38 dólares, depois de ter chegado a tocar nos 63,36 dólares, o que corresponde ao valor mais baixo desde Março. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desceu para mínimos de Outubro de 2017. Está a cair 5,17% para 54,24 dólares.
Ouro estável
A valorização do dólar está a retirar apetite ao ouro, que costuma funcionar como activo de refúgio. Este metal precioso recua 0,05% para 1.223,50 dólares por onça.