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Fecho dos mercados: Banca italiana trava queda da Europa. Petróleo dispara e juros aliviam

A sessão foi marcada pelas notícias de que Itália deverá estar disposta a fazer alterações à proposta orçamental, depois de Bruxelas ter rejeitado formalmente o esboço apresentado. Esta possibilidade puxou pelas bolsas europeias, mas também provocou o alívio dos juros.

Reuters
21 de Novembro de 2018 às 17:27
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,63% para 4.859,96 pontos

Stoxx 600 subiu 1,14% para 355,07 pontos

S&P 500 valoriza 1,05% para 2.669,59 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 2,1 pontos base para 1,963%

Euro valoriza 0,25% para 1,1398 dólares

Petróleo sobe 2,56% para 64,13 dólares por barril, em Londres

 

Europa sobe pela primeira vez em seis sessões

Os sectores da banca, telecomunicações e automóvel apoiaram a prestação positiva das principais praças europeias, que regressaram aos ganhos após seis sessões no vermelho. Também Wall Street está a recuperar das perdas acentuadas provocadas pela queda das tecnológicas.

 

Na Europa, o Stoxx 600 subiu 1,14% para 355,07 pontos, depois de ter tocado ontem no valor mais baixo desde 26 de Outubro. O índice está a ser animado pelas notícias que dão conta da possibilidade de o governo italiano estar disponível para adoptar medidas de reforço da receita, isto depois de a Comissão Europeia ter confirmado a rejeição da proposta orçamental transalpina.

A banca italiana foi impulsionada por estas notícias, subindo quase 2% e puxando pelo sector europeu. 
A animar seguiu também o sector automóvel, com destaque para a Renault, que chegou a subir 2,5%, recuperando as perdas acentuadas provocadas pelo escândalo relacionado com a detenção do CEO Carlos Ghosn.

 

Por cá, o PSI-20 apreciou 0,63% para 4.859,96 pontos, dia em que interrompeu um ciclo de quatro sessões seguidas em queda, o que permitiu ao principal índice bolsista nacional recuperar do mínimo de Março de 2017 ontem registado. A puxar esteve a Galp Energia, com a petrolífera a subir 2,98% para 14,88 euros.

 

Juros de Itália aliviam

O mercado de dívida de Itália está a beneficiar das notícias de que o país está disposto a fazer alterações ao esboço orçamental, depois de a Comissão Europeia ter rejeitado a proposta apresentada pelo governo italiano. Neste contexto, os juros da dívida italiana a dez anos estão a descer 13,1 pontos base para 3,507%.

 

Já em Portugal os juros estão a aliviar. A "yield" a dez anos recua 2,1 pontos base para 1,963%, enquanto em Espanha desce 1,2 pontos base para 1,634%. Na Alemanha, a taxa no mesmo prazo está a subir 2,4 pontos base para 0,374%.

 

Taxas Euribor sem alterações

As taxas Euribor mantiveram-se pela décima sessão consecutiva a três e nove meses e terceira a 12 meses, em relação a terça-feira. Quanto à taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal no crédito à habitação, esta também ficou inalterada nos -0,279%.

 

Perspectiva de acordo em Itália anima euro

A moeda única está a subir, animada pelas notícias de que Itália pode estar disposta a rever a proposta orçamental para 2019, aliviando potencialmente a tensão com a União Europeia. 

 

Neste contexto, o euro está a subir 0,25% para 1,1398 dólares, dando assim continuidade à tendência de valorização que se tem verificado nos últimos dias.

 

Já a libra está a oscilar entre ganhos e perdas face ao dólar, no dia em que a primeira-ministra britânica viajou para Bruxelas para se reunir com o presidente da Comissão Europeia. Theresa May vai dar continuidade às negociações sobre o Brexit, na recta final para a assinatura do acordo. A divisa britânica desce 0,15% para 1,2764 dólares.

 

Petróleo recupera de mínimo de um ano

Os preços do "ouro negro" estão a recuperar da queda acentuada de 6% registada na sessão anterior. O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para a Europa, está a subir 2,56% para 64,13 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate, em Nova Iorque, está a avançar 3,89% para 55,51 dólares.

 

Porém, para os analistas, esta recuperação não inverte o sentimento negativo do mercado. O petróleo afundou na sessão anterior, assim como as acções, numa altura em que os investidores estão cada vez mais preocupados com as perspectivas para o crescimento económico global.

 

"O movimento de ontem foi extremamente acentuado. Depois de um movimento deste tipo é esperada uma correcção", afirmou Olivier Jakob, analista da Petromatrix, à CNBC, não se mostrando surpreendido com a reacção dos preços do petróleo.

 

Ouro recupera com desvalorização do dólar

O metal amarelo está a subir numa sessão marcada pela desvalorização do dólar. Os preços do ouro estão a subir 0,43% para 1.226,89 dólares por onça, enquanto a prata avança 1,44% para 14,5282 dólares.

 

"O [desempenho] do ouro reflecte o movimento do dólar", afirmou Ronald Leung, da Lee Cheong Gold Dealers, à CNBC, acrescentando que a negociação deve manter-se calma até ao Dia de Acção de Graças nos EUA "a não ser que algo importante aconteça".

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