Notícia
Europa ganha mais de 1% com notícias da China e dos EUA. Petróleo também sobe
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
- 1
- ...
Europa ganha mais de 1% com notícias da China e dos EUA
A Europa subiu pelo segundo dia consecutivo, com os investidores animados com notícia avançada pela Bloomberg de que Pequim estará a preparar medidas para apoiar o setor imobiliário no país.
A sessão serviu ainda para digerir os mais recentes dados sobre o mercado de trabalho norte-americano, os quais deram conta de que a taxa de desemprego nos EUA avançou para 3,7% em maio, enquanto a criação de emprego na maior economia do mundo atingiu os 339 mil postos de trabalho, muito acima do esperado pelos analistas.
Também o acordo no Congresso norte-americano para a suspensão do tecto da dívida nos EUA esteve a animar o sentimento dos investidores.
O Stoxx 600 somou 1,51% para 462,15 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" europeu, os dos recursos básicos e imobiliário lideraram os ganhos, enquanto o das telecomunicações foi o único a fechar no vermelho, com uma queda expressiva de mais de 2%.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt ganhou 1,25%, Paris cresceu 1,87% e Milão arrecadou 1,85%.
Já Amesterdão subiu 1,13%, Londres somou 1,53% e Madrid valorizou 1,63%, enquanto Lisboa pulou 1,71%.
Os investidores estiveram atentos às ações da Dechra Pharmaceutical, que subiram 8,22% com a notícia da intenção de aquisição por parte da EQT.
Por seu lado, a Samhallsbyggnadsbolaget i Norden AB disparou mais de 50%, devido ao interesse manifestado por vários investidores, incluindo a Brookfield Asset Management.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravaram-se na Zona Euro, à exceção de Itália, num dia marcado pelo apetite pelo mercado acionista europeu.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – somou 6,8 pontos base para 2,311%.
Os juros da dívida portuguesa com vencimento em 2033 agravaram-se 3,8 pontos base para 2,270%.
A "yield" das obrigações espanholas com a mesma maturidade cresceu 3 pontos base para 3,308%.
Já os juros da dívida italiana aliviaram 1,9 pontos base para 4,060%.
Dolar sobe e libra está a caminho da melhor semana do ano
O euro recua 0,33% para 1,0725 dólares, estando a volatilidade o par no nível mais baixo desde fevereiro do ano passado, segundo os dados compilados pela Bloomberg.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – sobe 0,18% para 103,74 pontos, à boleia dos mais recentes dados do trabalho que dão sustentação à continuação da política monetária restritiva da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Já a libra britânica cede 0,22% para 1,2498 dólares - mas, ainda assim, a caminho do maior ganho mensal deste ano, com os investidores à espera de mais uma subida dos juros diretores no Reino Unido, depois de na semana passada ter sido reportado que a inflação do país ficou acima do esperado.
Ouro desliza, mas mantém melhor semana desde abril
Na sessão desta sexta-feira, o metal amarelo desliza ligeiramente, pressionado pelos mais recentes dados do mercado de trabalho que dão sustentação à manutenção da política monetária restritiva da Reserva Federal (Fed) norte-americana - o que anima o dólar e penaliza os ativos denominados na nota verde.
O metal amarelo perde 0,10% para 1.975,99 dólares por onça.
Já no acumulado da semana, o ouro valoriza 1,8% - a caminho de registar a melhor semana desde abril.
A maior economia mundial criou 339 mil empregos em maio, superando largamente a estimativa média dos analistas, que apontava para 195 mil postos de trabalho, informou esta sexta-feira o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
Petróleo sobe com acordo para "debt ceiling" nos EUA
Os preços do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, impulsionados pelo facto de ter sido aprovada no Senado norte-americano a proposta para suspender o limite ao endividamento dos EUA, que já tinha tido também luz verde na Câmara dos Representantes. Esta aprovação no Congresso – só falta o presidente Joe Biden promulgar – evita que o país entre em incumprimento a partir de 5 de junho.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 2,21% para 71,65 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 2,26% para 75,96 dólares/barril.
Os investidores estão agora atentos ao que vai sendo dito sobre o que se espera da reunião dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) no próximo domingo, 4 de junho. Na semana passada apontava-se para um possível reforço do corte da oferta, mas agora esse cenário não parece tão certo.
Wall Street sobe mais de 1% e "yields" agravam-se após dados do desemprego
Wall Street arancou a sessão em terreno positivo, enquanto no mercado da dívida, as "yields" das obrigações norte-americanas agravaram-se, após serem divulgados os mais recentes dados relativos ao mercado de trabalho dos EUA.
O Dow Jones sobe 1,18% para 33.439,94 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) cresce 1,08% para 4.266,51 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite arrecada 1,05% para 13.238,80 pontos.
Os juros da dívida a dois anos – mais sensível às mudanças da Reserva Federal (Fed) norte-americana – somam 8,1 pontos base para 4,422%. Por sua vez, a "yield" das obrigações a dez anos agrava-se 4,4 pontos base para 3,639%.
A maior economia mundial criou 339 mil empregos em maio, superando largamente a estimativa média dos analistas, que apontava para 195 mil postos de trabalho, informou esta sexta-feira o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
Apesar destes números, a taxa de desemprego subiu 0,3 pontos percentuais face a abril, para 3,7%, máximo desde outubro do ano passado. Ainda assim, a taxa de desemprego nos EUA continua em níveis próximos dos mínimos históricos.
Os investidores estão atentos às ações da Amazon que somam 2,48%, após a notícia de que a tecnológica estará em conversações com operadoras para oferecer um serviço móvel de baixo custo ou até mesmo gratuito para clientes "prime".
A Lululemon Athletica dispara 15,26%, depois de ter reportado fortes resultados relativo ao primeiro trimestre, assim como um "guidance" acima do esperado para todo o ano fiscal.
A Broadcom cresce 2,19%, após a empresa anunciar que espera o dobro das vendas ligadas à inteligência artificial para este ano.
Euribor sobe a três meses para um novo máximo desde novembro de 2008
As taxas Euribor subiram a três e seis meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008, e mantiveram-se a 12 meses, depois de três sessões em que desceram em todos os prazos.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, manteve-se hoje em 3,875%, o mesmo valor de quinta-feira, depois de ter subido em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, avançou hoje, ao ser fixada em 3,728%, mais 0,007 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,781%, verificado também em 29 de maio.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 3,490%, mais 0,028 pontos, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Aprovação do "debt ceiling" no Senado dá alento às praças europeias
As principais praças europeias estão a negociar em alta pelo segundo dia consecutivo, a beneficiar da aprovação no Senado da suspensão do tecto da dívida dos Estados Unidos, que está a levar os investidores a retornarem aos ativos de risco.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,57% para 457,85 pontos. A sustentar os ganhos estão o setor mineiro, de retalho, automóvel e de petróleo e gás.
As atenções viram-se agora para os dados do emprego nos Estados Unidos referentes a maio. É esperada uma descida na velocidade de contratação, mas, estima a Bloomberg Economics, não o suficiente para afastar os membros da ala mais "hawkish" da Reserva Federal norte-americana.
"Se os dados de hoje não forem satisfatórios abre-se a porta a mais subidas das taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana. Mas se o mercado de trabalho desacelerar mais que o esperado, isso vai permitir uma pausa em junho, o que não significa que não existirão mais subidas no resto do ano", afirmou Janet Mui, da Brewin Dolphin à Bloomberg.
Na Europa, o membro do conselho do Banco Central Europeu, Fabio Panetta, afirmou, em entrevista ao Le Monde, que o BCE ainda não terminou o ciclo de aperto da política monetária, embora não tenha de subir muito mais os juros diretores.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,72%, o francês CAC-40 valoriza 0,82%, o italiano FTSEMIB ganha 0,46%, o britânico FTSE 100 sobe 0,49% e o espanhol IBEX 35 pula 0,67%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,43%.
Juros da Zona Euro agravam-se com maior apetite pelo risco
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão maioritariamente a agravar-se, com os investidores a virarem-se para ativos de maior risco.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, soma 2,8 pontos base para 2,271% e os juros da dívida portuguesa sobem 1,3 pontos base para 2,960%.
Os juros da dívida pública italiana com a mesma maturidade estão em contraciclo e recuam 0,2 pontos base para 4,077%, ao passo que a "yield" das obrigações espanholas sobe 1,3 pontos base para 3,292%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica somam 2,7 pontos base para 4,135%.
Dólar caminha para maior queda semanal desde janeiro
O dólar está a negociar praticamente inalterado e a caminho da maior queda semanal desde meados de janeiro, pressionado pela possibilidade de a Fed manter as taxas de juro inalteradas na reunião de política monetária deste mês.
O dólar recua 0,03% para 0,9289 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas – cede 0,03% para 103,527 pontos.
A aprovação no Senado da suspensão do tecto da dívida norte-americana também está a retirar apoio ao dólar, que tinha sido a moeda mais beneficiada, como ativo-refúgio.
"Com o 'debt-ceiling' a ficar para trás, o foco está de volta aos bancos centrais e dados económicos, afirmou analista Fion Cincotta do City Index, à Reuters.
Ouro inalterado, mas a caminho do maior ganho semanal em dois meses
O ouro está a negociar praticamente inalterado, mas a caminho do maior ganho semanal em dois meses, com o dólar a perder força e a possibilidade de a Reserva Federal realizar uma pausa na subida das taxas de juro, a sustentar os ganhos do metal.
O ouro cede 0,06% para 1.976,43 dólares por onça.
Ainda a oferecer algum potencial ao ouro está o dólar em mínimos de uma semana, fazendo com que o metal amarelo seja mais barato para compradores em moeda estrangeira.
Petróleo sobe com aprovação do tecto da dívida no Senado
O petróleo está a valorizar esta sexta-feira, potenciado pela aprovação no Senado do tecto da dívida norte-americana e, ao mesmo tempo, com os investidores a virarem atenções para a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), que se juntam este domingo. Não é ainda certo se existirá um corte na produção.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,91% para 70,74 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,96% para 74,99 dólares por barril.
O resultado da reunião deste fim de semana da OPEP+ é ainda muito incerto. Analistas do HSBC e Goldman Sachs, citados pela Reuters, indicam que mais cortes na produção são improváveis e que o bloco adotaria uma abordagem de "esperar para ver".
Outros observadores do mercado têm apontado para os fracos dados da produção industrial na China e nos Estados Unidos para justificar um corte na produção.
"Os preços do petróleo estão a estabilizar depois de uma ronda de dados da produção abaixo do esperado, que apontam para um novo corte na produção petrolífera", comentou Ed Moya, analista da OANDA, à Reuters.
Europa com a mira em ganhos. Tecnológicas empurram Ásia para o verde
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão positivo, com a negociação a ser influenciada por uma pausa, cada vez mais tida como certa, do ciclo de aperto da política monetária por parte da Reserva Federal norte-americana.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,5%
Em sentido oposto, o governador François Villeroy de Galhau e membro do conselho do Banco Central Europeu, afirmou esta quinta-feira que a rápida subida das taxas de juro está a começar a ter impacto na inflação subjacente e apontou ara que os restantes aumentos de juros sejam "relativamente marginais".
Na Ásia, a sessão foi de ganhos, apontado para o melhor saldo semanal desde março. A sustentar os ganhos estiveram tecnológicas chinesas, como a Tencent, Alibaba e TSMC.
A pautar a negociação e a acalmar os ânimos das últimas semanas esteve a votação de legislação no Senado para suspender o tecto da dívida dos Estados Unidos e impor restrições nos gastos do governo até às eleições de 2024.
Apesar do "rally", as preocupações relativamente ao estado de saúde das empresas e recuperação económica permanecem. Analistas do Goldman Sachs cortaram o preço alvo do MSCI China Index, o índice agregador das cotadas chinesas, em 12,5%, devido a perspetivas de resultados das empresas mais baixos e um yuan mais fraco. "O crescimento da China tem potencial em termos de longo-prazo, mas a curto-prazo ainda vemos algumas complicações e são necessários estímulos do governo central", explicaram, numa nota vista pela Bloomberg.
Na China, Xangai subiu 0,7% e, em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 3,4%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,9%, enquanto no Japão, o Topix pulou 1,1% e o Nikkei somou 0,8%.