Notícia
Stoxx 600 tem maior queda do último mês com receios de desaceleração económica
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Stoxx 600 tem maior queda do último mês com receios de desaceleração económica
As bolsas europeias cederam terreno nesta quinta-feira, com o índice de referência a registar a maior queda do último mês após a maior série de ganhos desde novembro de 2021.
A pressionar o sentimento dos investidores estiveram os receios de abrandamento económico, numa altura em que as atenções estão a virar-se para o arranque da época de divulgação dos resultados das cotadas.
O índice de referência Stoxx 600 fechou a cair 1,48%, o maior recuo desde 15 de dezembro para 450,75 pontos.
A penalizar estiveram sobretudo as tecnológicas e o retalho, ao passo que os setores das viagens & lazer e da alimentação tiveram um movimento positivo.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax deslizou 1,72%, o francês CAC-40 desvalorizou 1,86%, o espanhol IBEX 35 cedeu 1,60%, o britânico FTSE caiu 1,07% e o italiano FTSE MIB perdeu 1,75%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 1,79%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravaram-se na Zona Euro, ao som das declarações "hawkish" de um dos membros do conselho do BCE e no mesmo dia em que a instituição publicou os relatos da última reunião de política monetária.
A "yield" das Bunds almãs a dez anos - referência para o mercado europeu - cresceu 4 pontos base para 2,050%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos somaram 1,8 pontos base para 3,763%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos subiu 3,2 pontos base para 2,881%, enquanto os juros das obrigações espanholas somaram 3,5 pontos base para 2,982%.
Klaas Knot, um dos membros do conselho do BCE, frisou a necessidade de mais aumentos de 50 pontos base das taxas de juro diretoras nos próximos tempos para fazer frente à inflação.
Por sua vez, os investidores estiveram a digerir os últimos relatos da autoridade monetária que indicam que um grande número de membros do BCE expressou preferência por um aumento de 75 pontos base na última reunião em dezembro, tendo a instituição acabado por subir os juros diretores em 50 pontos base.
Euro avança ligeiramente após publicação dos relatos do BCE
O euro negoceia na linha d’ água, mais inclinado para terreno positivo, no mesmo dia em que os investidores digerem os relatos da última reunião da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
A moeda única avança ligeiramente (0,07%) para 1,0802 dólares.
O Banco Central Europeu (BCE) avançou com uma subida de 50 pontos base em dezembro, mas um grande número de membros da autoridade monetária expressou preferência por um aumento de 75 pontos base. A informação consta dos relatos da última reunião do BCE, em meados de dezembro, divulgados esta quinta-feira.
Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – recua ligeiramente (-0,07%) para 102,295 pontos, após serem divulgados os números do desemprego nos EUA.
Ouro interrompe três dias de quedas atento aos dados económicos
O ouro interrompe três dias de quedas, estando a valorizar 0,87% para 1.920,59 dólares por onça, com os dados macroeconómicos a darem uma imagem pouco nítida do estado da economia norte-americana, o que também fornece pistas difusas sobre o futuro da política monetária da Fed.
Se por um lado, a queda do índice de preços no produtor e dos números das vendas do retalho em dezembro - divulgados esta quarta-feira - davam sinais de que a economia estava a abrandar, por outro lado, os pedidos de subsídios de desemprego da semana passada - publicados esta quinta-feira - indicam um sinal contrário.
O total de pedidos apresentados até 14 de janeiro deslizaram para 190 mil, quando os economistas consultados pela Reuters apontavam para 214 mil requerimentos.
O ouro é sensível à política monetária, já que uma política "hawkish" tende a impulsionar o dólar, reduzindo o apetite dos investidores que negoceiam com outras moedas por matérias-primas denominadas na nota verde, como é o caso do metal amarelo.
Petróleo avança com perspetiva de aperto da oferta
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta, devido sobretudo ao esperado aumento da procura por parte da China. Isto numa altura em que as restrições adicionais às exportações russas sugerem que a oferta do mercado irá permanecer apertada.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 1,21% para 80,44 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 1,37% para 86,14 dólares.
O líder da Agência Internacional da Energia (AIE), Fatih Birol, disse hoje que os mercados energéticos poderão ficar mais apertados em 2023, tendo acrescentado que espera que os preços não subam mais – de modo a aliviar a pressão sobre os países em desenvolvimento que importam energia.
"Earnings season" dececiona. Wall Street em queda
Wall Street arrancou a sessão no vermelho, à medida que a "earnings season" acelera nos EUA e após terem sido divulgados dados relativos ao mercado de trabalho norte-americano.
O industrial Dow Jones desliza 0,72% para 33.055,79 pontos, enquanto o S&P 500 desvaloriza 0,73% para 3.900,27 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,82% para 10.867,23 pontos.
O arranque de sessão foi abalado pelos resultados da Procter & Gamble, KeyCorp e Allstate, os quais ficaram abaixo das estimativas dos analistas.
Assim, as ações da Procter &Gamble seguem a cair 1,01%, enquanto os títulos da KeyCorp descem 3,06%. Já a Allstate tomba 5,82%.
Os investidores estão ainda a digerir o número de novos pedido de subsídios de desemprego na semana passada, os quais caíram contrariando as expectativas.
O total de pedidos apresentados até 14 de janeiro deslizaram para 190 mil, quando os economistas consultados pela Reuters apontavam para 214 mil requerimentos.
Taxa Euribor a 3 meses sobe para novo máximo de 14 anos
As taxas Euribor subiram esta quinta-feira a três e seis meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde janeiro de 2009, e desceram a 12 meses em relação a quarta-feira.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou para 2,857%, mais 0,025 pontos e contra 2,878% em 17 de janeiro, um máximo desde janeiro de 2009.
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,321% em novembro para 2,560% em dezembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu esta quinta-feira, ao ser fixada em 2,393%, mais 0,051 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,825% em novembro para 2,063% em dezembro.
Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a Euribor baixou esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,300%, menos 0,011 pontos, contra 3,370% em 11 de janeiro, um máximo desde dezembro de 2008.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,828% em novembro para 3,018% em dezembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa segue Wall Street e desperta pintada de vermelho
As bolsas europeias acordaram pintadas de vermelho, seguindo a tendência observada em Wall Street na noite de quarta-feira, em que derraparam mais de 1%. A pressionar os ativos de risco estão dados económicos mais fracos do que o esperado do outro lado do Altântico, que aumentaram os receios de uma recessão.
A perda nas bolsas europeias acontece também numa altura em que os investidores direcionam as atenções para os relatos da última reunião de política monetária do BCE, em dezembro, e para a divulgação de resultados no último trimestre de 2022 das empresas.
O Stoxx 600, referência para a região, que ontem fechou a maior série de ganhos desde novembro de 2021, desce 0,83% para 453,71 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o do petróleo & gás é o que mais cede (-2,15%), seguido pelo dos recursos naturais (-2,10%) e o automóvel (-1,36%).
Nas principais praças europeias, o alemão Dax perde 0,81%, o francês CAC-40 recua 0,68%, o espanhol Ibex desvaloriza 0,99% e o Aex, em Amesterdão, perde 0,78%. Já o britânico FTSE 100 perde 0,57% e o italiano FTSE Mib cede 0,88%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros da dívida soberana seguem a agravar-se na Zona Euro, ao mesmo tempo que as bolsas europeias negoceiam no vermelho, o que revela um menor apetite dos investidores pelo risco. Isto num dia em que serão divulgados os relatos da última reunião de política monetária, em dezembro, do BCE.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, sobem 0,9 pontos base para 2,019%, enquanto os juros da dívida pública italiana aumentam 1 ponto base para 3,756%.
Já os juros da dívida francesa crescem 1 ponto base para 2,451%, a "yield" da dívida espanhola sobe 1,2 pontos base para 2,962% e os juros da dívida portuguesa aumentam 2,3 pontos base para 2,873%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica descem 2,4 pontos base para 3,285%.
Dados económicos dão força ao ouro e penalizam o dólar. Euro soma e segue
O ouro segue a valorizar após três dias de perdas, impulsionado por dados macroeconómicos abaixo do esperado do outro lado do Atlântico. Tanto as vendas a retalho nos Estados Unidos como o índice de preços no produtor recuaram, o que deu força às expectativas de que a Reserva Federal norte-americana poderá abrandar o ritmos da subida da taxa de juro diretora.
O metal amarelo sobe 0,44% para os 1.912,49 dólares por onça, enquanto o paládio cede 0,63% para os 1.711,67 dólares e a platina recua 0,12% para os 1.040,52 dólares.
As vendas a retalho recuaram para o valor mais alto num ano, o que, aliado ao abrandamento do índice de preços no produtor fazem soar os alarmes quanto a uma recessão.
Tendo uma correlação negativa, os mesmos dados que deram força ao ouro, colocaram o dólar a cair. O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – cai 0,14% para 102,215 pontos.
O euro é uma das moedas que valoriza face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a subir 0,22% para 1.0818 dólares.
Aumento de reservas pressiona petróleo. Frio impulsiona gás
O petróleo segue a desvalorizar, pressionado por uma subida do inventário de crude que eliminou o otimismo quanto a um aumento da procura pela matéria-prima com a reabertura da China, maior importador mundial de "ouro negro".
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, perde 1,22% para 78,51 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 1,09% para 84,05 dólares.
O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) reportou um aumento de 7,6 milhões de barris nas reservas em território norte-americano na última semana, revelaram fontes conhecedoras do tema à Bloomberg. Dados estes que retiraram força à expectativa de que a reabertura na China levaria a um aumento substancial da procura, uma narrativa que vinha a dominar o mercado do petróleo nas últimas semanas.
No mercado do gás natural, os contratos negociados a um mês seguem a valorizar, numa altura em que partes da Europa atravessam uma vaga de frio. Com as previsões meteorológicas a apontarem para que as temperaturas se mantenham baixas até meados da próxima semana, os preços sobem, uma vez que a necessidade de aquecimento aumenta.
Os futuros do gás negociado em Amesterdão, o TTF, sobem 3% para 63,570 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para o vermelho. Ásia fecha mista
As bolsas europeias apontam para um arranque de sessão em terreno negativo, num dia em que os investidores aguardam a divulgação dos relatos do Banco Central Europeu (BCE) do último encontro de política monetária, em dezembro.
Os futuros do Euro Stoxx 50 cedem 0,6%. A presidente do BCE participa hoje num painel em Davos, enquanto Isabel Schnabel, que é também membro do conselho do BCE, fala num webinar sobre política monetária, sendo estes discursos a que os investidores vão estar atentos.
Na Ásia, a sessão fechou mista, após as bolsas japonesas terem perdido os ganhos de início da sessão e de as empresas cotadas em Hong Kong terem oscilado entre ganhos e perdas, com as tecnológicas a terem o pior desempenho.
Na China, Xangai avançou 0,49%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, desceu 0,21%. Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 0,51%. No Japão, o Topix caiu 1% e o Nikkei recuou 1,44%.