Notícia
Verde domina na Europa, com banca a impulsionar subida. Petróleo regressa aos ganhos
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Verde domina na Europa, com banca a impulsionar subida
As bolsas europeias fecharam maioritariamente com ganhos, num dia em que os investidores avaliam mais um conjunto de contas trimestrais à procura de sinais do impacto da inflação e das taxas de juro.
O Stoxx 600, referência para a região, subiu 0,18% para os 464.03 pontos, com o setor industrial e o da banca a serem os que mais subiram (1,30% e 1,09%). Já o setor dos media e o do petróleo & gás cederam 1,72% e 1,02%, respetivamente.
Entre as principais movimentações, o Barclays subiu 5,32% para os 16,2 libras após ter revelado que os lucros aumentaram 27% para 2,2 mil milhões de dólares nos primeiros três meses do ano. Também o Deutsche Bank viu as ações valorizarem 1,96% para os 9,841 euros após ter apresentado o maior lucro em dez anos e anunciado que planeia reduzir a força de trabalho em 800 trabalhadores.
Entre as principais praças europeias, o alemão Dax somou 0,03%, o francês CAC-40 cresceu 0,23%, o espanhol Ibex 35 valorizou 0,22%, o italiano FTSE Mib avançou 0,19% e o Aex, em Amesterdão, subiu 0,40%. Já o britânico FTSE 100 perdeu 0,27%.
Apesar de os resultados trimestrais estarem a ser melhores do que o esperado até agora, as bolsas seguem a registar ganhos moderados, com os analistas a alertarem que as perspetivas para este ano estão ainda muito elevadas perante as ameaças de recessão.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravaram-se na Zona Euro, num dia marcado pelo apetite pelo risco e numa altura que os investidores avaliam o impacto da inflação e da subida dos juros diretores nas contas das empresas europeias.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – somou 6,3 pontos base para 2,455%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos agravaram-se 7,9 pontos base para 4,341%.
A "yield" das obrigações nacionais a dez anos cresceu 5,5 pontos base para 3,279%.
Por fim, os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade agravaram-se 6,4 pontos base 3,503%.
Petróleo inverte para ganhos
Os preços do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, recuperando assim do movimento de queda do início da tarde.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,43% para 74,62 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,45% para 78,04 dólares.
Dados da inflação dão força ao dólar
A nota verde soma pontos, numa altura que os investidores digerem os mais recentes números da inflação na ótica da despesa do consumidor – o chamado indicador PCE, tido pelos economistas como o indicador preferido da Fed no que toca à evolução dos preços.
O PCE aumentou 4,2% no primeiro trimestre deste ano, acima da estimativa de 3,7% citada pela CNBC. Já o "core" do indicador cresceu 4,9% durante este mesmo período, acima dos 4,4% apontados pelos economistas citados pela cadeia norte-americana de televisão.
O aumento dos preços dá sustento à expectativa da manutenção da política monetária restritiva da Fed, o que anima a nota verde face a congéneres de peso, como a moeda única europeia. O euro segue a perder 0,28% para 1,1010 euros.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras 10 divisas – sobe 0,16% para 101,625 pontos.
Ouro perde brilho após divulgação de dados sobre economia americana
O ouro recua 0,19% para 1.985,23 dólares por onça, numa altura que o mercado digere os mais recentes dados macroeconómicos dos EUA. Platina, prata e paládio seguem esta tendência negativa.
A economia norte-americana cresceu 1,1% em termos anuais nos primeiros três meses do ano, revelou o Departamento do Comércio, um valor bem abaixo dos 2% esperados pelos analistas consultados pela Reuters.
Ainda esta quinta-feira foi divulgado, pela mesma entidade, o número de novos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos - que diminuiu em cerca de 16 mil pedidos na semana terminada a 22 de abril, fixando-se em 230 mil pedidos.
Paralelamente, os investidores digerem os mais recentes números da inflação na ótica da despesa do consumidor – o chamado indicador PCE, tido pelos economistas como o indicador preferido da Fed no que toca à evolução dos preços.
O PCE aumentou 4,2% no primeiro trimestre deste ano, acima da estimativa de 3,7% citada pela CNBC. Já o "core" do indicador cresceu 4,9% durante este mesmo período, acima dos 4,4% apontados pelos economistas citados pela cadeia norte-americana de televisão.
"Big tech" dão força a Wall Street. Meta dispara 14% após resultados
Wall Street começou hoje a negociar em terreno positivo, com os investidores a avaliarem os resultados melhores do que o esperado das "big tech", que se estão a sobrepor a dados divulgados esta quinta-feira que mostram que a economia norte-americana desacelerou mais do que antecipado no primeiro trimestre.
O índice industrial Dow Jones sobe 0,44% para 33.448,13 pontos, ao passo que o Standard & Poor’s 500 soma 0,73% para 4.085.62 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite ganha 1,02% para 11.975,35 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado está a Meta que valoriza 14,03%, após ter revelado ontem as contas dos primeiros três meses do ano, apresentando, pela primeira vez em quatro trimestres um aumento das receitas em 3% para 28,65 mil milhões de dólares, acima da expectativa dos analistas.
Depois do fecho da sessão o foco deve virar-se para os resultados da Amazon e Intel.
Apesar dos bons resultados das tecnológicas, com a Alphabet, a Netflix e a Microsoft também a superarem expectativas, o sentimento está a ser contido devido a uma leitura do PIB nos Estados Unidos. A economia norte-americana cresceu 1,1% em termos anuais nos primeiros três meses do ano, revelou o Departamento do Comércio, um valor bem abaixo dos 2% esperados pelos analistas consultados pela Reuters.
Ainda esta quinta-feira foi divulgado, pela mesma entidade, o número de pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos que diminui em cerca de 16 mil pedidos na semana terminada a 22 de abril, fixando-se em 230 mil pedidos.
Paralelamente, os investidores digerem os mais recentes números da inflação na ótica da despesa do consumidor – o chamado indicador PCE, tido pelos economistas como o indicador preferido da Fed no que toca à evolução dos preços.
O PCE aumentou 4,2% no primeiro trimestre deste ano, acima da estimativa de 3,7% citada pela CNBC. Já o "core" do indicador cresceu 4,9% durante este mesmo período, acima dos 4,4% apontados pelos economistas citados pela cadeia norte-americana de televisão.
Euribor sobe a três meses e cai a seis e a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses em relação a quarta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 3,852%, menos 0,006 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,534% em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também baixou hoje, para 3,618%, menos 0,030 pontos e contra um novo máximo desde novembro de 2008, de 3,648% registado em 26 de abril.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, para 3,250%, mais 0,008 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,288%, verificado em 14 de abril.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa abre mista com "earnings season" a dominar atenções
Depois da maior queda num mês, os principais índices europeus estão a negociar mistos esta quinta-feira, com os investidores a avaliarem os resultados das empresas cotadas relativos ao primeiro trimestre, à procura de sinais do impacto de uma inflação persistente e taxas de juro mais elevadas.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,05% para 463,45 pontos, com o setor industrial e automóvel a subirem mais de 1% e o setor de media e produtos químicos a impedirem maiores ganhos, ao descerem mais de 1%.
Entre as empresas que apresentaram contas referentes ao primeiro trimestre hoje, a Unilever sobe 1,57%, depois de ter registado vendas melhores do que o esperado, com o consumo a ser resiliente mesmo com o aumento dos preços.
Já o Deutsche Bank sobe 1,9%, após ter anunciado mais reduções de custos e ter revelado que está a trabalhar em ultrapassar os objetivos de receitas a médio-prazo.
"O que está a conduzir a cautela [no mercado] é que os 'traders' vêm mais catalisadores em baixa com a 'earnings season' e divulgação de dados macroeconómicos", afirmou Paul de la Baume estratega do FlowBank, à Bloomberg.
"O 'debt ceiling' nos Estados Unidos, receios de uma recessão e riscos de uma inflação ainda estão a pesar no sentimento do mercado, apesar dos resultados melhores do que o esperado", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 sobe 0,25% e o italiano FTSEMIB soma 0,2%. Já em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,34%, o espanhol IBEX 35 recua 0,05% e o alemão DAX desliza 0,01%.
Juros agravam-se na Zona Euro com foco na reunião do BCE
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta quarta-feira, no dia em que os responsáveis do Banco Central Europeu entram num período de silêncio antes da reunião de política monetária da próxima semana.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, sobe 2,8 pontos base para 2,419% e os juros da dívida pública italiana avançam 4,3 pontos base para 4,306%.
Os juros da dívida soberana portuguesa com a mesma maturidade agravam-se 2,5 pontos base para 3,249%, os da dívida espanhola sobem 3,1 pontos base para 3,47% e os da dívida francesa avançam 2,9 pontos base para 2,989%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica agravam-se 2,2 pontos base para 3,744%.
Euro ganha face ao dólar e aproxima-se de máximos de um ano
O euro está a valorizar e perto de máximos de um ano face ao dólar, numa altura em que a moeda única europeia encontra apoio de uma economia resiliente face ao contágio da crise da banca nos Estados Unidos, bem como a questão do "debt ceiling" e uma potencial recessão.
O euro ganha 0,11% para 1,1053 face ao dólar. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras 10 divisas – recua 0,11% para 101,36 pontos.
"A economia resiliente na Zona Euro, bem como inflação subjacente que ainda vai subir e não descer, pode o Banco Central Europeu a manter a sua posição 'hawkish', apoiando o euro", afirmou a analista Kristina Clifton, do Commonwealth Bank of Australia à Reuters.
Incerteza económica dá força ao ouro
O ouro está a valorizar e a encontrar apoio numa ligeira descida do dólar, numa altura em que os receios relativamente ao estado da economia norte-americana regressam em antecipação de um conjunto de dados económicos que deverão contribuir para a a política monetária da Reserva Federal norte-americana.
O ouro sobe 0,61% para 2.001,13 dólares por onça, estando novamente a negociar acima dos dois mil dólares por onça.
A sustentar o metal amarelo está ainda a aprovação esta quarta-feira do limite ao endividamento (conhecido como "debt ceiling") nos Estados Unidos, bem como a questão em torno da venda do First Republic Bank.
Dado "o tom de preocupação com a situação na banca" e as "incertezas geradas com o 'debt ceiling', o ouro vai provavelmente estar mais sensível a uma valorização do que a uma desvalorização", afirmou o analista Edward Meir da Marex à Reuters.
Petróleo interrompe fortes quedas e valoriza
O petróleo está a valorizar esta quinta-feira, encontrando algum apoio depois de duas sessões de fortes quedas.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, sobe 0,28% para 74,58 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha 0,55% para 78,12 dólares.
Ainda assim, o "ouro negro" perdeu 6% nas duas últimas sessões, numa altura que segue a ser pressionado por receios de uma recessão nos Estados Unidos e um aumento das exportações de crude russo que reduzem o impacto do corte de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciado no início do mês.
No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, avança 0,4% para os 39 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para o vermelho. Ásia mista
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura no vermelho, depois de esta quarta-feira terem negociado também em baixa, numa altura em que os investidores avaliam os resultados das cotadas, bem como o crescimento económico na região.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,3%.
Entre as empresas que já apresentaram resultados esta quinta-feira estão a STMicroelectronics e o BBVA e entre as que irão apresentar estão a AstraZeneca, o Barclays e o Deutsche Bank.
Na Ásia, a sessão foi mista com a sessão a ser fortemente influenciada pelas quedas em Wall Street, num dia que ficou marcado por renovadas preocupações em torno da saúde da banca norte-americana, que se sobrepôs aos resultados das tecnológicas melhores do que o esperado.
A registar as maiores quedas estiveram a Tencent e a Alibaba, sendo que os investidores estiveram focados nos resultados da Samsung, que apesar de ter revelado contas abaixo do esperado, deu um "guidance" positivo para o resto do ano.
Na China, Xangai subiu 0,2% e em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,28%. No Japão, o Topix cresceu 0,35% e o Nikkei recuou 0,2%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,35%.