Europa termina sessão mista. BBVA perde mais de 4% devido a empresa turca

Os principais índices europeus terminaram o dia mistos, com os investidores a avaliarem os resultados das empresas referentes aos primeiro três meses do ano, ao mesmo tempo que se olham para as perspetivas relativamente à política monetária.

O Stoxx 600, índice de referência para a região, subiu 0,25% para os 466,67 pontos, com os setores do imobiliário, viagens e mineiro a registarem os maiores ganhos, acima de 1%. Dos 20 setores que compõem o "benchmark", apenas os de retalho, media e produtos químicos desvalorizaram.

Entre os principais movimentos de mercado, a Siemens Energy subiu quase 4%, após ter atualizado em alta as expectativas de receitas para o resto do ano. Já a multinacional de seguros Axa avançou mais de 2%, depois de ter anunciado um melhor objetivo para os lucros de 2023, após as vendas do primeiro trimestre terem aumentado.

Já o BBVA, que detém 86% da empresa de serviços financeiros turca Garanti, caiu mais de 4%, depois de os resultados das eleições na primeira volta na Turquia terem falhado em eleger o presidente do país por falta de maioria, gerando alguma incerteza aos investidores sobre o que poderá acontecer na segunda volta marcada para 28 de maio.

Nas principais praças europeias, o alemão Dax avançou 0,02%, o francês CAC-40 subiu 0,05%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,3% e o Aex, em Amesterdão, cresceu 0,42%. Apenas o espanhol Ibex 35 e o italiano FTSE MIB terminaram a sessão no vermelho a perderem 0,35% e 0,37%, respetivamente.

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro terminaram a sessão a agravar-se, com os investidores a digerirem um leilão de obrigações do mecanismo de estabilidade europeu (ESM, na sigla em inglês), de dois mil milhões de euros a 10,25 anos.

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, subiu 3,1 pontos base para 2,304%, enquanto os juros da dívida pública italiana somaram 0,5 pontos base para 4,179%.

Os juros da dívida portuguesa cresceram 2,1 pontos base para 3,094%, os da dívida espanhola aumentaram 2 pontos base para 3,369% e os da dívida francesa agravaram-se 2,8 pontos base para 2,878%.

Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica com a mesma maturidade subiram 3,9 pontos base para 3,811%.

Petróleo ganha com aperto da oferta

Os preços do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, animados pela perspetiva de um aperto da oferta devido aos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+).

Isto numa altura em que a retoma das compras dos EUA para a reconstituição das suas reservas ofuscou os receios de uma menor procura por parte de grandes consumidores mundiais – como os Estados Unidos e a China – decorrente de uma potencial contração económica.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 1,63% para 71,18 dólares por barril.

Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,59% para 75,35 dólares.

Lira turca cede, mas bancos limitam perdas. Euro cresce face ao dólar

A lira turca recua 0,19% para 0,0508 dólares e cede 0,40% para 0,0467 euros, no mesmo dia em que a Comissão Eleitoral da Turquia informou que o país vai realziar, dia 28 de maio, a segunda volta nas presidenciais.

A Bloomberg avança, citando fontes conhecedoras do assunto, que alguns bancos estatais estão a intervir no mercado cambial, de forma a limitar as perdas da lira turca.

O euro soma 0,24% para 1,0875 dólares, depois de o membro do conselho do BCE, Joachim Nagel, ter alertado para a necessidade de também os governos terem de se esforçar pelo combate contra a inflação, com o controlo das suas políticas orçamentais.

Por fim, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – perde 0,19% para 102,48 pontos, numa altura em que as atenções dos investidores se centram na Casa Branca, onde esta terça-feira o presidente norte-americano, Joe Biden, e os líderes do Congresso dos EUA, tentam evitar o "default" do país.

Biden puxa o brilho ao ouro

O ouro valoriza, quebrando um ciclo de três dias de perdas, com os investidores atentos aos mais recentes desenvolvimentos sobre os trabalhos do Congresso e Casa Branca, de forma a evitar um "default" dos EUA.

O metal amarelo sobe 0,44% para 2.019,71 dólares a onça.

Os investidores aguardam a reunião desta terça-feira do presidente norte-americano, Joe Biden, com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, e outros líderes do Congresso, para as negociações que visam evitar um "default" dos EUA, depois de o país ter superado o tecto da dívida.

Este domingo, Biden deu, em declarações aos jornalistas em Delaware, uma nota de esperança sobre o futuro destas conversações.

"Há um desejo, tanto nosso como da parte [dos líderes do Congresso], de chegar a um acordo", frisou o chefe de Estado.

Por outro lado, o mercado digere o mais recente inquérito realizado pela Universidade de Michingan. A sondagem da instituição coloca as expectativas dos investidores sobre o futuro da inflação nos EUA em máximos de 12 anos.

Wall Street começa semana mista de olhos postos na Casa Branca

Wall Street começou a sessão de forma mista, com os investidores atentos às conversações dos líderes políticos norte-americanos sobre o tecto de dívida do país, de forma a impedir o "default" da nação. 

O industrial Dow Jones cai 0,24% para 33.221,17 pontos, enquanto o S&P 500 arrancou a sessão na linha de água (0,02%) para 4.123,25 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,18% para 12.307,10 pontos.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou para o risco de os Estados Unidos entrarem em incumprimento a partir de 1 de junho.

O presidente norte-americano, Joe Biden, reúne-se na terça-feira com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, e outros líderes do Congresso para negociações que visam evitar esse cenário.

O encontro estava marcado para a passada sexta-feira, mas foi adiado devido ao desenvolvimento de trabalhos relativamente a este assunto por parte das equipas das várias partes envolvidas, tendo o trabalho sido prolongado pelo fim de semana.

Os investidores estão atentos às ações da Oneok, as quais caem 8,57%, após a oferta pela Magellan Midstream Partners ter falhado.

Já a Shake Shak soma 5,08%, numa altura em que um acionista ativista planeia propor mudanças no "board" da empresa.

Euribor a três e seis meses sobe para novos máximos desde novembro de 2008

A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses, e nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde novembro de 2008.

A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 3,805%, mais 0,006 pontos, mas abaixo do máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.

Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.

A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu hoje, para 3,663%, mais 0,025 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, para 3,358%, mais 0,010 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de2 022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Europa abre no verde com investidores atentos a contas e curso da política monetária

As bolsas europeias arrancaram no verde, num dia em que os investidores avaliam os mais recentes resultados trimestrais e as previsões para o curso da política monetária.

O Stoxx 600, índice de referência para a região, soma 0,24% para os 466,59 pontos, com praticamente todos os setores a valorizarem. Dos 20 que o compõem, só três desvalorizam: imobiliário (-0,19%), químico (-0,30%) e serviços financeiros (-0,09%).

Entre as principais movimentações, a Siemens valoriza 0,83% para 151,08 euros por ação após ter revisto em alta as previsões de receitas para o ano. Já a Axa sobe 2,71% para 27,675 euros depois de ter elevado o objetivo de lucros anuais após ter visto as vendas subirem no primeiro trimestre.

Nas principais praças europeias, o alemão Dax sobe 0,20%, o francês CAC-40 valoriza 0,51%, o italiano FTSE Mib soma 0,20%, o britânico FTSE 100 avança 0,27% e o Aex, em Amesterdão, cresce 0,43%. Apenas o espanhol Ibex 35 abriu o dia no vermelho, a perder 0,08%.

O Banco Central Europeu divulgou esta segunda-feira o boletim económico, que reúne a informação económica e monetária na base das decisões de política monetária do Conselho do BCE. Na nota, o banco central diz que o maior impacto das sucessivas subidas das taxas de juro na redução da inflação é esperado em 2024. 

Economistas ouvidos pela Bloomberg acreditam que o BCE irá manter as taxas de juro no valor mais alto durante mais tempo do que o esperado. 

Além das contas e do curso da política monetária, os investidores estão também atentos às negociações entre a administração Biden e o Congresso sobre formas de evitar um incumprimento dos Estados Unidos. O presidente norte-americano reúne-se terça-feira como o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores nas obrigações. O arranque em terreno positivo das bolsas europeias mostra, aliás, um maior apetite pelo risco, numa altura em que as atenções dos investidores estão nas negociações nos Estados Unidos para evitar um incumprimento.

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, sobem 3,7 pontos base para 2,309%, enquanto os juros da dívida pública italiana somam 1,1 pontos base para 4,184%.

Os juros da dívida portuguesa crescem 2,7 pontos base para 3,101%, os juros da dívida espanhola aumentam 2,4 pontos base para 3,373% e os juros da dívida francesa agravam-se 3,1 pontos base para 2,881%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica com a mesma maturidade sobem 3,1 pontos base para 3,803%.

Euro valoriza face ao dólar

O euro está a valorizar face à divisa norte-americana, num dia em que o Banco Central Europeu divulgou que a maior pressão nos preços fruto da política monetária levada a cabo pela autoridade monetária só será sentida no próximo ano. 

"O maior impacto na inflação é esperado de 2023 em diante, com o pico desse impacto a acontecer em 2024", pode ler-se numa nota divulgada esta segunda-feira.

A moeda única europeia sobe 0,24% para 1,0875 dólares. 

O BCE tem subido as taxas de juro desde julho do ano passado, com os economistas a esperarem pelo menos mais dois aumentos antes de uma pausa. 

Já a lira turca, segue a desvalorizar, tendo durante a manhã caído para mínimos de dois meses. Isto num dia em que já se espera que a Turquia tenha de ir novamente a votos no próximo dia 28 de maio. Os cidadãos dirigiram-se este domingo às urnas, mas, até à data, nenhum dos candidatos conseguiu mais de 50% dos votos.

Ouro regressa aos ganhos após três dias de queda

O ouro está a valorizar, após três dias consecutivos de perdas, numa altura em que o impasse sobre o limite da dívida federal dos Estados Unidos gerou algum nervosismo e acalmou a expectativa de que a Fed poderia ter de continuar a subir as taxas de juro para fazer face à inflação.

As atenções dos investidores estão do outro lado do Atlântico desde que a Secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou para o risco de os Estados Unidos entrarem em incumprimento a partir de 1 de junho. O presidente norte-americano, Joe Biden, reúne-se na terça-feira com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, para negociações que visam evitar esse cenário.

Segundo a Bloomberg, mais de metade de profissionais do setor financeiro disse que recorreria ao ouro se os Estados Unidos ficassem sem capacidade de fazer face às suas obrigações.

O metal amarelo soma 0,40% para 2.018,74 dólares por onça, o paládio valoriza 0,86% para 1.525,84 dólares, a platina cresce 1,26% para 1.066,29 dólares e a prata avança 0,22% para 24,11 dólares.

Petróleo desvaloriza com preocupações quanto à procura. Gás perde

Os preços do petróleo seguem a desvalorizar, numa altura em que as preocupações quanto a uma recuperação da economia mais lenta do que o esperado tanto na China como nos Estados Unidos pesam nas previsões da procura pela matéria-prima.

O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, recua 0,16% para 69,93 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 0,26% para 73,98 dólares por barril.

O petróleo já recuou 13% desde o início do ano, pressionado por receios de que uma possível recessão nos Estados Unidos se sobreponha às medidas tomadas pela Organização dos Países Produtores de Petróleo e seus aliados (OPEP+). A organização anunciou um corte da produção de ouro negro em mais de um milhão de barris por dia a partir de maio.

No mercado do gás natural, os preços da matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, recuam 2,49% para 31,9 euros por megawatt-hora.

Europa aponta para o verde e Ásia fecha com ganhos em dia de novos dados económicos

As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno positivo, num dia em que são conhecidos os dados da produção industrial na Zona Euro relativos a março.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,3%.

Os investidores seguem atentos à inflação persistente e às conversações nos Estados Unidos para evitar que o país entre em incumprimento. A Secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, anunciou no início de maio que o país poderia entrar em incumprimento da dívida nacional a 1 de junho, tendo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, excluído na passada semana qualquer hipótese de tal acontecer.

Na Ásia, a negociação fechou no verde, num dia em que os investidores aguardam também por novos dados económicos, como a produção industrial e as vendas a retalho. Além disso, as atenções estão sobre o presidente da Reserva Federal (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, que discursa esta segunda-feira na conferência anual do banco.

Na China, Xangai subiu 0,91% e em Hong Kong, o Hang Seng somou 1,96%. Na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 0,12%. No Japão, o Topix avançou 0,88% e o Nikkei subiu 0,81%.