Notícia
Europa regressa aos ganhos. Petróleo e ouro recuam
Acompanhe, minuto ao minuto, todos os desenvolvimentos dos mercados durante esta segunda-feira.
Europa fecha positiva e Stoxx50 tem melhor mês em dois anos
As praças europeias fecharam positivas a derradeira sessão de outubro, com exceção de Paris, onde o Cac-40 deslizou 0,10%.
Os ganhos foram impulsionados pelas cotadas de maior peso, o que levou o Stoxx50 a alcançar em outubro uma subida de cerca de 9% no melhor mês desde novembro de 2020.
Os setores com melhor desempenho esta segunda-feira foram o lazer e as telecoms.
O índice paneuropeu Stoxx600 avançou 0,39%, para os 412,38 pontos.
Com Lisboa a liderar os ganhos entre as principais praças da Europa Ocidental, o espanhol Ibex-35 ganhou 0,40%, enquanto o alemão Dax-30 subiu 0,27%.
O londrino FTSE avançou 0,90% e o italiano FTSEMIB valorizou 0,65%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravam-se na Zona Euro, na véspera da reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana (Fed).
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – agrava 4,1 pontos base para 2,136%.
Os juros da dívida italiana com a mesma maturidade somam 12,7 pontos base para – o aumento mais expressivo da Zona Euro – para 4,286%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional aumenta 6,5 pontos base para 3,121%, enquanto os juros das obrigações espanholas crescem 7,9 pontos base para 3,212%.
A Fed reúne-se esta terça-feira e quarta-feira para tomar decisões do foro da política monetária. O mercado aponta para uma nova subida da taxa de juro de referência em 75 pontos base.
Euro desliza face à força do dólar em vésperas da reunião da Fed
O euro desliza contra o dólar e o indicador de força da nota verde soma pontos, em vésperas da reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O euro cai 0,76% para 0,9879 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da moeda dos EUA contra 10 divisas rivais – soma 0,82% para 111,65 pontos. O mercado aponta para que a Reserva Federal norte-americana suba a taxa de fundos federais em 75 pontos base na reunião que arranca esta terça-feira e termina na quarta-feira.
Ouro a caminho da mais longa série de perdas mensais desde 1960
O ouro está prestes a fechar um sétimo mês de perdas, a mais longa sequência desde pelo menos 1960, de acordo com as contas da Bloomberg.
O metal amarelo cai 0,44% para 1.637,63 dólares por onça.
Esta segunda-feira o ouro amplia as perdas da semana passada, quando o metal amarelo deslizou abaixo da fasquia dos 1.650 dólares, com os mais recentes dados económicos a dar sustento para a aposta de uma subida da taxa de referência nos EUA em mais 75 pontos base. A Reserva Federal norte-americana reúne-se esta terça-feira e quarta-feira.
"A sensibilidade do ouro face aos fatores a longo prazo mudou, mas a perspetiva de futuro ainda é determinada direção do dólar e da Fed. Vemos riscos negativos até ao final do ano", escreve o UBS numa nota de "research".
O ouro tem sido penalizado pela subida da nota verde, impulsionada pela política monetária restritiva do banco central norte-americana iniciada em março deste ano.
Petróleo recua pressionado por dados vindos da China
Os preços do petróleo recuam esta segunda-feira, mas vão registar o primeiro ganho mensal desde maio. A pressionar o crude na sessão de hoje estão os dados económicos mais fracos do que o esperado na China, um dos maiores consumidores desta matéria-prima.
A atividade industrial e nos serviços na China contraiu em outubro arrastada pela política covid zero de Pequim e pela crise no mercado imobiliário do país.
Os contratos para entrega em dezembro do Brent, de referência para o mercado europeu, cedem 1%, para os 94,81 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI) recua 1,56%, cotando nos 86,53 dólares por barril.
Wall Street arranca negativa na última sessão do mês
Wall Street abriu a última sessão de outubro a negociar em terreno negativo, numa semana que vai ficar marcada pela demonstração de resultados de várias empresas, bem como por uma decisão de política monetária por parte da Reserva Federal norte-americana na quarta-feira.
O industrial Dow Jones recua 0,4%, para os 32.730,95 pontos, enquanto o índice alargado S&P 500 cee 0,67% para os 3.874,96 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite, apesar de ter subido perto de 3% na sexta-feira, perde 1,08% para os 10.982,94 pontos.
O mercado de "swaps" está a apontar para uma subida em 75 pontos base por parte da Fed, num aumento que deverá assim contribuir para a subida mais agressiva dos juros diretores por parte do banco central em quatro décadas.
Europa arranca no vermelho com época de resultados e bancos centrais debaixo de olho
A Europa arrancou a primeira sessão da semana - em que se aguardam mais contas do terceiro trimestre e decisões de bancos centrais como a Fed - a negociar no vermelho.
O Stoxx 600 - referência para a Europa - cai 0,21% para 409,90 pontos, com os setores dos recursos naturais (-0,84%) e do petróleo e do gás (-0,55%) a serem os que mais pressionam o índice.
Nas restantes praças europeias, o alemão DAX desce 0,06%, o francês CAC-40 recua 0,34%, o espanhol Ibex cede 0,25% e o italiano FTSEMIB desvaloriza 0,07%. Já o britânico FTSE 100 cai 0,12%.
Os investidores estão esta semana de olhos postos no Reino Unido e nos Estados Unidos, um vez que tanto a Fed como o Banco de Inglaterra deverão anunciar um novo aumento das taxas de juro. Também a divulgação dos resultados do terceiro trimestre estão sob as atenções dos investidores, que tentam obter sinais sobre se a elevada inflação e os consecutivos aumentos das taxas de juro já estão a pesar na procura e nas margens de lucro das empresas.
Juros da dívida portuguesa acima dos 3%
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, após um breve alívio na sequência do discurso da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde. Os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos sobem 3,6 pontos base para 3,093%, estando novamente acima da fasquia dos 3%.
A "yield" da dívida italiana é a que mais sobe, agrava-se 8,7 pontos base para 4,245%, enquanto as Bunds alemãs - referência para a Europa -, avançam 4,1 pontos base para 2,136%.
Já os juros da dívida francesa somam 4,4 pontos base para 2,651%, enquanto a "yield" da dívida espanhola com a mesma maturidade avançam 5,2 pontos base para 3,185%.
Fora da Zona Euro, no Reino Unido, os juros da dívida crescem 2,6 pontos base para 3,492%.
Euro abaixo da paridade com o dólar um dia antes da reunião da Fed
O euro segue a desvalorizar face ao dólar, estando a cair 0,47% para 0,9919 dólares. A moeda única europeia mantém-se assim a negociar abaixo da paridade com a nota verde.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais - avança 0,44% para 111.195 pontos, com o iene a perder e o dólar a ganhar, numa altura em que os investidores esperam que a Fed volte a subir as taxas de juro esta semana e após a decisão do Banco do Japão de manter a política monetária inalterada.
A nota verde segue a valorizar face à moeda japonesa, estando um dólar neste momento a valer 148,25 ienes.
Já a libra, que nas últimas semana variou ao sabor da crise política no Reino Unido, perde face ao dólar e mantém-se inalterada perante o euro. A moeda britânica perde 0,45% para 1,1563 dólares e mantém-se inalterada nos 1,1655 euros.
Ouro caminha para sétimo mês consecutivo de perdas
O ouro segue a desvalorizar um dia antes do arranque da reunião da Fed e caminha para o sétimo mês consecutivo de perdas, tratando-se da maior série de perdas desde finais de 1960.
O metal amarelo recua 0,35% para 1.639,13 dólares por onça. Desde o último pico, em março, o ouro perdeu 20% do seu valor, sendo que caminha para terminar o mês de outubro com uma queda de 1%.
A política monetária da Fed para combater a elevada inflação, através de consecutivos aumentos das taxas de juro, fortaleceu o dólar e ajudou a colocar o ouro sob pressão, uma vez que o metal não só não remunera juros, como é denominado na nota verde.
A platina, por sua vez, segue também a desvalorizar, estando a perder 1,87% para 930,23 dólares, enquanto o paládio perde 0,13% para 1.908,99 dólares e a prata recua 1,35% para 19 dólares.
Petróleo desvaloriza. Preços do gás recuam
O petróleo segue a negociar com ligeiras perdas, numa altura em que uma nova contração da atividade industrial na China agravou as preocupações quanto a uma redução da procura. Ainda assim, pela primeira vez desde outubro, o "ouro negro" caminha para fechar o mês com ganhos.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque - desvaloriza 0,50% para 87,46 dólares por barril, mantendo-se a negociar abaixo dos 88 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cede 0,54% para 95,25 dólares por barril.
Em termos mensais, o crude avançou 9% este mês, após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) de reduzir a produção de petróleo em dois milhões de barris por dia. A medida entra em vigor em novembro.
Já o preço dos contratos de gás natural negociado em Amesterdão (TTF), que serve de referência para o mercado europeu, cede 4,95% para 132,415 euros por megawatt-hora, após dois dias consecutivos a valorizar. A contribuir para esta queda estão as temperaturas acima da média para esta época do ano, o que atrasou a necessidade de aquecimento, permitindo o aumento das reservas desta matéria-prima.
Contudo, o CEO da gigante da energia italiana Eni SpA, Claudio Descalzi, alerta que a recente queda dos preços do gás natural poderá não durar. "É uma situação temporária. Teremos problemas em 2023, porque em 2023 não teremos gás russo", afirmou em Abu Dhabi, segundo a Bloomberg.
Europa inclina para o verde. Ásia fecha maioritariamente em terreno positivo
A Europa aponta para um arranque de sessão com ligeiros ganhos, num dia em que será divulgado o PIB e a inflação na Zona Euro. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 avançam 0,4%.
Já na Ásia, a negociação fechou maioritariamente em terreno positivo, com as tecnológicas a darem um forte contributo. Os índices seguiram assim a tendência observada nos mercados norte-americanos na sexta-feira, que terminaram o dia em terreno positivo, impulsionadas pelos resultados da Apple.
Na China, o Hang Seng cedeu 0,83% e Xangai caiu 0,77%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi avançou 1,11% e no Japão, o Nikkei somou 1,78% e o Topix cresceu 1,60%.
Os mercados estão de olhos postos na reunião da Reserva Federal norte-americana, que arranca já esta terça-feira. A expetativa é de que a autoridade monetária avance com uma nova subida das taxas de juro em 75 pontos base, mas que suaviza o discurso quanto ao futuro.