Notícia
Europa recua de olhos postos em Powell. Setor automóvel brilha com VW e BMW em destaque
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Ouro cede à espera da Fed
Os preços do metal amarelo estão a negociar em baixa ligeira alta, numa altura em que os investidores aguardam com expectativa o desfecho da reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana.
O ouro a pronto (spot) segue a ceder 0,22% para 1.727,11 dólares por onça no mercado londrino.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro desvalorizam 0,21%, para 1.727 dólares por onça.
O metal precioso segue assim com descidas ligeiras, enquanto os investidores esperam por pistas que possam sair hoje da reunião de dois dias da Fed.
"O ouro continua no modo de ‘esperar para ver’ as últimas projeções económicas da Fed. O metal amarelo ainda flirta com o nível-chave de $1.730, com baixa volatilidade, enquanto os investidores estão claramente à espera do resultado do Federal Open Market Committee", sublinha Carlo Alberto de Casa, analista chefe da ActivTrades, na sua análise diária.
"O tema central não é sobre decisões de curto prazo, mas sim sobre as previsões de médio e longo prazo. Do ponto de vista técnico, uma subida clara acima dos $1.740 abriria espaço para ganhos adicionais, enquanto uma queda abaixo da marca dos $ 1.700 mostraria fraqueza", acrescenta.
Europa recua apesar de setor automóvel brilhar à boleia de VW e BMW
As ações europeias caíram na sessão desta quarta-feira depois de terem atingido máximos de mais de um ano, com os setores mais sensíveis à subida de juros a recuarem, antes do fim da reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos.
O Stoxx 600 - índice que reúne as 600 maiores cotadas da região - perdeu 0,5%, com os setores das empresas de mineração (-2,1%), "utilities" (-1,7%) e de imobiliário (-1,2%) a liderarem as quedas na região.
Ainda assim, apesar das quedas, o setor automóvel ganhou tração no dia de hoje (3,3%), num dia em que a Volkswagen e a BMW brilharam depois de terem apresentado os seus planos de acelerar a produção de veículos elétricos.
Foi à boleia destas duas fabricantes automóveis germânicas que o índice alemão DAX, com sede em Frankfurt, conseguiu escapar às quedas registadas nas restantes praças europeias.
Daqui a umas horas, nos Estados Unidos, Jerome Powell - líder da Fed - irá protagonizar uma conferência de imprensa que vai marcar o final da reunião de dois dias do banco central e onde irá fazer as suas projeções macroeconómicas.
Juros do Tesouro em máximo de janeiro de 2020
A yield das obrigações do Tesouro dos Estados Unidos voltou a elevar-se, desta vez em 4,3 pontos base para os 1,663%, tocando um novo máximo, de janeiro de 2020.
Os juros da dívida a dez anos de Portugal seguiram a mesma tendência, somando 6 pontos base para os 0,255%, depois de já terem subido quase dois pontos base na sessão anterior. Na Alemanha, que é referência para a Europa, os juros agravaram 4,6 pontos base para os -0,292%.
As atenções estão viradas para a reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana, que acontece esta quarta-feira. Esperam-se as reações ao aumento dos juros, já que esta subida, geralmente associada a subidas na inflação, tem alimentado receios de que o banco central refreie a política de estímulos.
Petróleo recua com receios em torno da procura na Europa e aumento de stocks nos EUA
O "ouro negro" segue a ceder terreno, pela quarta sessão consecutiva, pressionado pelos receios de uma procura mais fraca na Europa e pelo aumento das reservas norte-americanas de crude.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em abril cede 0,82% para 64,27 dólares.
Já o contrato de maio do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,97% para 67,73 dólares.
A pressionar está o facto de vários países, sobretudo europeus, terem anunciado suspensão do uso da vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford contra a covid-19 (devido a potenciais efeitos secundários perigosos, depois dos relatos de surgimento de coágulos sanguíneos após a sua toma), o que ameaça a retoma da procura por combustível, uma vez que haverá atrasos nos processos de vacinação e, consequentemente, na reabertura total das economias.
Isto numa altura em que a Alemanha vê o número de casos de coronavírus a aumentar, Itália está a impor um lockdown em todo o país para a Páscoa e França pretende impor medidas mais restritas.
A contribuir para penalizar o mercado está o facto de as reservas norte-americanas de crude terem aumentado em 2,4 milhões de barris na semana passada. Tratou-se da quarta semana consecutiva de subida dos stocks – devido à pertubação nas operações de refinação no sul do país, com especial evidência no Texas, devido aos fortes nervões de finais do mês passado.
A trazer também alguma pressão aos preços está o facto de a Agência Internacional da Energia (AIE) ter dito hoje, no seu relatório mensal, que não é provável que as cotações do petróleo registem um aumento substancial e sustentado (afastando assim a ideia de um superciclo de subida), apesar de se esperar que as vacinas contra a covid estimulem a procura na segunda metade do ano.
Segundo a AIE, a procura por crude só deverá regressar em 2023 aos níveis pré-pandémicos.
Dólar avança de mãos dadas com os juros
O dólar segue a valorizar em relação à maioria das moedas que constituem o cabaz G-10, acompanhando a subida acentuada dos juros do Tesouro nos Estados Unidos.
Os investidores estão a mostrar precaução, e portanto a preferirem ativos refgio como o dólar, enquanto esperam pela decisão que resultará da reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana, que decorre esta quarta-feira.
O Bloomberg Dollar Spot Index sobe 0,23%, contrariando a descida muito ligeira com que terminou a última sessão. Já a A moeda única europeia ilustra a tendência ao cair 0,03% para os 1,1899 dólares.
Wall Street sem tendência definida a aguardar pela Fed. Juros do Tesouro em máximos de 13 meses
Os três maiores índices de Wall Street estão a negociar de forma mista na abertura de sessão desta quarta-feira, depois de dois deles terem renovado máximos históricos nas últimas sessões, num dia em que os investidores apontam baterias para o final da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos.
Por esta altura, o S&P 500 cai 0,45% para os 3.944,99 pontos e o Nasdaq Composite derrapa 1,38% para os 13.288,17 pontos. Já o Dow Jones consegue contrariar a tendência e subir 0,26% para os 32.910,10 pontos.
Os juros do Tesouro a dez anos estão novamente a negociar em máximos de mais de um ano nos 1,671%, antes de Jerome Powell, presidente do banco central do país, anunciar as decisões de política monetária da Fed, assim como as projeções macroeconómicas.
Espera-se que seja feita uma revisão em alta dos indicadores, como o crescimento económico e a taxa de desemprego.
Ainda assim, os investidores estão a recear que o banco central anuncie uma futura redução do apoio monetário que tem dado e que é visto como fundamental para o país agilizar a recuperação económica que tem pela frente.
Os analistas apontam para que não sejam anunciadas novas medidas e que Powell irá reiterar a postura acomodatícia da Reserva Federal até que a economia comece realmente a dar sinais mais fortes de que está de boa saúde.
Apesar disso, alguns especialistas consideram a hipótese de a Fed aumentar as taxas de juro diretoras - atualmente em mínimos nos 0%-0,25% - a partir de 2023 e o Morgan Stanley diz mesmo que é possível que o banco aperte o cinto já a partir do próximo ano.
O S&P 500 e o Dow Jones começaram a semana em máximos históricos, enquanto que o Nasdaq recuperou mais da metade das suas perdas desde a correção da semana passada.
Ações fixam-se no vermelho antes da decisão da Fed
Depois de um arranque de sessão indefinido, as bolsas europeias fixaram-se no vermelho, com o mercado a aguardar as projeções da Reserva Federal dos Estados Unidos esta quarta-feira. O banco central irá anunciar a sua decisão sobre os juros às 14 horas de Washington, e dar novas pistas sobre as projeções para a economia e para a evolução dos juros.
Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desliza 0,27% para 425,68 pontos, depois de ter atingido ontem máximos de mais de um ano.
Os principais índices do Velho Continente seguem todos com sinal vermelho, pressionados sobretudo pelas cotadas do retalho, petróleo e gás e imobiliário.
Por cá, o PSI-20 cai 0,55% para 4.810,41 pontos, pressionado sobretudo pela Galp Energia, que recua 1,29% para 10,295 euros.
Juros de Portugal com subida ligeira antes do leilão do IGCP
Os juros da dívida portuguesa estão a subir ligeiramente no mercado secundário, antes de o IGCP realizar um duplo leilão de bilhetes do Tesouro esta quarta-feira, com o objetivo de angariar entre 1.250 e 1.500 milhões de euros. O instituto liderado por Cristina Casalinho vai emitir títulos com maturidade em 17 de setembro de 2021 (seis meses) e 18 de março de 2022 (12 meses).
Os juros das obrigações a dez anos avançam agora 0,7 pontos para 0,199%, enquanto em Espanha, na mesma maturidade, a subida é de 0,8 pontos para 0,319%.
Na Alemanha, o agravamento é de 0,9 pontos para -0,331%.
Ouro em alta ligeira próximo dos 1.750 dólares
O ouro está a subir 0,21% para 1.734,91 dólares, antes do final da reunião ad Fed, com os investidores à espera de conhecer as mais recentes projeções do banco central.
Embora o presidente da Fed, Jerome Powell, tenha prometido manter um apoio agressivo à economia dos EUA, as previsões económicas trimestrais do banco central irão mostrar até que ponto os restantes decisores do banco central partilham o mesmo compromisso.
O Comité Federal de Mercado Aberto manterá, quase certamente, os juros próximos de zero, ao mesmo tempo que deverá reiterar a promessa de continuar a comprar ativos a um ritmo mensal de 120 mil milhões de dólares. O painel irá divulgar um comunicado e as suas previsões às 14 horas de Washington e Powell realizará uma conferência de imprensa 30 minutos depois.
Dólar em alta pela quarta sessão
O dólar valoriza face às principais moedas pela quarta sessão consecutiva, enquanto os juros das Treasuries estão pouco alterados, antes de serem conhecidas as mais recentes projeções da Fed sobre a economia e as taxas de juro.
"Os participantes do mercado vêem provavelmente o risco de a Fed não estender a exigência atual do rácio de alavancagem suplementar (SLR) ou deixar de fornecer garantias adequadas para acalmar a volatilidade nos mercados de obrigações", disse Fiona Lim, analista sénior de câmbio do Malayan Banking, em Singapura, citada pela Bloomberg. "Afinal, Powell pareceu um pouco indiferente aos movimentos recentes dos juros".
Petróleo em alta à espera de novos dados da procura
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais, antes da divulgação de um conjunto de reportes que darão uma melhor perceção da evolução da procura pela matéria-prima.
Além dos habituais dados da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (IEA, na sigla original) sobre as reservas de crude, será revelado o relatório mensal da Agência Internacional da Energia (AIE) sobre o mercado petrolífero.
Se os dados da IEA confirmarem os números do Instituto do Petróleo Americano, a queda das reservas de crude reportada será a primeira desde meados de fevereiro.
Nesta altura, o crude de Nova Iorque avança 0,68% para 65,24 dólares, enquanto o Brent de Londres valoriza 0,58% para 68,79 dólares.
Bolsas em modo de espera antes da Fed
Os futuros das ações da Europa e dos Estados Unidos oscilam entre ganhos e perdas pouco acentuadas, com o mercado à espera do final da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos esta quarta-feira.
O foco está sobretudo na atualização das projeções do banco central para o crescimento económico e para os juros, numa altura em que a melhoria das expectativas para a recuperação tem alimentado receios relacionados com a subida da inflação e impulsionado as taxas de juro globais.
Os investidores têm estado a posicionar-se para que o banco central aumente os custos de financiamento antes do que sugere o "guidance" actual, como é visível pela rotação de ações de crescimento para ações de valor.
O investidor de obrigações Bill Gross previu numa entrevista à TV Bloomberg que a inflação subirá para 3% a 4% nos próximos meses.
A seguir à Fed, na quinta-feira, será a vez do Banco de Inglaterra e, logo no dia seguinte, do Banco do Japão.
Na sessão asiática também não houve um rumo definido, com o japonês Topix a subir 0,1%, o sul-coreano Kospi a descer 0,5%, o chinês Shanghai Composite a deslizar 0,1% e o Hang Seng de Hong Kong a fechar quase inalterado.