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Abertura dos mercados: Draghi anima bolsas e leva a queda dos juros

O presidente do BCE voltou a garantir que está pronto a actuar, se for necessário. A perspectiva de mais ajuda à economia animou os investidores. As bolsas europeias negoceiam no verde pelo terceiro dia.

Bloomberg
04 de Novembro de 2015 às 08:32
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Os mercados em números

PSI-20 ganha 0,26% para 5.581,75 pontos

Stoxx 600 soma 0,41% para 379,75 pontos

Nikkei valorizou 1,3% para 18.926,91 pontos

Juros da dívida portuguesa a 10 anos cede 7,8 pontos base para 2,493%

Euro perde 0,29% para 1,0933 dólares

Petróleo cai 0,77% para 50,15 dólares em Londres

 

Bolsas europeias somam

As bolsas europeias estão hoje a ganhar terreno e Mario Draghi é o principal responsável. O presidente do Banco Central Europeu afirmou, perante representantes da autoridade monetária que está disponível para combater quaisquer sinais de fraqueza na Zona Euro, conforme cita a Bloomberg. "Se necessário, o Conselho está disposto e tem capacidade para agir, ao utilizar todos os instrumentos inscritos dentro do seu mandato, de forma a manter um nível apropriado de acomodação monetária".

 

A perspectiva de mais ajuda à economia da Zona euro leva ao ganho de 0,41% do Stoxx Europe 600, com os principais índices da Europa Ocidental a marcarem valorizações em torno de 0,5%. O IBEX-35 ganha 0,66% enquanto o francês CAC-40 está a registar uma subida de 0,21%. O português PSI-20 soma 0,26%, ajudado sobretudo pela Galp Energia.

 

As praças asiáticas já tinham avançado. O ganho de 1,1% do MSCI Ásia Pacífico foi conseguido com a ajuda de todos os sectores. Isto no dia em que foi dado a conhecer o objectivo de unir as bolsas de Xangai e Shenzhen. Entretanto, também foi revelado que os líderes da China e de Taiwan se vão reunir, a primeira vez que tal vai ocorrer desde a guerra civil, há 70 anos, conta a Bloomberg.

 

Juros da dívida descem

As palavras de Mario Draghi têm, obviamente, um efeito nos produtos financeiros de taxa fixa, como é o caso dos títulos de dívida. Os investidores estão hoje a pedir rendibilidades mais baixas na negociação de dívida dos países europeus, sendo que Portugal está na linha da frente das quedas.

 

A taxa de juro associada à dívida a dez anos está a perder 7,8 pontos base para se fixar em 2,493%. Alemanha, Itália e Espanha também registam descidas nas taxas de juro implícitas à dívida no mercado secundário.

 

Euro desliza

A moeda única europeia está a ceder terreno, ao perder 0,29% para 1,0933 dólares. O cenário de se estudar um maior auxílio à economia da Zona Euro, por parte do BCE, acaba por contrastar com a ideia de que, nos Estados Unidos, as taxas de juro de referência venham a ser elevadas em Dezembro. E isso traz fraqueza à moeda única europeia e fortalece a divisa da maior economia do mundo.

 

Petróleo misto 

O petróleo está a negociar sem grande tendência, num dia em que a oferta da matéria-prima volta a ser tema. O Governo norte-americano vai divulgar a dimensão das suas reservas (a expectativa dos economistas é de que haja um aumento). Será a sexta-feira seguida se tal acontecer.

 

Em Nova Iorque, os contratos futuros de West Texas Intermediate ganham 0,88% para 47,66 dólares por barril ao passo que, em Londres, o Brent do Mar do Norte está a negociar nos 50,15 dólares por barril, uma queda de 0,77% face ao fecho de ontem.

 

Níquel e alumínio sobem

A evolução positiva das acções asiáticas está a impulsionar o preço dos metais preciosos. O níquel está a ganhar 1,7%, recuperando de uma queda que poderá ter sido excessiva, segundo a opinião de economistas. O alumínio está também a somar mais de 1%, ainda dinamizado pelo facto de a Alcoa, maior produtora do metal nos EUA, ter anunciado a redução da capacidade de refinação.  

 

Destaques do dia 
O acordo à esquerda prevê mais IRC sobre dividendos. O regime de eliminação de dupla tributação sobre os lucros em IRC só se aplique a participações mínimas de 10% em diante e não a partir de 5%, como até aqui.

 

Fitch: Portugal e Hungria são os próximos a sair de "lixo". A Fitch considera que Portugal está no topo da lista para regressar a um "rating" de investimento, graças à perspectiva "positiva". Mas esta já dura há 19,1 meses, quando a média até sair de "lixo" é de 12,6.

 

Compra de acções já está incorporada na Pharol. Os accionistas aprovam, esta quarta-feira, o programa de compra de acções próprias da Pharol. Mas o impacto positivo já foi reflectido nas acções, acreditam os analistas. A cotação está agora dependente dos acontecimentos no Brasil.

 

Mota-Engil já controla 95% da ME África após comprar posição da Mota Gestão e Participações. A construtora já começou a comprar acções da subsidiária africana que estão cotadas na bolsa holandesa. Revela, em comunicado, que já detém todos os títulos que estavam na posse na MPG.

 

Nova vaga do caso VW abre a porta a ajuste fiscal. A confirmar-se a existência em Portugal de veículos manipulados nas emissões de dióxido de carbono, o Estado deixa de ter as mãos atadas. Nesse cenário, será possível reclamar à fabricante alemã os valores que poderiam ter sido cobrados.

 

A OPA da Glintt já está a correr deste ontem. A operação, através da qual a Farminveste 3, da Associação Nacional de Farmácias, quer obter a totalidade do capital da Glintt, da qual já é a maior accionista, estende-se até 20 de Novembro. A contrapartida oferecida é 0,241 euros.

 

O que vai acontecer hoje
Resultados de CTT e Facebook. Os CTT e o Facebook divulgam os resultados relativos ao terceiro trimestre.

 

Assembleia da Pharol. A cotada nacional realiza uma assembleia-geral de accionistas.

 

Desemprego em Portugal. O INE divulga a taxa de desemprego em Portugal, relativa ao terceiro trimestre.

 

Preços da produção. O Eurostat publica o índice de preços na produção, relativo a Setembro.

 

Audição da Fed. Janet Yellen, em representação da Reserva Federal dos EUA, tem agendada uma audição no Congresso norte-americano.

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