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Abertura dos mercados: Bolsas europeias sobem, petróleo abaixo dos 45 dólares

As bolsas europeias negoceiam em terreno positivo, com os investidores seguros de que a economia norte-americana está capaz de suportar o aumento das taxas de juro e crentes em mais incentivos à economia europeia por parte do BCE. O euro cai e o petróleo regista avanços ligeiros.

Bloomberg
20 de Novembro de 2015 às 08:42
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Os mercados em números

PSI-20 recua 0,94% para 5.300,89 pontos

Stoxx 600 avança 0,49% para 382,83 pontos

Nikkei valorizou 0,10% para 19.879,81 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,2 pontos base para 2,470%

Euro cai 0,37% para 1,0695 dólares

Petróleo em Londres ganha 0,07% para 44,21 dólares

 

Bolsas europeias avançam com olhos postos na Fed e no BCE

As bolsas europeias avançam esta manhã depois das minutas da Reserva Federal norte-americana terem assegurado aos investidores que a economia dos EUA está preparada para suportar o aumento das taxas de juro e que este aumento acontecerá de forma gradual. Os investidores estão também optimistas quanto aos estímulos do Banco Central Europeu à economia europeia, num dia em que estarão atentos aos indicadores de confiança dos consumidores na Zona Euro.

O Stoxx 600 avança 0,49% para 382,83 pontos, o espanhol IBEX soma 0,25% para 10.380,5 pontos, o germânico DAX ganha 0,38% para 11.127,0 pontos e o AEX de Amesterdão sobe 0,09% para 469,42 pontos.

 

O PSI-20 contraria a tendência europeia e segue a recuar 0,94% para 5.300,89 pontos.

Com 12 em queda, quatro em alta e duas inalteradas, a penalizar o principal índice da bolsa nacional está o sector energético, nomeadamente, a Galp, a EDP Renováveis e a EDP.

 

Taxas de juro a 10 anos aumentam

Os juros da dívida pública portuguesa a 10 anos sobem 2,2 pontos base para 2,470%. A mesma tendência se verifica em Espanha e na Alemanha. Os juros da dívida espanhola avançam 0,6 pontos base para 1.695%, enquanto a "yield" da dívida alemã sobe também 0,6 pontos base para 0,484%.

Euro recua face ao dólar com investidores atentos à Fed

A moeda única europeia segue a desvalorizar 0,37% para 1.0695 dólares, numa altura em que os investidores estão muito atentos à movimentação da Reserva Federal norte-americana. Estes questionam-se sobre a velocidade com que a Fed vai gerir os aumentos das taxas de juro no próximo ano no caso de um primeiro aumento vir a acontecer já em Dezembro.

Petróleo negoceia abaixo dos 45 dólares

O Brent, negociado em Londres e referência para a Europa segue a somar 0,07% para 44,21 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, segue a cair 0,30% para 40,42 dólares por barril, penalizado pelo aumento das reservas nos EUA. Os stocks de crude aumentaram para 487,3 milhões de barris, de acordo com dados fornecidos pela Energy Information Administration divulgados esta quarta-feira.

O aumento das reservas norte-americanas é indicador de um persistente excesso de oferta da matéria-prima do mercado, numa altura em que a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) continua a produzir acima da sua quota colectiva. A Arábia Saudita está a trabalhar com os países dentro e fora da OPEP no sentido de estabilizar o mercado, disse o ministro saudita Ali al-Naimi em Bahrain.

Ouro recua depois da Fed preparar os mercados

A matéria-prima cai 0,12% para 1.080,87 dólares por onça à medida que a Fed norte-americana prepara os mercados para um aumento das taxas de juro, tentando, na medida do possível, evitar um impacto surpresa negativo.

O banco central norte-americano está a contemplar uma subida das mesmas à medida que o mercado de trabalho recupera e as autoridades ganham confiança de que a inflação vai acelerar para o objectivo de 2% determinado pela Fed. A próxima reunião de política monetária está marcada para Dezembro.

Destaques do dia 

Eni vende 4% da Galp por 325 milhões de euros. A Eni já concluiu a venda do restante capital que detinha da petrolífera nacional. Vendeu por 9,81 euros por acção. As acções da Galp estão a deslizar mais de 5%.

Banco CTT prevê chegar a um milhão de clientes.Daqui a três anos os Correios ambicionam ter 475 mil clientes e captar 1,5 mil milhões de euros em depósitos. Números que até 2020 devem mais do que duplicar e representam um plano ambicioso face aos actuais números dos concorrentes.

 

Portugal na "liga dos últimos" da literacia financeira. A S&P põe o país atrás do Iraque, Chade ou Nigéria. Está entre os últimos nos conhecimentos financeiros, com as mulheres a revelarem as maiores dificuldades na compreensão do funcionamento das poupanças e investimentos.

 

Atlântico Europa vai voltar a fazer oferta para o ActivoBank. O Atlântico Europa aguarda o relançamento do processo de venda do ActivoBank para fazer nova oferta. Para já, banco liderado por Diogo Cunha avança para a Namíbia.

 

António Costa diz que "felizmente" os mercados já não dão ouvidos a Passos. O secretário-geral do PS disse que, "felizmente", já nem os mercados financeiros "dão ouvidos" ao primeiro-ministro e à ministra das Finanças, contrapondo que reina a "tranquilidade" nas instituições internacionais perante a formação de um executivo socialista.

 

Analistas aconselham a vender na OPA à Glintt. A Farminveste já detém mais de metade do capital da Glintt. Um factor que, juntamente com a atractividade do preço oferecido, leva os analistas a recomendar vender as acções na OPA. Caso contrário, poderão ficar "presos" numa empresa não cotada.

REN torna-se accionista da Coreso. A Coreso é um centro europeu cuja missão é ajudar os operadores da rede de transporte de electricidade a assegurar a segurança de abastecimento. A REN vai juntar-se a congéneres da Bélgica, Alemanha, Reino Unido, França e Itália.

 

O que vai acontecer hoje

 

OPA à Glintt – Termina o período de venda dos títulos no âmbito da OPA da Farminveste sobre a tecnológica portuguesa.

 

Discurso de Mario Draghi – O presidente do BCE irá discursar em Frankfurt, no encerramento da Euro Finance Week. No mesmo dia, será divulgado o indicador de confiança dos consumidores.

 

Preços na produção alemã – É divulgado o índice de preço na produção na Alemanha. As estimativas apontam que deverá melhorar ligeiramente de -2,1% para -2,0%.

 

"Rating" para a Grécia – A Moody’s tem agendada uma possível revisão à notação financeira para a dívida grega.

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