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Abertura dos mercados: Bolsas europeias em queda, petróleo e ouro avançam

As bolsas europeias seguem a negociar em terreno negativo, num dia marcado pela quebra na produção da indústria alemã e pela expectativa de um avanço do emprego norte-americano, o que poderá pesar na decisão da Fed em aumentar ainda este ano as taxas de juro.

06 de Novembro de 2015 às 08:40
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,53% para 5.540,44 pontos

Stoxx600 cai 0,20% para 378,02 pontos

Nikkei avançou 0,78% para 19.265,60 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 0,2 pontos base para 2,614%

Euro recua 0,03% para 1,0880 dólares

Petróleo sobe 0,33% para 48,14 dólares por barril em Londres

 

Bolsas europeias em queda

As bolsas europeias seguem a negociar em terreno negativo, com o PSI-20 e o AEX de Amesterdão a contrariar a tendência. As praças do Velho Continente estão a ser penalizadas pela quebra na produção da indústria alemã, que recuou em termos ajustados 1,1% em Setembro face ao mês anterior, revelou esta sexta-feira, 6 de Novembro, o Ministério da Economia do país, citado pela Bloomberg. A justificar esta quebra está o económico de alguns mercados emergentes, com a China em destaque.

Os investidores estarão hoje atentos também aos dados do emprego norte-americano, face à disponibilidade mostrada por Jannet Yellen esta quarta-feira para um eventual aumento das taxas de juro ainda este ano caso os dados económicos se mantenham positivos.

O Stoxx600 cai 0,20% para 378,02 pontos, o espanhol IBEX perde 0,04% para 10.427,40 pontos, o germânico DAX recua 0,13% para 10.873,69 e o AEX de Amesterdão avança ligeiramente 0,02% para 466,67 pontos.

O principal índice da bolsa portuguesa segue a valorizar 0,53% para 5.540,44 pontos. Com 12 cotadas em alta, cinco em queda e uma inalterada, o PSI-20 segue impulsionado por pela Jerónimo Martins, pela Galp e pela Sonae.

A dona dos supermercados Pingo Doce segue a avançar 4,07% para 13,68 euros, depois de ter apresentado resultados ontem, já depois do fecho da sessão. A empresa registou um resultado líquido de 252 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, que representa um crescimento de 6,4% face ao período homólogo. Além disso revelou que vai pagar um dividendo extraordinário e antecipar o dividendo do próximo ano.

A Galp, por sua vez soma 0,555 para 10,125 euros e a Sonae sobe 0,81% para 1,114 euros, também depois de apresentar resultados. A holding liderada por Paulo Azevedo registou nos primeiros nove meses do ano um volume de negócios de 3,6 mil milhões de euros. O investimento no retalho aumentou quase 30%.


Juros da dívida a 10 anos recuam

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos estão a cair 0,2 pontos base para 2,614%, acompanhando a tendência da "yield" alemã, que recua 0,4 pontos base para 0,603%. A contrariar a tendência estão os juros da dívida espanhola a 10 anos, que avançam 2,9 pontos base para 1,830%.

Euro recua face ao dólar

A moeda única europeia regista uma ligeira desvalorização face ao dólar, numa altura em que a divisa norte-americana avança face à expectativa de que os dados do emprego norte-americano venham reforçar a possibilidade de um aumento das taxas de juro pela Reserva Federal (Fed) norte-americana já em Dezembro. Os economistas  estimam que tenham sido empregadas mais 185 mil pessoas em Outubro, mais 142 mil do que no mês anterior, escreve a Bloomberg. O Euro recua 0,03% para 1,0880 dólares

"Neste ponto, vejo a economia dos Estados Unidos a registar um bom desempenho", referiu Yellen, perante o comité de regulação bancária no Senado dos Estados Unidos esta quarta-feira, 4 de Novembro. Se os dados económicos continuarem a apontar para crescimento e aumento dos preços, a subida dos juros em Dezembro "é uma possibilidade real", acrescentou.

Petróleo negoceia acima dos 48 dólares

Depois das quedas registadas na sequência do aumento das reservas de crude – dados revelados esta quarta-feira pela Energy Information Administration - em 2,85 milhões de barris na semana passada, a matéria-prima corrige e está a valorizar esta sexta-feira. O Brent, negociado em Londres e preço de referência para a Europa soma 0,33% para 48,14 dólares por barril. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, avança 0.58% para 45,46 dólares.

Os preços baixos vão manter-se e o barril a 100 dólares pode nunca mais regressar, considera ian Taylor, CEO do Vitol Group, citado pela Reuters. "O mercado precisa de algum tipo de resposta convencional do lado da oferta", considera, por sua vez, Michael McCarthy, analista do CMC Markets. A matéria-prima tem vindo a registar perdas no último ano face à expectativa de que o excesso de oferta irá continuar à medida que a Organização de Países Exportadores de Petróleo continua a produzir acima da sua quota colectiva.

Ouro avança à espera da Fed

O metal precioso corrige as perdas de ontem e avança esta sexta-feira 0,48% para 1.109,20 dólares por onça, enquanto os investidores aguardam os dados mensais relativos ao emprego nos EUA, o que deverá lançar pistas sobre um eventual aumento das taxas de juro ainda este ano pela Reserva Federal (Fed) norte-americana. A presidente do organismo, Janet Yellen, admitiu que, se os dados económicos continuarem a apontar para o crescimento e o aumento dos preços, a subida dos juros em Dezembro "é uma possibilidade real".

Destaques do dia
Cotadas sobem lucros, mesmo com menos receitas e mais dívidaOs resultados das empresas portuguesas estão a crescer. Há mais lucros, suportados pela maior eficiência operacional. E apesar do aumento do endividamento, as cotadas não financeiras estão também a registar menos custos fruto das baixas taxas.

 

JM dá dividendo extra e antecipa remuneração de 2016A dona do Pingo Doce vai propor o pagamento de uma remuneração especial aos accionistas. Este dividendo será pago ainda este ano, ao mesmo tempo que o dividendo ordinário que seria pago em 2016.

 

Bancos estão a disputar as "poucas boas empresas para financiar"O risco de crédito das empresas nacionais está a travar a obtenção de financiamento junto da banca. Mas o sector financeiro está a tentar seduzir as "poucas boas empresas para financiar".

 

Como estão a evoluir as contas das maiores empresas portuguesasDas 18 cotadas, 13 já revelaram os números dos primeiros nove meses do ano. Apesar de algumas terem visto os resultados caírem, no global, os lucros cresceram - disparando com o sector financeiro. Uma evolução explicada pelo corte de custos, mas também pelas taxas baixas da dívida.

 

Nem o "lixo" da DBRS travará as compras do BCE, dizem os analistasA DBRS não deverá cortar o "rating" de Portugal, sem atribuir uma perspectiva "negativa". Mesmo que o faça, o BCE abrirá uma excepção ao país.

 

Mota-Engil fecha 3,7% abaixo do preço do aumento de capitalA construtora vai realizar um aumento de capital de 2,4814 euros por acção para financiar a recompra de títulos da Mota-Engil África. As acções deslizaram na sessão de hoje e ficaram nos 2,389 euros.

 

Produção industrial da Alemanha cai inesperadamente em SetembroO abrandamento económico da China provocou uma queda, inesperada, da produção industrial na maior economia europeia.

 

O que vai acontecer hoje

"Rating" da UE – Está agendada para esta sexta-feira a possibilidade de a Moody’s rever a notação atribuída à União Europeia.

Desemprego nos EUA – Nos EUA, numa altura em que a Fed dá sinais de que poderá elevar a taxa de juro de referência em Dezembro, será revelado mais um importante indicador para Janet Yellen. Será revelada da taxa de desemprego, em Outubro. Deverá ter estabilizado em 5,1%, antecipam os economistas consultados pela Bloomberg.


Resultados da Berkshire Hathaway 
– A "holding" liderada por Warren Buffett vai revelar as contas referentes ao terceiro trimestre. As estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg apontam para um crescimento dos lucros da Berkshire Hathaway para recorde.


Habitação em Portugal
 – O Instituto Nacional de Estatística vai revelar o índice de custos de Construção de habitação nova e o índice de preços de manutenção e reparação regular das habitações. Ambos os indicadores são referentes ao mês de Setembro.

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