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Abertura de mercados: Bolsas mistas, petróleo em alta, libra em queda
Os mercados bolsistas abriram sem grande definição. Os juros da dívida portuguesa seguem em alta. O petróleo mantém a tendência positiva. O ouro segue praticamente inalterado após uma semana de recuos.
Os mercados em números
PSI-20 cede 0,04% para 4.594,41 pontos
Stoxx 600 soma 0,06% para 343,11 pontos
Nikkei valorizou 0,90% para 16.598,67 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos somam 1,9 pontos base para 3,348%
Euro sobe 0,04% para 1,1239 dólares
Petróleo em Londres ganha 1,08% para 50,73 dólares poro barril
Brexit, Espanha e Deutsche não dão trajectória definida a bolsas europeias
Os mercados bolsistas europeus iniciaram a semana sem grandes definições tendo em conta que arrancam com várias questões por resolver em cima da mesa.
O Deutsche Bank continua a ser o centro das atenções com o ataque político do vice-chanceler alemão à gestão de John Cryan.
O Reino Unido é outro elemento a causar turbulência: a primeira-ministra Theresa May anunciou que, no primeiro trimestre do próximo ano, será accionado o artigo que desencadeia a saída do país da União Europeia.
Por fim, a saída de Pedro Sánchez da liderança do PSOE em Espanha que poderá trazer uma clarificação política para o país.
Assim, a Europa amanheceu no vermelho, passou para o verde e continua em terreno misto. O Stoxx Europe 600 soma uns ligeiros 0,06% face ao fecho de sexta-feira. Lisboa, Madrid e Milão seguem em baixa, Londres e Paris somam terreno.
Na bolsa nacional, o BCP ganha 0,65% para 1,55 cêntimos enquanto a Jerónimo Martins soma 1,43% para 15,655 euros. Em terreno negativo, depois de noticiado uma eventual subida da tributação sobre o sector, seguem as energéticas. A EDP Renováveis perde 0,83% para 7,087 euros ao passo que a EDP cai 1,61% para 2,941 euros.
Juros portugueses somam ao lado de Itália e contrariando Espanha
No arranque da semana, não há uma tendência definida no mercado obrigacionista europeu. Os caminhos seguidos são diferentes seja entre os periféricos seja em relação à Alemanha.
No mercado secundário de dívida portuguesa, a tendência é mista. Nos prazos mais curtos, há uma descida das rendibilidades exigidas pelos investidores ao contrário do que acontece nas maturidades mais longas. No prazo a dez anos, de referência, a "yield" solicitada é de 3,348%, um avanço de 1,9 pontos base, de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg.
Ao lado de Portugal segue Itália, onde as "yields" também ganham terreno. Em Espanha, todos os juros implícitos estão em queda. Na Alemanha, a tendência é mista.
Libra cede com o Brexit
No mercado das divisas, a libra segue em queda depois das palavras de Theresa May. De acordo com a Bloomberg, a queda da moeda inglesa acontece contra todas as principais congéneres. Por exemplo, a libra recua 0,79% para valer 1,1452 euros. Segundo a agência, a queda é a mais expressiva das últimas duas semanas.
Por sua vez, o euro segue a ganhar pelo quarto dia contra a moeda norte-americana: o euro ganha 0,04% para 1,1239 dólares.
Petróleo soma
O petróleo está em alta no início da semana. Em Nova Iorque, o crude West Texas Intermediate avança 0,89% para 48,67 dólares por barril. Já Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte segue a negociar nos 50,73 dólares, o que significa um avanço de 1,08% em relação a sexta-feira.
Em Londres, o barril superou, assim, os 50 dólares por barril depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo ter definido um acordo para o corte na produção, aliviando as preocupações sobre o excesso de oferta da matéria-prima nos mercados.
Ouro segue praticamente inalterado
O ouro começou o dia a perder terreno, mantendo uma tendência já verificada na semana passada. Contudo, está agora a contrariar esse comportamento, subindo muito ligeiramente: 0,01% para 1.315,95 pontos por onça. É a primeira valorização do metal precioso depois de quatro descidas na semana passada.