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Abertura dos mercados: Trump anima bolsas e Merkel põe euro em queda

As principais bolsas europeia sobem depois de Trump falar na possibilidade de um "grande acordo" com a China. Já o euro desvaloriza e os juros da Alemanha sobem depois de Angela Merkel ter revelado que não se recandidata à liderança da CDU. Petróleo cai pelo segundo dia e ouro em mínimos de uma semana.

EPA
30 de Outubro de 2018 às 09:18
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,43% para 4.973,40 ponto

Stoxx 600 ganha 0,19% para 356,18 pontos

Nikkei valorizou 1,45% para 21.457,29 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,6 pontos base para 1,88%

Euro cai 0,06% para 1,1366 dólares

Petróleo em Londres desce 0,49% para 76,96 dólares por barril

 

Bolsas animadas com expectativa de "grande acordo" EUA-China

As principais bolsas europeias estão a negociar em alta esta terça-feira, 30 de Outubro, apoiadas sobretudo pela expectativa do presidente dos Estados Unidos quanto à possibilidade de um "grande acordo" com a China que seja capaz de evitar uma espiral proteccionista.

 

Depois de ter sido noticiado que os EUA poderiam estar a planear aplicar novas tarifas aduaneiras reforçadas sobre todos os bens importados da China, ontem Donald Trump deu uma entrevista à Fox News em que se mostra optimista quanto a "um grande acordo com a China".

 

Também a animar a sessão está o anúncio do regulador dos mercados chinês que pretende encorajar a recompra de acções, aquisições e fusões de um conjunto de empresas por forma a reforçar a liquidez accionista, o que é uma tentativa de estabilizar as bolsas asiáticas e chinesas em particular.

 

O índice de referência europeu soma 0,19% para 356,18 pontos apoiado, em especial, pelas subidas dos sectores automóvel e petrolífero.

 

Em Lisboa, o PSI-20 ganha 0,43% para 4.973,40 pontos, impulsionado pela Jerónimo Martins (+1,14% para 11,54 euros), pelos CTT (+1,67% para 3,28 euros) e pela Navigator (+0,83% para 4,364 euros), isto depois de já hoje a papeleira ter revelado que fechou os primeiros nove meses deste ano com lucros de 171,8 milhões de euros.

 

Juros de Portugal sobem pela primeira vez em oito sessões

Após sete dias consecutivos de quedas, a taxa de juro associada às obrigações soberanas de Portugal com prazo a 10 anos está a avançar ligeiros 0,6 pontos base para 1,88%.

 

A tendência predominante na Zona Euro é de subidas generalizadas dos juros das dívidas públicas, sendo Itália a principal excepção. A "yield" correspondente aos títulos transalpinos está a recuar pelo quarto dia consecutivo (-2,1 pontos base para 3,316% com maturidade a 10 anos), com Roma a beneficiar ainda da decisão da agência de notação financeira S&P que na sexta-feira manteve, ao contrário das expectativas, o "rating" atribuído ao país.

 

Mas enquanto a taxa de juro correspondente às obrigações espanholas a 10 anos sobe ténues 0,6 pontos base para 1,549%, a "yield" associada às "bunds" germânicas avança 2,4 pontos base para 0,401%, isto depois de ontem a chanceler Angela Merkel ter anunciado que não vai recandidatar-se à liderança da CDU no congresso agendado para Dezembro, o que abre a porta a novos focos de incerteza política na maior economia da área do euro.

 

Fragilidade de Merkel penaliza euro

A moeda única europeia está novamente a ser prejudicada pela situação política na Alemanha, numa altura em que crescem as dúvidas quanto à durabilidade da "grande coligação" liderada por Angela Merkel. O euro cai 0,06% para 1,1366 dólares.

 

Por sua vez, o dólar transacciona em alta face às principais moedas mundiais, estando mesmo próximo do renovar máximos de 15 de Agosto.

 

Petróleo desvaloriza pelo segundo dia

O preço do crude segue em queda nos mercados internacionais pela segunda sessão consecutiva, isto depois de no fim-de-semana a Rússia ter revelado que poderá vir a aumentar a produção petrolífera que, nesta fase, está já em máximos históricos.

 

A possibilidade levantada por Moscovo surgiu depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter revelado que no próximo ano poderão diminuir os níveis de produção do cartel.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, desce 0,49% para 76,96 dólares por barril e o West Texas Intermediate (WTI) perde 0,21% para 66,90 dólares.

 

Também a pressionar o preço da matéria-prima continua o receio de nova escalada na disputa comercial entre os EUA e a China, o que poderia ter reflexo na diminuição da procura.

 

Ouro em mínimos de uma semana

O preço do metal precioso está a cair pelo segundo dia seguido, sendo que esta manhã o ouro já tocou mesmo no valor mais baixo desde terça-feira da semana passada.

 

A valorização do dólar acaba por ter reflexo na negociação do metal dourado, com os investidores a relativizarem a procura por activos considerados mais seguros. O ouro está a desvalorizar 0,51% para 1.223,12 dólares por onça.

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